Em cartaz nas salas de cinema da sua cidade, temos o filme mais recente do diretor Terrence Malick (“A Arvore da Vida, 2011”), “Amor Pleno (To The Wonder, 2013)”, com Ben Affleck (“Argo, 2012”), Olga Kurylenko (“Oblivion, 2013”), Rachel McAdams (“Para Sempre, 2012”) e Javier Bardem (“007 – Operação Skyfall, 2012”).
A sua trama gira em torno do personagem de Affleck, Neil, que se apaixona por Marina (Kurylenko). Uma paixão avassaladora, fazendo com que ela e a filha pré-adolescente saírem de sua cidade natal, Paris (França), para morar com Neil em Oklahoma (Estados Unidos). Os dois se casam para ajuda-la no visto de permanência no país. Como acontece em qualquer casamento, a relação se desgasta e a discussão que Neil não consegue demonstrar seus sentimentos. Até que surge Jane (McAdams), uma paixão dos tempos de colégio, onde Neil vê uma nova oportunidade de ser feliz.
Em meio a isso, Marina se encontra com o padre Quintana (Bardem), para buscar aconselhamento sobre sua relação com Neil. Mas ele se vê em questionamento sobre seu amor por Deus e o sacerdócio. Com em seus filmes anteriores, Malick discute agora em “Amor Pleno”, o sentido da palavra em si de um modo filosófico, sem muitos diálogos entre os personagens, pontuado pela bela trilha musical composta por Hanan Townsend e o ótimo trabalho de fotografia feito por Emmanuel Lubezki. Com sequências sutis dos gestos de cada um (mãos, olhos e cabelos) se misturam com a beleza das paisagens naturais no decorrer do filme.
AMOR PLENO
Estreando no último final de semana, temos “Ferrugem & Osso (De Rouille et d’Os, 2012)”, com a ganhadora do Oscar de Melhor Atriz por "Piaff – Um Hino ao Amor (2007)", Marion Cotillard e dirigido pelo francês Jacques Audiard, premiado com a Palma de Ouro de Cannes em 2009 por “O Profeta”.
Audiard adapta os contos do poeta canadense Craig Robinson, que mostra o encontro casual de duas pessoas. Cotillard é Stephanie, uma treinadora de baleias que sofre um acidente em uma apresentação onde é atacada por uma delas e acaba perdendo parte das pernas. Do outro lado temos o lutador de boxe Ali (Matthias Schoenaerts), desempregado com um filho de cinco anos (Armand Verdure) e morando de favor na casa da irmã em Antibes, sul francês. E lá tenta ganhar a vida com trabalhos esporádicos e lutas clandestinas. Em um dos bicos, como segurança de um bar noturno, seu caminho esbarra com o de Stephanie. Isso acontece antes do seu acidente.
Logo após, ela liga para Ali ao ver seu número de telefone na agenda. De início, um vínculo frio. Mas com o passar do tempo, ela se fortalece numa relação carnal (destaque para os efeitos especiais, que conseguiram apagar as pernas de Cotillard do joelho para baixo) e ao mesmo tempo, a cura para as feridas abertas por seus traumas e partilhar uma vida a dois, onde a busca pelo amor está no afeto que um sente pelo outro. Mais uma vez, Marion Cotillard mostra porque é considerada uma das melhores atrizes de sua geração, nos trazendo a força nua e crua de sua personagem. Ao lado do seu parceiro de cena Schoenaerts.
FERRUGEM & OSSO
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