Aproveitando que os olhares do mundo estão em nossa terra brasilis, por causa da Copa do Mundo de Futebol. Vamos falar sobre três documentarios em cartaz nas salas de
cinema da sua cidade. Com um olhar peculiar sobre o país em que vivemos. O primeiro é “Tim
Lopes: Histórias de um Arcanjo (2014)”, dirigido por Guilherme Azevedo com roteiro de Bruno Quintella. Que narra a
história do icônico jornalista morto em 2002 por traficantes na Vila Cruzeiro
(Rio de Janeiro), quando investigava relatos de abuso sexual de menores em
bailes funk.
O foco de Tim sempre
foram para as questões sociais. Em um dos depoimentos, temos o surfista
Alexandre Carvalho falando da comunidade que trabalha com crianças ao
instrui-las sobre o esporte. E a ansiedade de cada uma delas, ao tentar ser
escolhida para a pessoa que ilustraria a foto da reportagem.
TIM LOPES: HISTÓRIAS DE UM ARCANJO
O segundo é “70: Setenta (2014)”. Com direção de Emília Silveira e roteiro escrito por Sandra Moreyra. O filme conta a
história ocorrida em 1970 quando o embaixador da Suiça, Giovanni Enrico Bucher,
no Brasil foi sequestrado por um grupo de militantes contra a ditadura no país.
Que exigiu, e consequentemente, conseguiu ser atendido. Sua exigência: a libertação
de 70 presos políticos.
“Setenta” conta com a participação de 18 personagens que
participaram do sequestro mais longo no Brasil, iniciada em 07 de dezembro de
1970 e encerrado com a libertação de Giovanni em janeiro de 1971. Onde os
presos libertados dois dias depois, foram expulsos do país e embarcados em um
avião com destino para o Chile. Onde obtiveram asilo politico.
SETENTA
E contando uma história
mais recente temos “Junho, o Mês que
Abalou o Brasil (2014)”. Documentário produzido pela Folha de São Paulo e dirigido por João Wainer. Relata de forma linear, as manifestações ocorridas no mês
descrito no título no ano passado em todo pais. Desde o Movimento Passe
Livre (contra o aumento da passagem do transporte publico na cidade de São Paulo)
e o consequente caos na grande metrópole.
A truculência da policia contra os
manifestantes e vice versa. A exploração da mídia sobre assunto. A discussão
sobre a educação no Brasil. Sem esquecer, daqueles que são contra a realização
da Copa do Mundo por aqui. Contando com depoimentos
de quem estava lá mesclados com os do sociólogo Gilberto Dimenstein e o
jornalista esportivo Juca Kfouri, por exemplo.
JULHO, O MÊS QUE ABALOU O BRASIL
NOTA PESSOAL: Os três merecem
ser vistos. Por nos trazerem visões distintas de um Brasil em
transformação contínua. Um país que vive de aparências, escondendo sua desigualdade
social e que infelizmente, só mostra seu preconceito e intolerância com seu próximo
de modo velado.
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