Com
esta frase tirada de uma canção da Legião Urbana, temos como principal estreia
nos cinemas do país, a cinebiografia de um dos maiores ídolos do rock
brasileiro nos anos 80, estou falando de Renato Russo. “Somos Tão Jovens” é
dirigido pelo veterano Antônio Carlos da
Fontoura e estrelado por Thiago
Mendonça (o Luciano de “2 Filhos de
Francisco, 2005”), Laila Zaid (“E aí Comeu, 2012”), Bruno Torres e Daniel Passi.
O filme começa com a chegada de Renato à capital do país, Brasília, quando
criança. Lá descobre que é portador de uma doença rara que atinge os ossos. Ficando assim boa parte de seus
dias acamado, descobre o movimento punk inglês e lê vários livros de poesia e
filosofia. Com o passar do tempo, ele vai se recuperando, fazendo amigos que
possuem os mesmos ideais e influências musicais. Assim surge o Aborto Elétrico.
“Somos
Tão Jovens” foca mais na adolescência de Renato, os conflitos internos
e com os pais (Marcos Breda & Sandra
Coverloni) preocupados com o seu sonho de se tornar uma estrela do Rock, ao
invés de virar professor de inglês. Onde se vê e ouve, a sua formação musical
se fortalecer bem como sua veia poética. Daí vem à ruptura do Aborto Elétrico,
onde seus membros brigam porque a Plebe Rude, a banda mais famosa da época, era
o início do rock brasiliense. Com o fim do Aborto, surgem duas das principais
bandas de Brasília, o Capital Inicial e a Legião Urbana.
A atuação de Thiago Mendonça como Renato, já vale o ingresso do filme. Não só pela semelhança física, onde incorporou seu espírito. Sem esquecer, que ele passou três meses estudando música, isto é, aulas de canto, violão, guitarra e baixo. Ao contrário de “2 Filhos de Francisco”, desta vez Thiago teve que colocar o gogó para funcionar. Para os fãs xiitas da banda, não se preocupem, Thiago consegue ficar próximo do tom de voz de Renato. Ao contrário do que aconteceu ano passado, no tributo a Legião no Espaço das Américas na cidade de São Paulo, com Dado Villa-Lobos (guitarras), Marcelo Bonfá (bateira) e a participação do “Capitão Nascimento” Wagner Moura nos vocais. Um tiro no pé do próprio Moura. Sem maiores comentários a respeito.
“Somos Tão Jovens” conta a participação especial do filho de Renato, Guiliano Manfredini, como roadie de um dos shows da Legião. E Nicolau Villa-Lobos, filho de Dado, fazendo o próprio pai. A película presta um bom tributo à figura de Renato, sem se aprofundar na mitologia de sua persona. Focando principalmente na criação de canções como “Eduardo & Mônica”, “Ainda é Cedo” e “Faroeste Caboclo”. NOTA PESSOAL: Este que vos escreve nunca foi um grande fã da Legião de Renato Russo. Apesar de ter crescido junto à Geração Coca Cola, sempre respeitei e admirei seu talento e trabalho, levando o rock brasileiro a um patamar de qualidade e força que faz falta nos dias de hoje.
SALVE A LEGIÃO! SOMOS FILHOS DA
REVOLUÇÃO!
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