SABADO (01.10.2011): Dia do Pop Rock
Entra às 19hs, Frejat prestando
uma homenagem a Cazuza, com quem dividiu o palco com Barão Vermelho na primeira
edição do festival em 1985, abriu o show com “Exagerado”. Mesclando hits da carreira solo e do Barão como “Amor para Recomeçar” e “Bete Balanço”, e um medley de canções do
Paralamas do Sucesso e Tim Maia como “Caleidoscópio”
e “Você” conseguindo assim empolgar a multidão e fazer uma boa apresentação. O
destaque fica para o filho de Frejat,
Rafael, fazendo jus a um velho
ditado: “Filho de peixe, peixinho é”.
Em seguida, vem o Skank. Com sua usina de
hits como “É Uma Partida de Futebol”,
a versão de “É Proibido Fumar” do Rei
Roberto Carlos e um novo refrão: É
Proibido Fumar, Maconha!!!”, “Ainda
Gosto Dela” com a participação de Negra
Li, “Jack Tequila”, “Três Lados”, “Garota Nacional” e o final com sua versão de “Vamos Fugir” de Gilberto Gil. Empolgando a galera para o que vinha
a seguir.
Com um show morno e burocrático, o Maná não fez o público se empolgar em sua apresentação. Nem mesmo a participação de Andréas Kisser (Sepultura) em “Corazón Espinado” e os hits tocados em novelas globais como “Lábios Compartidos”, “Vivir Sin Aire” e “En El Muelle de San Blas”. O show terminou com “Clavado En Un Bar”. Ao contrário do Maná, o Maroon 5 já entra no palco com seu novo hit dançante “Moves Like Jagger” já agitando a multidão. O que vem a seguir é uma sucessão de seus maiores hits como “Hard to Breathe”, “Sunday Morning”, “Misery” deixando todos excitados com a apresentação e o final com “This Love”, “Hands All Over” e “She Will Be Loved” com a sensação de missão cumprida. O destaque fica para a perfomance do vocalista Adam Levine que soube entreter a galera e a pegada roqueira da banda ao vivo.
Já aquecidos com o show do Marron 5, o público já se prepara para o Coldplay. As luzes do Palco Mundo se apagam e nas caixas de som começa a tocar o tema principal do filme “De Volta para o Futuro” e aí temos a deixa para a introdução de “Nylo Xyloto” seguida de “Hurts Like Heaven” e “Yellow”, onde o palco fica da cor amarela de acordo com a iluminação e de repente aparecem balões amarelos em vários pontos em meio à multidão. E é com “In My Place” que a banda conquista de vez a plateia, que a canta em uníssono e aí Chris Martin pega uma latinha de tinta spray e picha o cenário do Rock in Rio as seguintes letras: RIS2 e mais uma chuva de papel picado.
O desfile de hits continua em meio as canções do novo álbum “Nylo Xyloto” a ser lançado no final de outubro como “Major Minus”, “Paradise”, “Lost!”, “Violet Hill” e nela temos um pequeno “falha minha”. Chris ao invés de cantar a última estrofe acaba trocando a letra pela próxima canção “God Put A Smile” e percebendo o erro dá uma risada, olha para banda e volta para o final de “Violet Hill”. Como em uma partida de futebol, o jogo está ganho e assim Coldplay segue a cartilha de bandas como U2, fazendo um show empolgante e carismático com canções que agradam a todos. E o encerramento não poderia ser melhor com “Clocks”, “Fix You” e uma pequena homenagem a Amy Winehouse com “Rehab” e última canção e mais novo hit “Every Teardrop is a Waterfall”.
Começa o último dia do Rock in Rio, com os Detonautas “detonando” o bom nome do rock brasileiro
e fazendo Raulzito revirar no túmulo com uma versão de “Metamorfose Ambulante.
Socorro!!!! É a hora da Pitty entrar no palco com “Anacrônico”, “Admirável Chip Novo” e “Semana
que Vem”. Consegue o coro do público ao cantar “Equalize” e assim seu pop rock honesto agita a galera até o final
do show com “Me Adora” e “Máscaras”. A surpresa da apresentação,
sua versão de “Smell Like a Teen Spirit”
do Nirvana no encerramento.
Primeira atração internacional da última noite, o Evanescence sobe ao palco com “What You Want”, primeiro single do novo álbum auto-intitulado “Evanescence” que vai sair na próxima semana lá fora. Dando continuidade temos os hits “Going Under”, “Weight of the World” e “My Immortal” mesclado com novas canções como “The Change”. Com seu rock pesado, a banda empolga o público e o destaque continua sendo o desempenho vocal da vocalista Amy Lee que consegue manter os graves e os agudos como poucas cantoras do gênero. O encerramento foi com seu maior sucesso “Bring Me To Life” que foi a canção tema do filme “Demolidor: O Homem Sem Medo (2003)” estrelado por Ben Affleck.
Agora é a vez do nu-metal do System
of a Down. Com um toldo branco na frente do palco e o riff matador de “Prison Song” é a deixa para entrada da
banda e a caída do toldo. O que se segue é um desfile de sucessos como “B.Y.O.B.”, “Hypnotize”, “Chop Suey” e
“Lonely Day”. A sintonia entre banda
e público é de chamar atenção. Ao contrário do Slipknot, onde o metal é elevado
à décima potência, com o SOAD é o
metal na medida certa (vai do melódico ao mais pesado e vice-versa, ainda há
espaço para um pouco de ska e reggae). A energia e disposição foi
impressionante pois foram tocadas mais de 28 canções e o final não poderia ser
melhor para os fãs com “Toxicity” e “Sugar”.
Para encerrar o festival, temos o Guns N’Roses. Com uma chuva torrencial e um atraso, que virou o ritual de Axl, de mais de 1 hora e meia. A banda começa o show com “Chinese Democracy”, “Welcome To the Jungle”, “It’s So Easy” e “Mr. Brownstone”. Apesar da banda competente o acompanhando, é sentida a falta de Slash em especial nos riff’s e solos. E ainda é perceptível que com o passar do show, a voz dele vai perdendo a força (em especial, quando toca “Sweet Child O’Mine”) mesmo com a opção de solos dos guitarristas para sua saída para um copo d’água e troca de roupa, não ajuda muito.
A surpresa da noite fica para “Estranged” na qual Axl confessa ao público que faz mais de oito anos que não a canta. Com a chuva ficando mais forte, começa a rolar nas caixas de som “You Could Be Mine” (canção tema do filme “O Exterminador do Futuro II: O Julgamento Final, 1991” estrelado por Arnold Schwarzenegger) e a constatação de uma verdade, Axl praticamente perde a voz. A seguir vem “November Rain” em meio à chuva, se entenderam o trocadilho. Mesmo mostrando descontração e energia, Axl Rose passa a sensação de cover de si mesmo e como o passado glorioso do G n’R é a mola propulsora da sua carreira atualmente. No bis, temos “Patience” e a catarse sonora de “Paradise City” em meio a explosões e tochas de fogos.
Assim vemos o encerramento do festival e a sensação que podíamos
ter tido artistas de melhor qualidade musical e com mais atitude que façam jus
ao nome de ROCK IN RIO. Fica aqui a
esperança para setembro de 2013, pois esta edição foi confirmada no último
domingo pelo seu idealizador Roberto
Medina. E uma pequena sugestão: Pensar em apenas cifras (ou melhor, $$$$$)
não quer dizer quantidade e sim em melhorar a qualidade e personalidade
musical.
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