Saindo do fator Oscar, entra em cartaz neste final de semana o mais novo filme do astro em ascensão Ryan Gosling, "Drive (Drive, 2011)". Dirigido pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn (“Bronson, 2009”), que inclusive ganhou o prêmio de melhor Diretor no Festival de Cannes de 2011. O filme vem atenção do grande público lá fora por trazer a imagem do herói sem nome que chega para salvar a mocinha dos seus malfeitores e consequentemente, salvar o dia.
Para isso, temos Gosling o interpretando fazendo uma atuação quase silenciosa, onde este silêncio só é quebrado no momento em que explica como trabalha quando está dirigindo um carro de fuga para assaltos, atividade que exerce sempre à noite. Pois durante o dia, é mecânico em uma oficina e faz trabalhos como dublê em filmes de ação em especial, pilotando carros em alta velocidade. No melhor estilo “Velozes & Furiosos”.
Sua rotina só é quebrada quando conhece sua vizinha, feita pela angelical Carey Mulligan de “Educação (2009)”, e seu filho e se afeiçoando a elas. Quase ao mesmo tempo conhece o marido dela, interpretado por Oscar Isaac de “Sucker Punch - Mundo Surreal (2011)”, um ex-presidíario que acaba de sair da cadeia, mas que tem um débito com a máfia local pela proteção imposta a ele quando estava encarcerado.
Daí é proposto a ele, um roubo a uma casa de penhores para quitar sua dívida. Assim entra o personagem de Gosling, no melhor estilo herói solitário, se propõe a dirigir o carro de fuga para salvá-lo como também a família dele. Mas algo dá errado, ele é morto e o herói sem nome de Gosling precisa agir rápido para não ter o mesmo destino.
É onde o filme ganha contornos de ação, pois até então tinha um tom mais reflexivo do herói mudo que gosta da vizinha e tenta ajuda-la para assim ganhar seu coração. Procurando saber o motivo de tudo aquilo, nosso herói vai descobrindo que a história do roubo é mais complexa do que pensava e que o marido da sua vizinha já estava marcado para morrer de qualquer jeito. E as pessoas envolvidas pelo roubo e assassinato estão mais próximas dele do que imaginava.
“Drive” não é um filme de ação propriamente dito, mas na verdade nos faz lembrar aqueles filmes do velho-oeste estrelados por John Wayne em que o herói chega para salvar o dia, se possível sair vivo das mais difíceis situações, e no final ficar com a mocinha. Usando enquadramentos no rosto de Gosling nos traz a memórias estes filmes em particular, onde o rosto era misturado em meio às paisagens de campo ou ao pôr-do-sol mas que neste caso especifico, tem-se o interior de um carro em meio à cidade de Los Angeles.
Completando o elenco temos os veteranos Albert Brooks (“Taxi Driver, 1976” e “Nos Bastidores da Notícia, 1987”), que inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante deste ano, o “Hellboy” Ron Perlman como os mafiosos da película e a participação especial de Bryan Carston, o professor universitário que vira traficante na série “Breaking Bad”, como mentor do personagem de Gosling.
Comentários
Postar um comentário