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"O CONFRONTO" pelo "PLANETA DOS MACACOS"


Finalmente entrando em cartaz o novo filme da saga símia, “Planeta dos Macacos: O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes, 2014)”. Seguindo a linha narrativa da última película, “Planeta dos Macacos – A Origem (Rise of the Planet of the Apes, 2011)”. Onde ao seu final, o vírus criado no laboratório (AZ113) se espalhando ao redor do globo. Na verdade, uma vacina para ser a cura do mal de Alzheimer. Que despertou a inteligência e o sentimento de liberdade dos macacos, mas sendo mortal para homem. O pânico e o caos urbano se instalam. Passados dez anos desde “A Origem”, o domínio do homo sapiens sobre o planeta, não existe mais. Com os macacos como raça dominante. Onde César (Andy Serkis, o Gollum da saga do Anel) é o líder e Koba (Toby Kebbell, “Fúria de Titãs II, 2012”), o segundo no comando. 


César cria uma sociedade complexa nos arredores da cidade de San Francisco (EUA). Onde os símios vivem em harmonia, com o mandamento “Macaco não mata macaco”. Aqueles que não foram afetados pelos vírus, moram em uma comunidade dentro da cidade e são liderados por Dreyfus (Gary Oldman, o comissário Gordon da saga do Cavaleiro das Trevas) e Malcolm (Jason Clarke, “A Hora Mais Escura, 2012”). Malcolm ao lado da namorada Ellie (Keri Russell da serie de TV “The Americans, 2013 até hoje”) e o filho Alexander (Kodi Smith-McPhee) junto à Carver (Kirk Acevedo), Foster (Jon Eyez) e Kemp (Enrique Murciano) se dirigem a uma represa localizada próxima à floresta onde vivem os macacos, que pode restabelecer a energia elétrica na cidade.


O encontro entre eles não poderia ser muito amistoso. Carver atira nos macacos e atinge um deles. César intervém e os manda embora para nunca mais voltar. Já na comunidade, Malcolm fica intrigado com o ocorrido e sugere a Dreyfus, um encontro com César para selar uma trégua entre eles e os macacos. Do outro lado, temos Koba com seu ódio incondicional da raça humana. Que vê nesta trégua, um modo dos homens acabarem com os macacos. Discute com César, só que este se impõe sobre sua decisão de ajuda-los. Koba pede perdão a César, com um gesto ao esticar a mão em posição de obediência. César retribui ao apertá-la com força. No decorrer da película, isso acontece varias vezes. Mostrando que a relação entre eles vai enfraquecendo. E Koba, começa a pensar em si como líder dos macacos. Um momento peculiar, que vai crescendo sua importância até o final de “O Confronto”.

É um filme que nos faz pensar nos conflitos recentes na Faixa de Gaza entre palestinos e israelenses. Onde o radicalismo e ódio mútuo falam mais alto do que a razão e o bom senso para resolver os problemas entre os dois povos. Isso é simbolizado na figura de Koba, fiel escudeiro de César. Porem rancoroso com os humanos, devido aos maus tratos recebidos quando era um animal de laboratório. Agora que os macacos são a raça dominante e o homem quase extinto. Os poucos sobreviventes são vítimas de seu preconceito. Ao criar uma situação que os coloca contra os macacos. Ao atentar à vida de César e responsabilizando os humanos pelo ato. Este é clímax de “O Confronto”. Koba e os símios invadem o galpão onde está guardado o armamento dos sobreviventes. Atacam a comunidade dos homens para mata-los e aprisiona-los. César, mesmo ferido, tenta contornar a situação, ao lado de Maurice (Karin Konoval), Rocket (Terry Notário) e de Malcolm. A relação de César e Malcolm se fortalece. Relembrando os momentos vividos por Cesar e o cientista Will Rodman (James Franco). O Criador do AZ113 e responsável por ele quando era um filhote em “A Origem”.



O trabalho de Andy Serkis como César, aliado ao efeito com captura de movimentos, é simplesmente maravilhoso. Dando ênfase nos gestos (o uso da linguagem surdo mudo entre os símios), olhares e as poucas palavras ditas. Vemos porque ele é o especialista neste tipo de performance. O Confronto” esmiúça temas como o preconceito e a sociedade como um todo do mesmo modo que os primeiros filmes da saga. Sendo “A Origem”, uma ótima introdução de personagens como Maurice e Koba, por exemplo. Poucos aproveitados anteriormente, e agora fazem parte das ações quando estão em cena. 


O roteiro muito bem escrito por Mark Bomback, Rick Jaffa & Amanda Silver (sendo os dois últimos responsáveis pela história de “A Origem”) ao criar uma trama envolvente que nos faz pensar. Aliada à direção segura de Matt Reeves (“Cloverfield: Monstro, 2008”) faz de "O Confronto", um dos melhores filmes de 2014. AVISO AOS NAVEGANTES: O Efeito 3D é desnecessário. Com uma história muito bem amarrada, não é sentido seus 130 minutos de duração. E as sequencias com os macacos montados em cavalos para se locomoverem, relembram o clássico de 1968.

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