É um filme que nos faz pensar nos conflitos recentes na Faixa de Gaza entre palestinos e israelenses. Onde o radicalismo e ódio mútuo falam mais alto do que a razão e o bom senso para resolver os problemas entre os dois povos. Isso é simbolizado na figura de Koba, fiel escudeiro de César. Porem rancoroso com os humanos, devido aos maus tratos recebidos quando era um animal de laboratório. Agora que os macacos são a raça dominante e o homem quase extinto. Os poucos sobreviventes são vítimas de seu preconceito. Ao criar uma situação que os coloca contra os macacos. Ao atentar à vida de César e responsabilizando os humanos pelo ato. Este é clímax de “O Confronto”. Koba e os símios invadem o galpão onde está guardado o armamento dos sobreviventes. Atacam a comunidade dos homens para mata-los e aprisiona-los. César, mesmo ferido, tenta contornar a situação, ao lado de Maurice (Karin Konoval), Rocket (Terry Notário) e de Malcolm. A relação de César e Malcolm se fortalece. Relembrando os momentos vividos por Cesar e o cientista Will Rodman (James Franco). O Criador do AZ113 e responsável por ele quando era um filhote em “A Origem”.
Finalmente entrando em
cartaz o novo filme da saga símia, “Planeta
dos Macacos: O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes, 2014)”. Seguindo
a linha narrativa da última película, “Planeta dos Macacos – A Origem (Rise of
the Planet of the Apes, 2011)”. Onde ao seu final, o vírus criado no
laboratório (AZ113) se espalhando ao redor do globo. Na verdade, uma vacina
para ser a cura do mal de Alzheimer. Que despertou a
inteligência e o sentimento de liberdade dos macacos, mas sendo mortal para
homem. O pânico e o caos urbano se instalam. Passados dez anos desde “A Origem”,
o domínio do homo sapiens sobre o planeta, não existe mais. Com os macacos como
raça dominante. Onde César (Andy Serkis,
o Gollum da saga do Anel) é o líder e Koba (Toby Kebbell, “Fúria de Titãs II, 2012”), o segundo no comando.
César cria uma sociedade
complexa nos arredores da cidade de San Francisco (EUA). Onde os símios vivem em
harmonia, com o mandamento “Macaco não mata macaco”. Aqueles que não foram
afetados pelos vírus, moram em uma comunidade dentro da cidade e são liderados
por Dreyfus (Gary Oldman, o
comissário Gordon da saga do Cavaleiro das Trevas) e Malcolm (Jason Clarke, “A Hora Mais Escura,
2012”). Malcolm ao lado da
namorada Ellie (Keri Russell da
serie de TV “The Americans, 2013 até hoje”) e o filho Alexander (Kodi Smith-McPhee) junto à Carver (Kirk Acevedo), Foster (Jon Eyez) e Kemp (Enrique Murciano) se dirigem a uma represa localizada próxima à
floresta onde vivem os macacos, que pode restabelecer a energia elétrica na
cidade.
O encontro entre eles
não poderia ser muito amistoso. Carver atira nos macacos e atinge um
deles. César intervém e os manda embora para nunca mais voltar. Já na
comunidade, Malcolm fica intrigado com o ocorrido e sugere a Dreyfus, um
encontro com César para selar uma trégua entre eles e os macacos. Do outro lado, temos
Koba com seu ódio incondicional da raça humana. Que vê nesta trégua, um modo
dos homens acabarem com os macacos. Discute com César, só que este se impõe sobre
sua decisão de ajuda-los. Koba pede perdão a César, com um gesto ao esticar a
mão em posição de obediência. César retribui ao apertá-la com força. No decorrer da película,
isso acontece varias vezes. Mostrando que a relação entre eles vai
enfraquecendo. E Koba, começa a pensar em si como líder dos macacos. Um momento
peculiar, que vai crescendo sua importância até o final de “O Confronto”.
O trabalho de Andy Serkis como César, aliado ao
efeito com captura de movimentos, é simplesmente maravilhoso. Dando ênfase nos
gestos (o uso da linguagem surdo mudo entre os símios), olhares e as poucas
palavras ditas. Vemos porque ele é o especialista neste tipo de performance. “O
Confronto” esmiúça temas como o preconceito e a sociedade como um todo do
mesmo modo que os primeiros filmes da saga. Sendo “A Origem”, uma
ótima introdução de personagens como Maurice e Koba, por exemplo. Poucos aproveitados
anteriormente, e agora fazem parte das ações quando estão em cena.
O roteiro muito bem
escrito por Mark Bomback, Rick Jaffa & Amanda Silver (sendo
os dois últimos responsáveis pela história de “A Origem”) ao criar uma trama envolvente
que nos faz pensar. Aliada à direção segura de Matt
Reeves (“Cloverfield: Monstro, 2008”) faz de "O Confronto", um dos melhores filmes de 2014. AVISO AOS NAVEGANTES: O Efeito 3D é
desnecessário. Com uma história muito bem amarrada, não é sentido seus 130 minutos
de duração. E as sequencias com os macacos montados em cavalos para se
locomoverem, relembram o clássico de 1968.
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