Como principal estréia do final
de semana, temos a mais nova película do cultuado Quentin Tarantino, “Django
Livre (Django Unchained, 2012)”. Assim como em “Bastardos Inglórios (2009)”,
que faz uma homenagem aos filmes de guerra de antigamente, agora ele presta um
tributo aos filmes de Sergio Leone e Sergio Corbucci, conhecidos pela
popularização do gênero conhecido como “western spaghetti”.
Estrelado por Jamie Foxx (Oscar de Melhor Ator por
“Ray, 2004”), Christoph Waltz (Oscar
de Melhor Ator Coadjuvante por “Bastardos Inglórios, 2009”), Leonardo DiCaprio (“J. Edgar, 2011”) Samuel L. Jackson (o Mace Windu da saga
Star Wars) e Kerry Washington (“O
Último Rei da Escócia, 2006”). O filme conta a história de Django (Foxx), escravo liberto que está atrás de
um bando de arruaceiros que sequestraram sua esposa (Washington) e a venderam como escrava para o fazendeiro Calvin
Candie (DiCaprio).
Com a ajuda de um caçador de recompensas, Dr. Schultz (Waltz), Django aprende a atirar e percorrendo o Texas ao Mississipi até a fazenda de Candie para resgatar a sua mulher. Isso ocorre no ano de 1858, às vésperas da Guerra Civil americana. Esta é a história criada por Tarantino e está cheia de referências aos filmes de Leone & Corbucci, onde este fez “Django (1966)” estrelado por Franco Nero e dá nome a este. Que inclusive tem a participação de Nero em um dos melhores momentos de “Django Livre” num diálogo que o personagem de Foxx soletra as letras do seu nome e especifica que o D é mudo.
Tarantino segue a linha narrativa criada em toda sua filmografia,
aprimorada com “Kill Bill " volumes I & II (2003, 2004), “Bastardos
Inglórios (2009)” e na série “Grindhouse (2007)” com seu parceiro Robert
Rodriguez, onde recriam gêneros há muito tempo esquecidos do grande público
como o exploitation que são filmes com atores poucos conhecidos, cenas exageradas
de efeitos visuais e de sexo; e os filmes B, onde as sessões de cinema era
dividida em dois, que passavam filmes do mesmo gênero (exemplo: faroeste,
terror ou gângster). Como em “Bastardos Inglórios”, Tarantino aproveita o momento para
fazer uma película com o que há de melhor da sua técnica cinematográfica. Antes
o tema era a Segunda Guerra Mundial, mesclando realidade com a ficção mais que fantástica
da sua imaginação. Agora é a vez do Velho Oeste com a escravatura de negros
como principal referência.
Sabendo que eram tempos de violência,
aproveita para levar isso à décima potencia na telona com closes, câmeras lentas,
sons de pistolas & rifles em profusão . Mais uma vez, o destaque fica
para a atuação de Christoph Waltz e o roteiro
engenhoso de Tarantino. Provavelmente, como no Oscar de
2009, tanto Waltz e Tarantino sejam premiados com os de Melhor Ator Coadjuvante e Roteiro Original deste ano, respectivamente. Isso já foi comprovado
na edição do Globo de Ouro no último dia 13 de janeiro, onde eles
receberam os prêmios mencionados acima.
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