Pular para o conteúdo principal

ROGER WATERS ILUMINANDO O LADO ESCURO DA LUA


Ainda atordoado com a última apresentação do ex-líder do Pink Floyd Roger Waters com a ópera-rock “The Wall (1979)” em nosso país. Resolvi pegar emprestado mais uma vez o Delorean do dr. Emmett “Doc” Brown do filme “De Volta Para o Futuro” e voltar para o dia 24 de março de 2007 na sua segunda passagem no Brasil. No mesmo local da última, o estádio do Morumbi, ou popular “Panettone” para os boleiros. Na tour para o clássico álbum “The Dark Side of the Moon”, onde era tocado na íntegra. O show foi dividido em três partes. Na primeira eram tocados sucessos da sua ex-banda juntamente com canções da carreira solo.


O show começou pontualmente às 21hs com as canções de “The Wall”, “In The Flesh” em meio a fogos de artifício e continuando com “Mother”. Um momento nostálgico com “Set The Control For The Heart of the Sun” de “A Saucerful of Secrets (1968)” com imagens que lembram a fase psicodélica do Pink Floyd junto a imagens isoladas de Syd Barrett. A homenagem a Barrett continua com “Shine on You Crazy Diamond”, “Have a Cigar” e a clássica “Wish You Were Here”, todas do álbum “Wish You Were Here (1975)”. Nesta temos a imagem de um rádio com o som da introdução em meios a sons de estática e de repente surge uma mão para sintonizar no clássico riff da mesma. Mostrando que o som no estádio estava perfeito e o efeito quadrifônico funcionando a contento. Com todos contentes, cantando junto e celulares acessos ao invés de isqueiros.

O show continua com “Southampton Dock” e “The Fletcher Memorial Home” do último álbum do Pink Floyd com sua participação, “The Final Cut (1983)”. Este dedicado ao pai falecido na Segunda Guerra Mundial. É a hora de canções de sua carreira pós- PF com “Perfect Sense Part I & II” do álbum “Amused to Death (1992)” e a ácida “Leaving Beirut”, composta a partir de uma visita a Beirute. O final da primeira parte com “Sheep” do álbum “Animals (1977) e o popular porco inflável pichado com frases como “Assassinos, deixem nossas crianças em Paz!” e “Bush, o Brasil não está a venda!”. Pausa para um descanso e se preparar para segunda parte, muito esperada. As luzes do estádio se apagam mais uma vez, com um prisma a laser com base na pirâmide erguida sobre o palco que ilumina o mesmo e dá a dica do que veríamos. A introdução de “Speak To Me” com a batida do coração que se junta a “Breathe” e “On The Run”. 
De repente as luzes se apagam completamente e surge no telão a imagem de um relógio estilo Big Ben com as clássicas badaladas seguido dos mais variados sons de relógios, é a introdução para “Time” seguida de “The Great Gig in the Sky”. Com as luzes parcialmente apagadas temos o som das antigas caixas registradora junto com o tilintar de moedas, é abertura para “Money”. Daí vem “Us and Them”, o instrumental “Any Colour You Like” e o final com “Brain Damage” e “Eclipse” junto a imagens da época misturado a um efeito psicodélico.

A terceira e final parte do show se inicia com o som de um helicóptero e um holofote mirando em todas as direções do estádio e assim começa “The Happiest Days o four Lives” para se seguir com o clássico “Another Brick in the Wall Part II” onde todos cantando junto com os jovens integrantes do Projeto Guri, uma associação que promove integração social e cultural entre crianças e jovens na cidade de São Paulo. É com “Vera” e “Bring The Boys Back Home” temos a introdução para o final apoteótico com “Comfortably Numb”. Como saldo final, esta apresentação não teve o mesmo impacto que a última. Mas deixou uma marca em nossos corações e mentes.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zendaya & Os "RIVAIS"

Ao contrário do que se pode imaginar, o drama “ Rivais ( Challengers , 2024) ” não é um filme sobre tênis. Apesar do foi visto nos trailers e os vídeos promocionais, o filme discute a relação entre Tashi Duncan e os amigos de infância Art Donaldson e Patrick Zweig. Eles são interpretados pela musa Zendaya , Mike Faist (da refilmagem “ Amor Sublime Amor , 2021”) e Josh O’Connor (o Príncipe Charles da série Netflix “ The Crown ”, 2016 a 2023) respectivamente. Dirigido por Luca Guadagnino de “ Me Chame Pelo Meu Nome (2017)” a partir do roteiro escrito por Justin Kuritzkes . Zendaya é a jovem tenista com futuro promissor. Já os personagens de Mike e Josh almejam ser grandes tenistas.  A princípio, o conto se mostra simples, só que não é.  Tashi é uma mulher ambiciosa, que deseja aproveitar ao máximo seu talento para o esporte. Art e Patrick, tem interesses próprios. O primeiro quer conquistar todos os torneios que participar, já o segundo deseja fama e fortuna. Embora Patric...

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do ...

Simplemente "TINA"

O que pode ser dito sobre Tina Turner ? Conhecida como a Rainha do Rock e a dona das mais belas pernas do mundo da musica. Hoje aos 81 anos, não faz mais shows como antigamente. Aproveita a aposentadoria para cuidar da sua saúde. Após sofrer um derrame, vencer o câncer e uma insuficiência renal onde precisou se submeter a um transplante em 2017. Sobreviver e lutar pela vida faz parte do dicionário pessoal de Tina.  Desde o casamento abusivo com Ike Turner e a traumática separação, onde precisou começar do zero sua carreira. Ainda tendo que lidar com  o preconceito da indústria fonográfica, que não acreditava no seu talento sem a presença de Ike. Na época, tinha 39 anos.  Comprovado em 1984 com o sucesso mundial do disco “ Private Dancer ”. Dai sua carreira deslanchou de vez, consolidada com o tema musical composta para “ Mad Max: Além da Cúpula do Trovão (1985)”, “ We Don’t Need Another Hero ( Thunderdome )”. Onde inclusive atuou fazendo a vilã da película, Auntie Enity....