Como uma das principais estreias do final de semana, temos a mais nova empreitada da popstar Madonna na tela grande, desta vez como diretora, o filme “W./E. – O Romance do Século (W./ E., 2011)”. A película conta a história do rei britânico Edward VIII, interpretado por James D’arcy, que abriu mão do troco da Inglaterra para viver ao lado da americana plebeia e divorciada Wallis Simpson, feita por Andrea Riseborough. Evento ocorrido na década de 30.
Isso já foi mostrado rapidamente no grande ganhador do Oscar de 2010, “O Discurso do Rei”, desta vez Madonna aproveita em sua aventura cinematográfica para contar esta história do ponto de vista de Wallis. Pois até então o que viu sobre o assunto foi de acordo com a visão da aristocracia inglesa, quando o casal foi isolado da família real inglesa por causa do que ocorreu e das supostas ligações do casal com a ideologia nazista de Hitler.
Não é a primeira vez dela na tela grande como diretora, para conhecer seu primeiro filme de 2008, veja uma amostra abaixo:
Voltando a “W./E.”, temos a personagem de Abbie Cornish de “Sem Limites (2011)” como Wally Wihtrop, nos dias de hoje vivendo uma crise matrimonial ao mesmo tempo com sua obsessão pela história do casal herdada da mãe e da avó, já que seu nome é uma homenagem a ela. Em uma galeria de arte que está expondo objetos pessoais do casal exilado, Wally começa a misturar a sua realidade com a história de Wallis. Como por exemplo, na cena de abertura, Wallis está esperando o marido chegar do trabalho, o mesmo se atrasa e sem paciência bate nela por não ter comida na mesa. Chutando Wallis na barriga fazendo-a ter um aborto natural já que estava esperando uma criança.
Ao mesmo tempo, Wally está aguardando o marido para um jantar romântico, mas ele ligando avisando que vai se atrasar e fazendo com que ela jogue a comida fora e indo dormir, imaginando porque ele não veio ao encontro. Indo constantemente à galeria, Wally começa a visualizar de história de Wallis ao pegar uma xícara de chá da exposição e de repente voltamos no tempo, estamos juntos dela. Nessas idas, conhece um segurança da galeria, o russo Evgeni (feito por Oscar Isaac de “Drive, 2011”) e começa uma amizade inusitada.
“W./E.” traz referências, como a própria Madonna diz, de cineastas como Alain Resnais, Micheangelo Antonioni e Luchino Visconti. Mas infelizmente não é o que se vê na tela. O que se vê realmente é uma preocupação maior com a reconstituição da época, maravilhosa por sinal e o destaque maior, o figurino. Este feito por Arianne Phillips, onde foi muito bem indicada na categoria no Oscar deste ano. Renomada na área sendo conhecida por ser uma profissional extremamente detalhista. Não é a toa que é figurinista pessoal de Madonna.
Madonna não faz um filme linear, mas que segue seus instintos como artista. Fazendo algo que a agrade e se o público gostar do que está vendo, melhor ainda.
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