Como
uma das principais estreias do último final de semana, temos o filme “A
Viagem (Cloud Atlas, 2012)”, a mais nova aventura dos
irmãos Wachowski da trilogia Matrix em parceira com Tom
Tykwer de “Corra, Lola, Corra (1998)” e a participação de
um elenco estelar com os ganhadores do Oscar Tom Hanks (“O
Código DaVinci, 2006”), Susan Sarandon (“A Negociação,
2012”) e Halle Berry (a mutante Ororo da saga “X-Men”)
mais Jim Sturgess (“Across the Universe, 2007”), Hugo
Weaving (o sr. Smith de “Matrix”), Jim Broadbent (“A
Dama de Ferro, 2011”), Ben Whishaw (o novo Q da franquia “007”),
James D’arcy (“W.E., 2011”) e um sumido Hugh Grant (“Um
Lugar chamado Notting Hill, 1999”). Baseado no romance Cloud
Atlas (2004) do autor britânico David Mitchell, ele traz
seis histórias que se cruzam no tempo (passado, presente e futuro) onde cada
uma tem seu narrador.
Assim se dividem. Em 1.849, numa história sobre os tempos de escravatura e pula milhões de anos no futuro para uma realidade de um mundo pós-apocalíptico. Onde há 106 anos houve um evento chamado “A Queda” e passando em 1.946, no período pós-guerra na Inglaterra sobre a história de amor homossexual e a criação de uma sinfonia. Por 1.973, numa investigação jornalística sobre usinas nucleares na cidade de San Francisco (EUA).
Em 2.012, a louca escapada de um bando de velhinhos de um asilo na Inglaterra. E finalmente em 2.144, onde numa cidade chamada Neo Seul há uma empregada de restaurante. Criada ao estilo replicante, se torna líder de uma revolução num momento ficção cientifica. Como diz no subtítulo “Tudo Está Conectado”. Elas estão relacionados com os eventos que ocorrem com seus personagens nos seus passado, presente e possível futuro onde todo ato que fazem, bom e/ou ruim, afeta com o momento que cada um está vivendo em sua realidade.
É aí que entra o toque das irmãs Wachowski mais Tykwer que conseguem mescla-las nos 152 minutos de “A Viagem”. A duração pode parecer longa, porém ela flui de tal modo que você não sente e é preciso ver pelo menos mais de uma vez para entender a experiência de tal espetáculo cinematográfico. Juntamente com a ótima edição feita por Alexander Berner. Dois aspectos chamam a atenção do público, seus atores se dividem em pelo menos em seis papéis diferentes dependendo do seu grau de importância em cada história, por exemplo, Tom Hanks, ele aparece um idoso, depois muda para um homem tatuado com uma cicatriz no rosto. Ou mesmo mudanças radicais como ocidentes virando orientais (e vice-versa), negros em caucasianos e por vai.
Assim
vamos para o outro aspecto que se destaca. O trabalho do departamento de
maquiagem de “A Viagem” que consegue dar veracidade a estas
mudanças. Como também a sua direção de arte e fotografia que fazem um trabalho
de encher os olhos. “A Viagem” vale o ingresso por discutir
muito bem sobre assuntos (filosofia & religião) que estão no intimo de cada
um. Para onde vamos depois que falecemos e se renascemos para corrigir os erros
de um passado distante e esquecido. Sem deixar de mencionar, o seu vislumbre visual
que é impressionante.
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