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estreia do último final de semana, temos o novo filme do diretor Alfonso Cuarón, “Gravidade (Gravity, 2013)”.Estrelado por Sandra Bullock (Oscar de Melhor Atriz
por “Um Sonho Possível, 2009”) e George Clooney (Oscar de Melhor Ator
Coadjuvante por “Syriana: A Indústria do
Petróleo, 2005”). Cuarón, conhecido por filmes como o
apocalíptico “Filhos da Esperança
(2006)”, o terceiro (e para muitos, o melhor de todos) filme da saga Harry
Potter, “O Prisioneiro de Azkaban
(2004)” e o cult movie “E Sua Mãe Também (2001)”.
Agora
ele concebe uma película de ficção cientifica no melhor sentido da palavra.
Tendo a ajuda da NASA, como consultora técnica para criar novos recursos de
como filmar o espaço sideral ao redor do globo terrestre. Para assim ter um
clima real do que é visto em cena. Onde os astronautas Matt Kowalsky (Clooney), em seu último voo, e Ryan
Stone (Bullock), engenheira médica
em sua primeira experiência espacial. Fazem um conserto no telescópio Hubble
até que eles recebem um aviso que está indo em sua direção uma chuva de
detritos, que destrói o ônibus espacial, mata toda tripulação e deixando os
dois a deriva na órbita da Terra.
Com o auxílio da NASA, Cuarón consegue introduzir em “Gravidade” um realismo pouco visto em filmes sobre o mesmo tema. A sensação e a tensão vivida pelos personagens nos seus noventa minutos é de estarmos literalmente ao lado deles. Como muitos sabem, no espaço o som não se propaga e assim seu silêncio ensurdecedor se faz presente. Tudo isso muito bem filmado em 3D. E em sequências, como por exemplo, o passeio de Matt ao redor da estrutura do Hubble em seu traje contando histórias pessoais ao som de country music. Ou mesmo, a tensão vivida por Ryan ao ver seu oxigênio estar chegando ao fim após o incidente até conseguirem chegar à Estação Espacial Internacional.
A
filosofia, a física quântica, o instinto de sobrevivência e fragilidade do ser
humano, se misturam dando um tom para “Gravidade” que é pouco visto na
telona atualmente. Onde a personagem de Bullock
mostra que apesar da inexperiência como astronauta e fragilidade emocional
(onde perdeu a filha pequena em um acidente) consegue encontrar forças para
superar os obstáculos à sua frente.
Clooney, em um papel pequeno, que traz todo seu carisma e competência de sempre. Cuarón em sua poesia cinematográfica, quando Ryan consegue chegar à Estação Espacial, devido ao cansaço físico encolhe o corpo e fica em posição fetal com a luz do Sol na janela da Estação ao fundo. Em um momento de desespero quando consegue contato por rádio com um habitante da Terra que está ninando uma criança, Ryan começa a chorar e suas lágrimas não caem devido à gravidade zero.
“Gravidade” vale a ida ao cinema, não só pelo seu apuro técnico. Destacando a ótima fotografia e a excelente atuação de Sandra Bullock, onde muitos dizem por aí que ela deve concorrer ao próximo Oscar. Por mostrando como somos frágeis, tanto físico como emocional, e que numa situação de extrema dificuldade nos superamos igualmente.
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