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O Trampolim do Último Barco

Ao contrário do que parece, não é nenhum momento de inquietação deste que vos escreve. E sim, são dois dos principais lançamentos do mercado fonográfico brasileiro. Os novos trabalhos de sir Elton John e Sting, “The Diving Board (2013)” e “The Last Ship (2013)“ respectivamente. Chegam agora no mês de outubro. O primeiro é o novo álbum de sir Elton John, “The Diving Board (2013)”. Sem lançar nada inédito desde “The Captain & The Kid (2006)”. É a volta dele ao pop rock que lhe é peculiar. Depois de lançar uma parceria com Leon Russell, “The Union (2010)” e produzir musicais como “Billy Elliott” & “The Lion King”. 

Junto a turnê mundial para comemorar os 40 anos de carreira, a “The Million Dollar Piano”.  The Diving Board”, Elton John mostra que ainda tem muita lenha para queimar. Trazendo novas canções com seu eterno parceiro, o letrista Bernie Taupin. “Oceans Away”, “My Quicksand”, “Can’t Stand Alone Tonight”, “Home Again” e “Mexican Vacation (Kids in the Candlelight)” demonstram isso. Sem deixar de mencionar os interlúdios entre elas como “Dream Pt.1, 2 & 3” onde ouvimos o talento de Elton sobre as teclas de seu piano de um milhão de doláres.


Como não poderia ser diferente, a edição nacional traz quatro canções bônus. A inédita “Candlelit Bedroom” e as versões ao vivo de “Home Again”, “Mexican Vacation (Kids in the Candlelight)”e “The Fever Waltz”. Ouvindo “The Diving Board” mais atentamente, tem-se a sensação de voltar no tempo. Relembrando os antológicos “Goodbye Yellow Brick Road (1973)” e “Captain Fantastic & The Brown Dirt Cowboy (1975)”. O álbum foi produzido por T-Bone Burnett (produtor da trilha sonora musical da saga cinematográfica “Jogos Vorazes”).


O segundo é a estreia de Sting na Broadway, onde compôs a trilha musical da peça de mesmo nome que possui tons autobiográficos sobre sua infância em Newcastle, Inglaterra (sua cidade natal). Escrita por Brian Yorkey & John Logan. Um conto imaginário sobre regresso ao lar e autodescoberta, relembrando como era viver próximo ao estaleiro de Swan Hunters, em Wallsend. Tom de musical impera sobre as canções. Porém, Sting deixa sua marca ao mesclar o pop rock mezzo jazz que ficou marcado em sua carreira solo mais a adição da música étnica. A faixa título “The Last Ship” é um bom exemplo disso. 

Assim como “Dead Man’s Boots”, “August Winds”, “Language of Birds”, “The Night The Pugilist Learned How to Dance” e “Ballad of the Great Eastern”. Já “And Yet”, “Practical Arrangement” e “I Love Her But She Loves Someone Else” remetem ao som característico de Sting. “What Have We Got?”, dueto com Jimmy Nail, vem à tona um sentimento de festa no apê, no melhor sentido da palavra. “So to Speak” com Becky Unthank e “The Last Ship (reprise)” encerram o álbum trazendo de volta o clima musical da Broadway.


Por aqui em nossa terra brasilis temos a edição especial com disco bônus acompanhado de cinco canções inéditas: “Shipyard”, uma miniópera dentro do musical com participação da cantora Jo Lawry, Brian Johnson (Sim! A voz do grupo de hard rock AC/DC) e mais uma vez, Jimmy Nail;“It’s Not the Same Moon”, balada típica Sting; “Hadaway”, clima étnico retorna; “Sky Hooks and Tartan Paint”, Johnson soltando a voz no melhor estilo festeiro de ser; “Show Some Respect”, o clima de cabaré está no ar. Uma mistura de gêneros musicais pode se chamar o que é ouvido nas canções citadas anteriormente. “The Last Ship” vale uma conferida por ser um disco inédito de Sting. Desde “Sacred Love (2003)” não lançava um trabalho autoral como este.



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