Como principal estréia deste final de semana, temos o filme “Contágio (Contagion, 2011)” dirigido por Steven Soderbergh que conta como uma pandemia que corre pelos quatro cantos do mundo, é um risco de vida para todos. Com um vírus mortal, ele conta uma história que poderia estar realmente acontecendo na vida real.
O filme começa com a personagem de Gwyneth Paltrow, uma alta executiva que viaja pela empresa, que está em Hong Kong para uma reunião de negócios e aproveitando um momento de lazer na cidade acaba contraindo sem querer o vírus e assim volta para casa, pensando em se tratar de uma gripe causada pelo fuso horário.
Já em casa e ao lado do marido, interpretado por Matt Damon, ela falece e os médico não tem maiores explicações sobre a sua morte. Indignado, ele corre atrás de informações mas acaba internado no próprio hospital por suspeita de estar doente também e é isolado de todos. Enquanto isso, casos relacionados ocorrem ao redor do globo, mais precisamente na China, no Japão, na Inglaterra, além do próprio Estados Unidos.
Daí entra o Centro de Controle de Doenças, dirigido pelo personagem de Laurence Fishburne, que designa Kate Winslet, a epidemologista de campo do filme para descobrir como o vírus se espalha rapidamente entre a população. Enquanto isso, é enviada para a China, outra especialista da área, a personagem de Marion Cotillard para descobrir a origem do vírus. Em meio aos caos, temos o personagem de Jude Law, fazendo um repórter sensacionalista que faz uso do blog pessoal para espalhar o medo entre as pessoas.
É uma corrida contra tempo e Soderbergh mostra o por quê é uns dos melhores cineastas de sua geração. Relembrando a técnica utlizada em “Traffic”, vemos o drama pessoal de cada personagem e que converge para uma situação comum entre eles. Onde o medo pela perda de seus entes queridos e o sentimento de impotência em não saber como reagir tamanha catástrofe.
Temos também nos pequenos detalhes contidos em cada enquadramento da película, não há aproximação nos rostos dos personagens e sim em cada aperto de mão, ao abrir a porta e tocar em uma maçaneta, tomando um copo d’água, um abraço, um beijo ou mesmo um gesto de carinho. Ao mesmo tempo, Soderbergh critica a indústria farmacêutica que se aproveita desse tipo de doença para monopolizar a fabricação da cura, o modo que o governo não divulga realmente como estão as coisas e os órgãos de imprensa que utiliza o momento para conseguir mais audiência.
Como reflexão: em tempos de desespero temos que nos unir e não pensar somente individualmente. Temos que lutar juntos, deixar as diferenças sociais e financeiras de lado e pensar num bem maior. Lutar pelos nossos direitos como uma sociedade. Viver harmoniosamente e acima de tudo, respeitar a saúde do planeta que vivemos.
Comentários
Postar um comentário