Seguindo
um conceito que vem desde “The Resistance
(2009)” onde este discutia a rápida globalização do mundo tida como “a
modernidade dos nossos tempos”. E “The
2nd Law (2012)”, falava como a humanidade está esgotando os recursos
naturais do planeta. Agora os britânicos do MUSE, estão lançando um novo álbum chamado “Drones (2015)”. Que fala
sobre a influência dos governos sobre as mídias sociais, bem como em confrontos
armados que fazem uso de drones (pequenas aeronaves que visualizam um alvo a
ser atingido). E os três juntos formam uma crítica à sociedade e aos governos
que manipulam o que é veiculado para as massas.
Agora Matthew Bellamy (voz & guitarra), Christopher Wolstenholme (contrabaixo & voz) e Dominic Howard (bateria) aliados ao produtor Robert John “Mutt” Lange, o mesmo dos clássicos “HIghway to Hell (1979)”, “Back in Black (1980)” e “For Those About to Rock, We Salute You (1981)” do AC/DC. Ouvimos o melhor do rock inglês mesclado com o peso das guitarras que lembram os riffs potentes de Angus Young mais as harmonias a lá Queen, David Bowie e U2.
O experimentalismo de “The 2nd Law” dá lugar a um som mais cru e direto. A crítica social e aos governos já estampam a capa de “Drones”. Onde temos várias sombras sendo guiadas e em marcha como soldados. Do outro lado vemos uma pessoa sendo controlada por joystick, lembrando um jovem sendo treinado e programado para guiar drones em jogos como Battlefront e Call of Duty. Todos iguais e sem personalidade.
E ficando a dúvida quem está no controle deste jovem, simbolizado na mão sobre o joystick. Será uma pessoa? O sistema vigente (governo)? Ou um poder maior e invisível. Daí sentimos a força das canções e o engajamento político nas letras de Bellamy.
Dead Inside: Canção que abre o disco misturando rock e música eletrônica só como o Muse sabe fazer.
[Drill Sergeant]: Interlúdio perfeito para “Psycho”.
Psycho: Canção pesada que justificando o
título.
[JFK]: Introdução com discurso de presidente norte-americano. Já usada em shows da banda.
Defector: Hard Rock com forte influência do
Queen.
Revolt: Canção com um ar anos 80 junto ao som padrão Muse e um refrão que nos traz na memória, o Queen daqueles tempos.
Aftermath: Boa balada romântica. É sentida a influência do U2, lembra a clássica “One”.
The Globalist: A canção épica do álbum. Uma síntese de o que a banda produziu ao lado da carreira. Com citações ao U2, Depeche Mode e Queen.
Drones: Faixa que encerra e dá titulo ao disco,
um leve mantra.
O saldo final é positivo. Com Matthew justificando o discurso de “Drones” musicalmente. Uma volta às origens do grupo, sonoridade mais crua com guitarra, baixo, bateria e um teclado de bandeja. Junto a sutis pitadas de orquestra e corais. Ao contrário do que ouvimos nos últimos trabalhos (“Resistance” e “The 2nd Law”).
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