Para aqueles que não estão interessados no final da saga do Cavaleiro das Trevas, uma boa opção é o mais novo filme de Sean Penn, ganhador de dois Oscar de Melhor Ator por “Sobre Meninos & Lobos (2003)” e “Milk: A Voz da Igualdade (2008)”, “Aqui é o Meu Lugar (This Must Be The Place, 2011)”. Dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino, ele conta a história do roqueiro aposentado Cheyenne, personagem de Penn, que vive isolado na cidade de Dublin por conta do suicídio de dois adolescentes no auge do seu sucesso nos anos 80 ao ouvirem sua música depressiva.
Vivendo
através dos royalties de suas canções, investimentos na Bolsa de Nova York e
sua maquiagem diária a base de lápis nos olhos e batom vermelho. Acompanhado
pela esposa Jane, feita pela excelente Frances McDormand, Oscar de
Melhor Atriz por “Fargo, 1997”,
recebe uma ligação de Nova York (EUA) avisando que seu pai está morrendo, com
quem não falava a mais de 30 anos.
Chegando lá, descobre que seu pai estava à procura do nazista que o humilhou em um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial. Fazendo que ele percorra o país atrás dele para se vingar em nome do pai falecido. “Aqui é o Meu Lugar” é um road movie na sua essência retratando a busca de vingança e remorso de Cheyenne ao retratar a ausência do pai e a própria vida.
O filme acerta ao usar isso de forma cômica, graças a excelente atuação de Penn. Vivendo um astro do rock em decadência com uma leseira que lembra os melhores momentos de Ozzy Osbourne no seriado “The Osbournes (2002 a 2005)” junto a isso a maquiagem no melhor estilo gótico do Robert Smith, líder do grupo The Cure. Sendo que seu nome de batismo é John Smith, será uma coincidência ou apenas uma referência.
Fazendo com que ele saia um pouco dos personagens mais sisudos que faz normalmente, como os citados acima onde ganhou a estatueta. Bem como um tom mais reflexivo e/ou político como “A Árvore da Vida (2011)” e “Jogo de Poder (2010)”. Um papel mais leve, quem se lembrar de Jeff Spicoli de “Picardias Estudantis (1982)” vai entender o que estou falando.
Outro destaque fica para a estreia cinematográfica da filha do líder do U2 Bono, Eve Hewson como a adolescente Mary e a participação mais que especial do músico David Byrne fazendo ele próprio. E ainda compondo a trilha do filme, que tem seu título baseado na canção homônima da sua antiga banda, os Talking Heads. Para ouvi-la, veja o link abaixo:
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