Sofia Coppola pode ser considerada uma cineasta diferenciada. Depois de uma estreia duvidosa como atriz no filme que encerrava a saga ”O Poderoso Chefão (1972, 1974 & 1989)”, dirigida pelo pai Francis Ford Coppola, como a filha mais nova do chefão da máfia Michael Corleone (Al Pacino), Mary. Até que resolve seguir os passos do patriarca da família Coppola. No ano de 1999, estreia atrás das câmeras como diretora no polêmico “As Virgens Suicidas” com Kirsten Dunst, a Mary Jane da trilogia “Homem-Aranha (2002, 2004 & 2007)” de Sam Raimi.
Chama atenção do grande público
com a comédia indie “Encontros &
Desencontros (2003)” estrelado pelo comediante Bill Murray (“Os Caça-Fantasmas, 1984 & 1989”) e
Scarlett Johansson (“Os Vingadores,
2012”), onde inclusive ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original daquele ano.
Em 2006, parte para um projeto ambicioso a cinebiografia da rainha da França no
século XVIII Maria Antonieta com Dunst no papel principal. Voltando às origens
com o drama “Um Lugar Qualquer (2010)”
com Stephen Dorff (“Backbeat: Os Cinco Rapazes de Liverpool, 1994”) e
Elle Fanning (“Super 8, 2011”).
Neste
ano, ela nos traz “Bling Ring: A Gangue de Hollywood (Bling Ring, 2013)”. Baseado em fatos
reais e usando como base o artigo escrito por Nancy Jo Sales, “The Suspects
Wore Louboutins”. O significado Bling Ring vem da mescla do nome de um
acessório, o anel, e à onomatopeia do som do metal. “A Gangue de Hollywood” conta a história do grupo de amigos
ricos, mimados e problemáticos. Formado por Mark (Israel Broussard),
Rebecca Ahn (Katie Chang), as irmãs de criação Nicki & Sam (Emma
Watson, sim a Hermione da saga Harry Potter & Taissa Farmiga respectivamente)
e Chloe (Claire Julien). Que se juntam para invadir a casa de
celebridades como Paris Hilton, Orlando Bloom e Megan Fox para roubarem itens
pessoais como joias e roupas para utiliza-los no seu dia a dia. Descobrem
também aonde elas escondem o dinheiro para emergências. Isso ocorreu entre os
anos de 2008 e 2009.
O
filme opta por usar o flashback para iniciar sua história. Na abertura, temos a
gangue em ação. Depois vai para a sequência em que Mark e Rebecca se conhecem
para formar uma amizade baseada no interesse de cada um pelo outro para fazer
coisas ilegais como por exemplo, próximos da rua em que residem, forçam as
portas dos carros estacionados para assim roubá-los. Daí a ideia de entrar na
casa dos astros de Hollywood. Apesar do status social privilegiado deles, a
busca e obsessão desenfreada dos jovens de hoje pela fama instantânea. Coppola faz
uma película enxuta, onde deixa o público a vontade para julgar as ações do
grupo e suas consequências para os mesmos. Mostrando como eles se deixam levar
pela emoção do ato ilícito sem se preocupar com seu futuro, pois sabem que seus
pais afortunados estão lá para salvar suas vidas.
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