Em cartaz nas salas de cinema da sua cidade, o mais novo filme da musa
Scarlett Johansson, “Sob a Pele (Under the Skin, 2013)”. Dirigido
por Jonathan Glazer de “Sexy Beast (2000)”
e “Reencarnação (2004)”. Ela deixa de lado o uniforme da Vingadora Viúva Negra para se
tornar uma mulher misteriosa que age de forma peculiar para atrair homens
solteiros em viagem pelos cantos mais remotos da Escócia.
Pilotando uma van, ela percorre as estradas do país em busca de homens
para saciar seus desejos carnais. Com o nome de Laura, sua personagem aos
poucos de revela uma extraterrestre que na verdade está no planeta para se
alimentar com a carne de suas prezas. Deixando de lado, só a pele.
O filme tem como base o romance de mesmo nome escrito pelo autor holandês
Michael Faber. “Sob A Pele” se revela uma ficção cientifica com toques de cinema
horror de antigamente, onde a atuação quase silenciosa de Johansson se mostra tão assustadora quanto o olhar vazio diante de suas
vitimas.
As poucas falas são “você está sozinho?”, “Tem família? Namorada? É
casado?” dentre outras. Assim começa seu jogo de sedução. Os homens entram de
cabeça e Laura os leva para uma sala espelhada onde a cada passo dado por ela
se despe junto ao seu parceiro até ele ficar nu e desaparecer chão abaixo.
“Sob A Pele” gerou debates
ao redor do globo pelas redes sociais como o filme em que Scarlett aparece completamente nua na tela grande. Ao contrario do
que parece, não é uma cena gratuita e sim fazendo parte do contexto que a película
discute. Onde o macho alfa se deixa levar pela tentação para se tornar o objetivo final da caçada.
Sua atuação se destaca com um olhar tão gelado como a fria Glasgow. Johansson sai do papel de diva dos
filmes de Woody Allen como “Vicky Cristina Barcelona (2008)” para se tornar uma alienígena
de poucas palavras, olhar frio e hábitos alimentares sugestivos. Onde em
determinada cena, se vê claramente o nojo de Laura ao experimentar um pedaço de
bolo de chocolate.
A película discute também a melancolia da solidão e como nos seres
humanos lidamos com o nosso próximo. Fazendo o espectador pensar diante de seu papel
diante do mundo em que vivemos e bem como nos relacionamos com a pessoa ao nosso lado (familiar e/ou não).
Em especial, aqueles que sofrem com a deformação física. Como se vê na
cena em que Laura simpatiza com um rapaz de 26 anos de aparência grotesca, que
se revela um homem simples e bastante solitário. Gerando um conflito interno em
Laura se o abduz ou não.
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