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LOLLAPALOOZA 2013, Diário do Último Dia (31 de março de 2013)

Estamos chegando ao final do festival Lollapalooza no Jockey Club da cidade de São Paulo. Com shows de Wehbba, Baia, Lirinha & Eddie, Vivendo do Ócio, Wannabe Jalva, Database, Red Oblivion, Mixhell, Vanguart, Felguk, Rusko, Hot Chip, Major Lazer e Kaskade. Segue abaixo o relato dos principais shows.


REPÚBLICA: Trouxe o seu trash metal ao festival. Fazendo versões matadoras de “Killing in the Name” do Rage Against The Machine e “The Number of the Beast” do Iron Maiden e canções próprias como “Life Goes On” e “Dark Road”.


FOALS: Terceira vez no Brasil (vieram em 2008 & 2011 com o Red Hot Chili Peppers), a banda indie inglesa trouxe seu som pop rock dançante para o festival. O vocalista Yannis Philippakis anda pelas estruturas do palco montado na arena de um lado para o outro. Com canções que agitaram a galera como “Baloons”, “Olympic Airways”, a nova “My Number”, “Blue Blood”, “Late Night”, “Spanish Sahara”, “Red Socks Pugie”, “Inhaler” e com “Two Steps Twice” encerrando o show e o baterista Jack Bevan indo à frente do palco para puxar palmas do público e acompanhar o ritmo dela.


PUSCIFER: Mais um projeto do líder do Tool, Maynard James Keenan, no palco do Lollapalooza. Ao contrário do A PERFECT CIRCLE, o show tem um tom mais rock industrial eletrônico com Keenan servindo taças de vinho aos membros da banda e no meio da apresentação, Eddie Vedder surge para tomar um gole da garrafa e brinda-los. No repertório, as canções “Tiny Monsters”, “Vagina Mine”, “Toma”, “The Rapture”, “Rev 22:20”, “Dear Brother”, “Breathe”, “Man Overboard”, “Telling Ghosts” e o encerramento com “The Undertaker”.


KAISER CHIEFS: A banda inglesa já agita o festival com “Never Miss A Beat” e “Everything is Average Nowadays”. Em “Kinda Girl You Are”, o vocalista Ricky Wilson brinca com a câmera do canal Multishow. “Na Na Na Na Naa”, o público canta junto à banda o refrão. Ricky fala em português e agradece o convite para tocar no festival e já emenda “Little Shocks”, “Living Underground” e “Everyday I Love You Less & Less” com Ricky correndo de um lado para outro do palco. O ska de “Good Days, Bad Days” acalma os ânimos. “Modern Way” e em “The Angry Mob”, Ricky anda no meio do galera e sobe na estrutura central. Segue com a nova “You Got the Nerve”. “Ruby”, o público canta e agita junto ao grupo. “I Predict A Riot”, Ricky sobe na estrutura lateral do palco. “Oh My God”, fecha com chave de ouro, o show dos Kaiser Chiefs.


THE HIVES: Numa apresentação energética, a banda sueca surpreendeu a todos e deixou o público aquecido para o show de encerramento do Pearl Jam. Com todos vestidos de fraque, o vocalista Howlin’ Pelle Almqvist e grupo fizeram da sua performance o mais puro rock’n’roll com as canções “Main Offender”, “Die, All Right” e “Go Right Ahead”. “Hate To Say I Told You So”, seu maior sucesso levantando poeira da arena. O encerramento é com “Tick Tick Boom”.


PLANET HEMP: O show no Lollapalooza foi o encerramento da turnê que reuniu a banda para comemorar os 20 anos de carreira e foi marcado pelo tom de alegria e tributo na canção “Samba Makossa” da Nação Zumbi, homenageando Chico Science, Bezerra da Silva e Chorão (Charlie Brown Jr.) e Skunk, membro fundador do Planet Hemp. E contou com os maiores sucessos da turma de Marcelo D2 & BNegão como “Legalize Já”, “Queimando Tudo”, ”Ex-quadrilha da Fumaça” e fechando a apresentação com “Mantenha o Respeito”.


PEARL JAM: Na sua terceira passagem pelo país (2005 & 2011), o PJ fez uma apresentação do mais puro rock’n’roll. Ela começa com Eddie Vedder subindo ao palco e cumprindo o público com um “Olá, São Paulo” e já emenda “Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town”. O que parecia ser um show mais calmo. Ledo engano. A banda já emenda a rápida “Why Go Home”. Seguida do riff de “Interstellar Overdrive” do Pink Floyd que foi a introdução perfeita para “Corduroy”. Daí, temos “Comatose”. Eddie tentando falar em português e dizendo em inglês que ele é “shit (ou merda, traduzindo)”, deseja uma ótima noite de domingo de páscoa a todos os presentes e o ovo de chocolate que o PJ oferece é a canção “Olé”. O show volta a esquentar com “Do The Evolution”. É hora para os casais dançarem juntos com “Wishlist”. Segue com “Got Some” e em “Even Flow”, a arena montada no Jockey vem abaixo. É o momento para as baladas com “Nothingman”, “Insignificance” e “Daughter”.


Com a guitarra em punho, Eddie começa a dedilhar “World Wide Suicide”. Eddie lembra que o PJ está gravando um disco novo e o convite para tocar aqui no Brasil foi uma benção e já emenda o clássico “Jeremy” onde todos cantam junto ao grupo. Fecham a primeira parte com “Unthrought Known”, “State of Love & Trust” e “Rearviewmirror”. Depois de cinco minutos de pausa, o grupo volta e Eddie vai ao microfone dizendo em português: “Obrigado, São Paulo, por respeitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Isso é muito importante”. É a deixa para “Given To Fly”. Seguem com as baladas “Better Man” e “Black”. 

Eddie continua a conversar com as pessoas e diz que quando toca no Brasil, sempre lembra do seu amigo Joey Ramone e que a próxima canção é dedicada a ele, Johnny & Dee Dee, ou seja, o clássico Ramone “I Believe in Miracles”. Dai vem “Go” e a canção que todos esperavam, “Alive”. Cantada em uníssono e deixando todo o grupo espantado como ela emociona o público brasileiro. Com a cover do The Who, “Baba O’Riley”, onde Eddie distribui pandeiros para aqueles que estão próximos ao palco e “Yellow Leadbetter”, fecham a última noite do festival com sentimento de dever cumprido. 

A destacar como o PJ cresceu musicalmente, onde cada um se destaca em seu instrumento de trabalho. O virtuosismo de Mike McCready nas seis cordas, o baixo pulsante de Jeff Ament, a precisão e habilidade de Matt Cameron nas baquetas e peles, Stone Grossard na guitarra base regendo a banda como ninguém e a voz poderosa de Eddie Vedder. Sem deixar de mencionar, Boom Gaspar como convidado especial nos teclados.


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