Um diretor eclético. Pode ser o termo a definir Danny Boyle, como cineasta. Desde sua estreia com o thriller juvenil “Cosa Rasa (1994)” na tela grande; passando pela odisseia das drogas, “Trainspotting (1996)”; a comédia romântica “Por Uma Vida Menos Ordinária (1997)”; o drama existencial de “A Praia (2000)”; o terror em “Extermínio (2002)”; um conto infantil “Caiu do Céu (2004)”; a ficção científica de “Sunshine: Alerta Solar (2007)”; o multicultural “Quem quer ser um Milionário (2008)”, pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Diretor e a viagem pelo autoconhecimento e sobrevivência em “127 Horas (2010)”.
Chegando até “Em Transe (Trance, 2013)”. Um filme que começa como thriller de assalto passando para uma ficção sobre sonho e realidade no melhor estilo “A Origem (2010)” de Christopher Nolan. Em sua trama, temos Simon (James McAvoy, o novo Professor Xavier da saga X-Men), funcionário de uma casa de leilões em Londres que planeja o roubo de um quadro de Goya com a ajuda do mafioso Franck (Vincent Cassel de “O Cisne Negro, 2010”). A sequência de abertura é excepcional, onde Simon explica com detalhes os procedimentos de segurança da casa e ao mesmo tempo, Franck com seus comparsas entram nela para efetuar o assalto. Mas algo dá errado. Para encenar melhor o golpe, Simon é atingido na cabeça por Franck com o punho da sua arma.
Assim, ele perde a memória, pois é o único que sabe onde está escondido o quadro. Daí, sua história muda com a entrada da terapeuta Elizabeth (Rosario Dawson de “Prova de Morte, 2007”), especialista em hipnose. Assim ela inicia o tratamento de Simon, suspeitando que ser algo mais do que aparenta. Elizabeth descobre o plano por trás do tratamento e em uma conversa com Franck concorda em ajudar, desde que receba uma porcentagem da venda do quadro no mercado negro. “Em Transe”, é uma película ágil.
Onde a partir da amnésia de Simon, sua história transita pela sua mente por meio da hipnose e se confunde com a sua realidade cotidiana. Em determinados momentos, lembra “A Origem (2010)” de Christopher Nolan (da trilogia do Cavaleiro das Trevas). Mas Boyle consegue usar isso ao seu favor. Fazendo de acordo com sua visão sobre o espaço tempo. Com a edição de Jon Harris junto à bela fotografia de Anthony Dod Mantle e a trilha musical vibrante de Rick Smith, como favores determinantes para sua trama.
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