Depois de estrear na cadeira de diretor com o aclamado “Coração Louco
(Crazy Heart, 2009”), Scott Cooper
traz agora uma película que discute a justiça pelas próprias mãos e a
influência da guerra na vida daqueles que participaram dela. Este é o mote inicial de seu novo trabalho, “Tudo por Justiça (Out of the Furnace, 2013)”. Estrelado pelo
Cavaleiro das Trevas Christian Bale,
Casey Affleck (“Roubo nas Alturas,
2011”), Woody Harrelson (da saga
“Jogos Vorazes”), Forest Whitaker
(Oscar de Melhor Ator por “O Último Rei da Escócia, 2006”), Willem Dafoe (o Duende Verde da saga
Homem-Aranha), Zoë Saldana (a Uhura
do novo Star Trek) e o veterano Sam
Shepard (“Álbum de Família, 2013”).
Bale é Russell Baze, um
operário de uma usina produtora de aço que tenta levar sua vida mais honesta e
digna possível. Tem uma namorada de longa data, Lena Warren (Saldana). Com pai adoentado que é
cuidado pelo irmão mais novo Rodney (Affleck)
e o tio Red (Shepard). Na sua cidade
natal, North Braddock, na Pensylvania (Estados Unidos). Sempre de olho no irmão, porque este tem um estilo de vida problemático.
Em dívida com o mafioso da cidade, John Petty (Dafoe). Russell vai até o bar que ele administra para saldar o
debito de Rodney. Até que sua vida tem um ponto de virada. Voltando para casa,
ele bate sua picape em um carro no caminho. Onde acaba causando a morte dos
passageiros do outro veiculo.
Russell vai preso e cumpre sua pena na prisão local. Lá descobre que
perdeu o pai e a namorada que termina o relacionamento, sem nunca ter ido
visita-lo na cadeia. E se casado com o xerife da cidade, Wesley Barnes (Whitaker). O irmão retornou da Guerra
do Iraque, transtorno pelas lembranças no campo de batalha. Ao sair de lá, encontra uma realidade bem diferente do que estava
antes. Com Russell se adaptando aos poucos. Retornando ao antigo serviço e
reformando a casa que era de seu pai. Visitando o tumulo dele ao lado da mãe já
falecida. Do outro lado, temos Rodney. Remoendo as emoções de um passado
recente, trabalhando como lutador de rua para Petty e juntar dinheiro para
saldar seu débito junto ao mesmo.
Rodney ainda atormentando com as lembranças. Pede a Petty marcar uma
luta com o pessoal que vive próximo nas montanhas da sua cidade. Lá eles são
comandados por Harlan DeGroat (Harrelson), uma pessoa extremamente violenta que
resolve suas pendências através da força bruta. Petty consegue marcar a luta. Esperando acertar sua divida com
DeGroat. É uma luta arranjada. Onde Rodney tem que perder de proposito
para todas as partes envolvidas lucrem com isso. Tudo corre de acordo até que
na saída das montanhas, Petty e Rodney são emboscados no meio do caminho por
DeGroat e seus capangas. Com o mesmo, falando que a divida não foi saldada, acaba
matando Petty e consequentemente Rodney por ser uma testemunha potencial.
Tudo isso foi ouvido pelo bartender Dan. Sem querer, Petty ligou para
ele e deixando o celular ligado. Ele vai até a delegacia para registrar a ocorrência
e o xerife Wesley chama Russell para avisar o que aconteceu. Inconformado, vai acompanhado do tio até as montanhas para um acerto de contas. E assim rola a trama de “Tudo
por Justiça”. Com Bale,
mostrando a competência de sempre, em um papel que foca na sua relação com o irmão
mais novo e o sentimento de perda das pessoas que ama. Bem como, um pequeno
erro pode mudar o rumo da vida. E a vontade de vingar não só a morte do irmão,
mas também, dar continuidade na sua vida nesta nova realidade. Bem mostrada na
cena final, onde ele dá um suspiro de alívio.
Destaque para atuação de Casey
Affleck. Exibindo bem o tormento daqueles que participam de um conflito
armado como foi a Guerra no Iraque. Não conseguindo esquecer as lembranças e
procurando um meio de soltar toda a raiva contida nele através dos punhos. Onde
se vê que o talento dramático da família Affleck, está nele. Se você não sabe, Casey é o irmão mais novo do canastrão Ben.
OBS: A canção “Release” do Pearl Jam permeia toda a película. Abrindo de forma magistral e encerrando do mesmo modo. E um dado interessante, ela foi regravada pelo grupo, especialmente para “Tudo por Justiça”.
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