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GEORGE MARTIN: Produtor Musical, Marido Amoroso & Pai

Ao pronunciar seu nome, o que vem na cabeça que ele foi o produtor tem todos os discos dos Beatles ou popularmente chamado de “quinto beatle”. Mas o que é visto no documentário “Produced by George Martin (2011)” dirigido por Francis Hanly que nos mostra como foi que ele entrou no ramo musical e se tornou um dos maiores produtores musicais de todos os tempos. O filme começa exibindo sir George Martin e sua esposa, Lady Judy, passeando de carro no interior da Inglaterra e intercalando com uma entrevista dele falando de como se conheceram, logo em seguida a namorar.

Daí, temos imagens de Martin na força aérea inglesa, sua saída após a Segunda Guerra Mundial e sua entrada na Guildhall School of Music & Drama, a mais conceituada escola de artes da Inglaterra. Com o desejo de se tornar “Rachmaninov II” e seu aprendizado em oboé com sua professora Margaret Elliot nos anos de 1947 a 1950. Após a graduação foi procurar uma vaga na EMI e indo trabalhar na Parlophone, o primo pobre da EMI nas palavras de Martin. Assim iniciando seu trabalho como produtor. Se especializando em música clássica, barroca e música regional britânica.


A virada na sua carreira foram os discos voltados para o humor com a participação de comediantes como Peter SellersMilliganJoan SimsRolf HarrisFlanders & Swann e Shirley Abicair. E o momento muito esperado por nós com Martin falando quando conheceu Brian Epstein para apresentar a banda que estava agenciando, isto é, os Beatles. Martin diz que não ficou muito entusiasmado ao escutar a fita deles, mas agendou um horário em Abbey Road para o grupo, ouvi-lo mais atentamente e dar um parecer melhor. Assim começa uma das maiores parcerias musicais da história. Contando como ajudou na harmonia de “Yesterday” inclusive com a partitura original emoldurado na parede de sua casa.


Com depoimentos de Paul McCartney e Ringo Starr, relembrando os momentos que passaram juntos no estúdio. Dois momentos para se guardar na memória, George diz a Brian que não gostou de Pete Best e que era preciso trocar de baterista. Assim surge Ringo, que também não agrada muito a Martin, pois o mesmo estava sempre à frente na marcação do ritmo da canção. Falando da parceria Lennon & McCartney, onde os dois se completavam. Quanto Lennon se preocupava mais com as letras e McCartney com os arranjos e parte técnica das gravações. Onde Martin entendia que um tinha inveja do outro no que cada um tinha de melhor na dupla. E sua insatisfação por não participar da divisão dos lucros com as vendas de discos dos Beatles. A desculpa era que como Martin era o Presidente da Parlophone na época não tinha direito a bônus por ser um alto executivo da empresa. Isso reflete até hoje na vida dele.









Temos a continuidade de seu trabalho como produtor. Após o final dos Beatles com a produção de álbuns clássicos da Mahavishnu Orchestra (“Apocalipse”, 1974), da dupla America (“Holliday”, 1974; “Hearts”, 1975; “Hideaway,” 1976 e “Harbor”, 1977) e Jeff Beck (“Blow by Blow”, 1975 e “Wired”, 1976). E voltando a trabalhar com o beatle, sir Paul McCartney, para a gravação da trilha sonora do filme de James Bond, “Viva e Deixe Morrer (Live & Let Die, 1973)”. Em 1979, construí nas ilhas Monteserrat, um estúdio chamado AIR Studios. Onde foram gravados grandes álbuns como “Ghost in the Machine (1981)” e “Synchronicity (1983)” do The Police, “Brothers in Arms (1985)” do Dire Straits, “Rio (1982)” do Duran Duran dentre outros. Mas infelizmente um furacão passou pela ilha dez anos depois e o deixaram inoperante.

Mesmo assim, Martin conseguiu juntar fundos para abrir um centro cultural na ilha e assim são realizados lá eventos culturais e cerimônias típicas do arquipélago. Sem esquecer o seu retorno ao catalogo dos Beatles para a série de tv “Anthology (1995)”. E constatação da sua perda auditiva com o passar dos anos. O encerramento da sua carreira com chave de ouro, remixou o repertório utilizado no espetáculo “The Beatles - Love (2006)” do Cirque du Soleil ao lado do seu filho, Giles Martin. Para saber mais sobre o documentário, veja no link:  http://www.bbc.co.uk/programmes/b010t9hz

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