O Modfather está de volta. Estamos falando de Paul Weller, líder dos seminais The Jam (1976 a 1982) e The Style
Council (1983 a 1989). Com o primeiro, junto ao The Clash e Sex Pistols
definiram o cenário punk na terra da Rainha. Já com o Style Council seguiu num
caminho mais pop rock anos 80 mesclado com a bossa nova brasieira. Passado o momento de
band mate, Weller seguiu em carreira
solo. Misturando com perfeição as referências mencionadas acima, junto ao que
há de melhor no rock britânico e a soul music norte americana. Uma pitada
de Curtis Mayfield, Beach Boys, Beatles, Rolling Stones, The Kinks e
como não poderia faltar, um dos principais representantes do movimento mod The
Who.
Em seu momento
particular, Paul Weller nos brindou
com ótimos álbuns como o de estreia homônimo de 1992 (“Paul Weller”) e “Heavy Soul
(1997)” junto aos excepcionais “Wild
Wood (1993)” e “Stanley Road (1995)”.
E bons como “Heliocentric (2000)”, “Illumination (2002)” e “As Is Now (2005)”. Tendo tempo para
gravar um disco de covers, o “Studio 150
(2004)” com canções como “One Way Road” do Oasis, “All Along the Watchtower” do
poeta Bob Dylan e “Birds” de Neil Young, por exemplo. No final dos anos 2000,
tivemos uma trinca de álbuns simplesmente magníficos. No caso, o melódico “22 Dreams (2008)”, o politizado “Wake Up The Nation (2010)” e o agitado
“Sonik Kicks (2012)”. Agora em 2015,
ele nos traz um disco que sintetiza o que foi ouvido nestes últimos mais as
influencias já faladas anteriormente.
No caso, estamos
falando de “Saturns Patterns”. Um álbum
coeso que traz um Paul Weller inspiradíssimo
e mostrando porque é considerado um dos maiores e mais influentes compositores
musicais da sua geração. O movimento britpop com Oasis, Blur e Pulp não seria o
mesmo sem a sua presença.
WHITE
SKY: Primeiro single
do disco. Blues rock potente, certa influencia do T-Rex de Marc Bolan.
SATURNS
PATTERNS: Um leve ska
com levada pop rock característica de Weller e um quê de soul. Mistura de sons
que deixa a canção bem coesa.
GOING
MY WAY: Singela e
doce balada que se inicia com voz & piano. E num crescendo com a banda
encorpando o som.
LONG
TIME: Canção prima de
“White Sky”. Agitada e psicodélica
ao mesmo tempo.
PICK
IT UP: Canção que
lembra os anos 70 no estilo soul music com um solo de guitarra a lá Jimi
Hendrix.
I’M
WHERE I SHOULD BE: Balada
pop rock padrão Paul Weller.
PHOENIX: Canção climática que lembra uma
longa jam. Um mix sonoro que inclui psicodelismo, jazz, soul e rock anos 70.
IN
THE CAR: Um blues
sujo e pesado, que nos leva para uma viagem no tempo. Sentindo que estamos na
encruzilhada da Estrada 66 ao lado de Robert Johnson.
THESE
CITY STREETS: Encerra
os trabalhos em uma canção atmosférica que discute sobre as relações humanas
nos dias de hoje. Junta sons do cotidiano ao instrumental. Mezzo rock, mezzo
folk.
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