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"DOIS DIAS, UMA NOITE"


Com uma história que podia acontecer com você ou com a pessoa ao seu lado. Uma mãe de família lutando pela sua sobrevivência profissional e pessoal. Após se recuperar de uma crise depressiva tem a chance de voltar a trabalhar.


Estamos falando de Sandra. Personagem da ganhadora do Oscar de Melhor Atriz de 2007 pela cinebiografia da cantora Edith Piaf, “Piaf: Um Hino ao Amor”, a atriz francesa Marion Cotillard. Desde então fez uma serie de bons trabalhos como o policial “Inimigos Públicos (2009)”; o musical “Nine (2009)”; a ficção “A Origem (2010)”; “Meia-Noite em Paris (2011)” de Woody Allen; o drama “Ferrugem & Osso (2011”), indicada mais uma vez ao Oscar de Melhor Atriz daquele ano e a película que encerrava a trilogia do Cavaleiro das Trevas, “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)”.


Agora temos o conto escrito e dirigido pelos irmãos Luc & Jean-Pierre Dardenne, chamado aqui de ”Dois Dias, Uma Noite (Deux Jours, Une Nuit; 2014)”. Uma produção belga, onde vemos a luta de Sandra para manter seu emprego. Pois o diretor da firma em que trabalha conseguiu para seus colegas um bônus. Desde que ela fosse dispensada. Isso foi uma medida para cortar gastos e ao mesmo tempo, manter o quadro funcional satisfeito.


Assim Sandra é obrigada a bater de porta em porta de seus amigos. Para conseguir convence-los de não aceitar a oferta do diretor para continuar lá. Graças ao incentivo e ajuda do marido Manu (Fabrizio Rongione), ela tem o final de semana para reverter essa situação. Essa é a justificativa do titulo da película.


Em sua peregrinação, Sandra encontra as mais diversas reações. Aqueles que são simpáticos a sua causa e outras mais agressivas que precisam do bônus. “Dois Dias, Uma Noite” mostra bem dois lados da sociedade dos dias de hoje: o sentimento de solidariedade e o egoísmo dos envolvidos no processo. Mesmo os que estão do lado de Sandra também necessitam do bônus para resolver questões pessoais. E outras, que simplesmente não escolhem lado e dão ombros para sua situação.


A atuação de Cotillard justifica sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz deste ano. Mostrando a força da personagem que acaba de sair de uma depressão profunda e sua batalha continua para não voltar a esse estado de espirito. Bem como, de continuar no seu emprego e a estabilidade em sua família.

Uma película que nos faz pensar sobre o momento vivido por Sandra. Precisando praticamente “mendigar” para trabalhar e como o mundo corporativo faz com que o ser humano deixe de lado, o sentimento de comunidade. Onde o mesmo se torna “uma máquina” e esquecendo que tem um sentimento de amor ao seu próximo. Seja ele um familiar, amigo de infância, colega de trabalho e/ou por uma pessoa que nunca viu anteriormente.

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