O mundo do jazz sempre
foi conhecido pela habilidade e harmonia de seus músicos. Tendo como exemplo
Miles Davis, Louis Armstrong, Buddy Rich e Charlie “Bird” Parker. Ao mesmo tempo, vemos e
ouvimos sua paixão e devoção por ele. Esse é o ponto de partida de “Whiplash: Em Busca da Perfeição (Whiplash,
2014)”.
Dirigido e escrito por Damien Chazelle. Com a história do
jovem Andrew (Miles Teller),
estudante na escola de música, Shaffer Conversatory. Uma das melhores do mundo
e lá desenvolve sua técnica nas peles da bateria. Seu sonho é se tornar um
grande nome do jazz.
Tem oportunidade de
tocar no grupo de um dos melhores professores de Shaffer, Terence Fletcher (J.K. Simmons, o JJ Jameson da trilogia “Homem-Aranha”
de Sam Raimi). Ele é responsável pela banda que participa dos concursos entre a
Shaffer e outros institutos musicais nos Estados Unidos.
Conhecido por suas
peculiares e temperamento forte, Fletcher é temido e ao mesmo tempo admirado
pelos estudantes da Shaffer. Em seu primeiro contato, se mostra simpático a
Andrew. Mas a coisa muda, ao iniciar os ensaios. Em uma cena impactante,
Fletcher faz jus à sua fama no instituto. Brutal e impiedoso, exigindo dos seus
alunos absoluta perfeição ao tocar a música em questão. No caso, “Whiplash” de Hank Levy.
Dai temos uma ideia de
como será sua relação com Andrew. Fazendo a superar seus próprios limites
físicos e o influenciando psicologicamente. Ele é um sujeito solitário que não
consegue se relacionar com outras pessoas. Só tendo o pai (Paul Reiser, do velho seriado de TV “Mad About You, 1992 a 1999”) como companhia e
vemos também que ambos foram abandonados pela mãe quando era pequeno.
No decorrer do filme,
percebemos que isso só fez a obsessão de Andrew, em se tornar um músico
renomado, aumentar. A troca de farpas entre ele e Fletcher chega a um ponto que
é difícil, imaginar aonde isso pode chegar para ambos.
Essas sequências são as
melhores de “Whiplash”. Com
excelente trabalho de edição que soube mesclar a atuação de Teller & Simmons junto a seus dubles músicos (em especial no caso de Teller) junto à sua mixagem sonora
(essencial para a película).
J.
K. Simmons tem seu
melhor momento na tela grande. Sendo que no último domingo (11.01.2015) ganhou
o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante por sua performance marcante. Se
tornando o favorito para a estatueta do Oscar na mesma categoria, com festa
marcada para o dia 22 de fevereiro deste ano. E Miles Teller tem a chance de mostrar seu talento em cena.
“Whiplash” discute também qual é o limite para se alcançar seus
objetivos pessoais. O quanto a ambição seja do mestre e ou aprendiz, podem
chegar. Isso é muito bem exemplificado numa conversa entre Fletcher e Andrew:
"A pior coisa que aconteceu para o mundo foi essa de ter que elogiar um
bom trabalho. Não existe duas palavras mais nocivas na língua inglesa do que "Bom trabalho (Good job)". E não é a toa que o jazz está morrendo".
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