Chegando às melhores lojas do ramo, a mais nova coletânea de uma das maiores bandas do rock inglês dos anos 70. Estamos falando do QUEEN. Muito se comentou sobre seu lançamento, que seria mais uma coleção de sucessos do grupo no melhor gênero caça níquel. Pode até ser, mas ela vem com alguns atrativos até então inéditos. “QUEEN FOREVER (2014)” é composto por baladas românticas e épicas da carreira do QUEEN.
A compilação traz o melhor do repertorio do grupo a respeito. Tendo no tracklist, hits como “Play The Game”, “It’s A Hard Life”, “Somebody To Love” “You’re My Best Friend”, “Who Wants To Live Forever”, “Crazy Little Thing Called Love” e como não poderia faltar, “Love of my Life”. Só que esta em sua versão original contida no antológico álbum da Rainha, “A Night at the Opera (1975)”. Não é a celebrada versão acústica tocada no melhor estilo banquinho e violão nos shows do grupo.
Trazendo
outras não tão conhecidas do grande público como “Drowse (cantada por Roger
Taylor)”, “Long Away“ e “Sail Away Sweet Sister (cantadas por Brian May)”, “Nevermore”, “Lily of the
Valley” e “One Year of Love”, por
exemplo. Ouvimos também “I
Was Born To Love You”, “A Winter’s
Tale”, “Mother Love”, “Made in Heaven” e “Too Much Love Will Kill You”, canções gravadas para o disco póstumo
“Made in Heaven (1995)”.
Brian & Roger tinham planejar lançar “QUEEN
FOREVER” no ano passado. Mas ao pesquisar os arquivos da banda,
descobriram material raro. E decidiram adiar para este ano e assim trabalhar em
cima dele. De acordo com as palavras de Brian:
“É uma compilação, mas terá este material
que ninguém no mundo ouviu falar. Acho que as pessoas realmente vão gostar”,
disse May à BBC Radio em maio. “É emocionante. São grandes baladas com um som
bastante épico. Não seria se nós não tivéssemos feito esse trabalho de
restauração. Tínhamos apenas porcarias. Mas sabendo como isso teria ficado, se
tivéssemos terminado, posso sentar e fazer isso acontecer com a tecnologia".
Brian está
falando sobre “Let Me In Your Heart Again”,
“Love Kills: The Ballad” e “There Must Be More To Life Than This (William Orbit Mix)”. Onde cada uma tem sua particularidade.
Até então, nunca foram divulgadas oficialmente.
“Let Me In Your Heart Again”, foi composta por Brian May na época das gravações do álbum “The Works (1984)” em meados de 1983. O grupo realmente a gravou, porém nunca foi finalizada. Sendo este seu maior atrativo. Onde os vocais de Freddie e as linhas do contrabaixo de John Deacon foram remasterizados com acréscimo dos backing vocais de Brian & Roger. E Brian, como bom perfeccionista, adicionou novas camadas nas seis cordas. Que ganhou inclusive uma versão exclusiva no iTunes, remixada por William Orbit para a campanha de prevenção contra AIDS feita pela Coca-Cola.
LET ME IN YOUR HEART AGAIN
LET
ME IN YOUR HEART AGAIN (WILLIAM ORBIT MIX) COCA COLA (RED)
Já “Love Kills”, é outro caso. Originalmente composta por Freddie ao lado do Midas da música eletrônica dos anos 80 Giorgio Moroder. Ela fez parte da versão sonorizada e remasterizada do clássico do cinema mudo “Metropolis (1927)” de Fritz Lang, que foi lançada em 1984. Dizem as más línguas, QUEEN gravou a canção, porém, saiu como trabalho solo de Mercury. Originalmente, ela tem uma pegada mais dançante. Já na nova versão, como diz o subtítulo é uma balada no melhor estilo QUEEN de ser.
LOVE KILLS (1984)
LOVE
KILLS: THE BALLAD
E
enfim chegamos em “There Must Be More To Life Than This (William Orbit Mix)”,
gravada nas sessões de “Hot Space
(1982)” no ano de 1981, nunca foi aproveitada por eles. Em uma viagem aos
Estados Unidos, Freddie visitou Michael Jackson e em seu estúdio na cidade
de Los Angeles, gravaram uma demo. Existe um rumor que dali eles fizeram mais
duas canções, “State of Shock” e “Victory”. Só que estas versões estão nos
chamados bootlegs (discos piratas com gravações nunca lançadas oficialmente).
Elas foram aproveitadas e regravadas para o disco que marcou o retorno dos
irmãos Jackson ao mundo fonográfico com o álbum “Victory” em julho de 1984.
Em “State of Shock”, Freddie foi substituído pelo líder dos Stones, Mick Jagger. Os membros do QUEEN chegaram a conversaram com a família de Michael, para libera-las inclusive. Tendo uma resposta negativa a respeito. Comenta-se que na verdade a família Jackson não estava muito disposta em disponibilizar tais gravações de forma oficial.
Voltando
a “There
Must Be More To Life Than This”, ela chegou a ser gravada e lançada no
primeiro disco solo de Mercury, “Mr. Bad
Guy (1985)”. Sem a participação de Michael obviamente. Para “QUEEN FOREVER”, as demos gravadas
por Brian, Roger & John foram
remixadas e remasterizadas junto aos vocais de Freddie & Michael. Onde ganharam uma nova roupagem com o
produtor e DJ William Orbit de “Ray of Light, 1998 (Madonna)” e “13, 1999 (Blur)”.
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