Pular para o conteúdo principal

ROCK IN RIO 2011: BALANÇO DE QUINTA & SEXTA FEIRAS



Quinta-feira (29.09.2011) regada pelo rhythm & blues e uma pitada de soul music

Começa mais uma homenagem no festival, como aconteceu no último final de semana, a bola de vez foi Renato Russo. Com os sobreviventes da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, acompanhados pela Orquestra Sinfônica Brasileira apresentam um repertório recheado de clássicos como “Há tempos” e “Quase Sem Querer” com Rogério Faustino (Jota Quest) nos vocais, dentre outros convidados como Tony Platão (“Quando o Sol Bater na Janela do seu Quarto”), Pitty (“Índios”), Herbert Vianna (“Será”), Dinho Ouro-Preto (“Por Enquanto”) e o final com “Pais & Filhos” com todos subindo ao palco e cantando juntos. O destaque fica para a Orquestra e banda que mostraram estar afinados e em sintonia, algo que não aconteceu na apresentação dela com os Paralamas do Sucesso e os Titãs na primeira noite do festival, no último dia 25. 







Destaque da noite, Janelle Monae apresenta um repertório calcado no rhythm’n’blues & soul dos anos 60 e o que se vê é uma artista em ascensão e mostrando que podemos ter música de qualidade no festival. O destaque fica para as versões de “Take Me With U” de Prince e “I Want You Back” dos Jackson Five, onde presta um tributo a Michael Jackson fazendo seu passo de dança mais conhecido, o “Moonwalk”. Com um visual que lembra o glam rock dos anos 70, a cantora Kesha, dançarinos e banda transformam o Palco Mundo em uma gigantesca pista de dança, onde todos pulam e dançam ao seu som dançante, com canções como “We R Who We R”, “Blah Blah Blah”, “Cannibal” e “Animal”. Mostrando movimentos insinuantes e danças sexuais ou gestos onde arranca o coração de um dos seus dançarinos e bebe o sangue saído dele (alguém lembrou de Alice Cooper ou Gene Simmons do Kiss????). Assim ela conseguiu chamar a atenção do público, e mostrando mais empolgação que Rihanna. 






Após o furor dançante e provocativo de Kesha, entra Jamiroquai. Com sua música calcada na soul music, na era disco, jazz e uma pitada nos sons de hoje. Não poderia ser melhor escolha para anteceder Stevie Wonder, visto por Jay Kay, sua maior influência. Com sucessos como “Cosmic Girl”, “Little L”, “Love Foolosophy” e “Deeper Underground” são garantia certa de diversão para todos. Apesar da sensação que poderiam ter tocado mais hits como “When You Gonna Learn”, “Virtual Insanity” e “Space Cowboy”. 







Entrando na madrugada de quinta pra sexta-feira, agora temos Stevie Wonder. Com os membros de sua banda subindo um a um no palco e por fim ele adentra com um teclado portátil pendurado entre os braços e começa a fazer um improviso, é a deixa para “How Sweet It Is (To Be Loved By You)” de Marvin Gaye. Seguindo com o show temos mais uma homenagem a Michael Jackson com a sua versão de “The Way You Make Me Feel”. E aquecendo o clima com “Higher Ground”, “Visions” e “Living For The City". Para ganhar o público de vez, toca uma versão em inglês de “Garota de Ipanema” com Aisha Morris, sua filha e cantora de apoio da banda. Logo em seguida, vem “Você Abusou” de Tom Jobim onde Stevie canta o refrão em um bom português. E desfile de clássicos continua com “Overjoyed”, “My Cherie Amour”, “Signed, Sealed, Delivered, I’m Yours”, “You Are the Sunshine of my Life” e “I Just Called To Say I Love You”. Para o bis, temos uma surpresa. Stevie vem acompanhado de Janelle Monae e cantam “Superstition” e “As”. E quando pensamos que acabou, ele retorna ao palco e manda o clássico “Another Star” para fechar o show com chave de ouro.






Sexta-feira (30.09.2011): rap + pop + axé + rock + salsa = Uma salada musical

Às 19hs, entra Marcelo D2, não é a minha praia. Próximo, por favor. Jota Quest, no seu show de 15 anos de carreira, desfila seus hits: “É Preciso”, “Na Moral”, “Além do Horizonte (de Roberto Carlos)”, “Dias Melhores”, “Encontrar Alguém”, “Mais Uma Vez” com citação a “We Will Rock You” do Queen, “Já Foi”, “Sempre Assim”, “Só Hoje”, “O Sol”, “De Volta ao Planeta dos Macacos” e “Do Seu Lado”, mas só conseguem empolgar a galera no final da apresentação.

Com o público pré-aquecido, adentra no palco, Ivete Sangalo com “Brasileiro”, “Acelera Aê”, “Abalou”, “Festa”, “Sorte Grande”, “Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar) / (Tim Maia)”, “Cadê Dalila”, “Desejo de Amar”, “Arerê”, “Berimbau Metalizado”, “Pra Falar de Você”, “Pensando em Nós Dois”, “Easy (The Commodores)”, “More Than Words (Extreme)”, “Eva” e “Na Base do Beijo”. Graças sua simpatia e carisma consegue cativar a multidão e sabendo sair de uma saia justa, soube agradar a todos. Tocando seu axé-music misturado com MPB, soul e até rock. Agora é a vez do rock com Lenny Kravitz, de óculos escuros e uma postura cool. Lenny traz para o Palco Mundo, seu som calcado no rock dos anos 70, diretamente influenciado pelos Rolling Stones e o soul dos tempos de Motown, apresentando a nova turnê “Black & White America” acompanhado dos hits “Come on Get It”, “It Ain’t Over Till It’s Over”, Mr. Cab Driver”, “Black & White America”, “Fields of Joy”, “American Woman”, “Always on the Run”, “Believe”, “Stand”, “Where Are We Runnin’?”, “Fly Away”, “Are You Gonna Go My Way” e encerrando com “Let Love Rule”, indo em direção do público para cantá-la junto a eles. 







Apesar do cansaço, o público espera ansioso por Shakira e aí temos a deixa para sua entrada no palco com “Estoy Aqui”, “Te Dejo Madrid” e “Whenever, Wherever” com ela puxando algumas garotas na multidão e mostrando a elas como fazer a dança do ventre. Sabendo a variedade musical da noite, Shakira mostra disposição e carisma para agradar a todos. No set acústico temos “Nothing Else Matters” do Metallica. Com sucessos como “Loca”, “She Wolf” e a participação especial de Ivete Sangalo em “País Tropical” de Jorge Benjor, ela garante a diversão do público presente. Para encerrar o show, temos “Hips Don’t Lie” e “Waka Waka”, hino da última Copa do Mundo na África do Sul e a participação de crianças no coro da canção. Declarações de amor ao Brasil e a audiência extasiada com a sua perfomance empolgante e uma aula de como atuar no palco para artistas como Rihanna e Kesha.





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zendaya & Os "RIVAIS"

Ao contrário do que se pode imaginar, o drama “ Rivais ( Challengers , 2024) ” não é um filme sobre tênis. Apesar do foi visto nos trailers e os vídeos promocionais, o filme discute a relação entre Tashi Duncan e os amigos de infância Art Donaldson e Patrick Zweig. Eles são interpretados pela musa Zendaya , Mike Faist (da refilmagem “ Amor Sublime Amor , 2021”) e Josh O’Connor (o Príncipe Charles da série Netflix “ The Crown ”, 2016 a 2023) respectivamente. Dirigido por Luca Guadagnino de “ Me Chame Pelo Meu Nome (2017)” a partir do roteiro escrito por Justin Kuritzkes . Zendaya é a jovem tenista com futuro promissor. Já os personagens de Mike e Josh almejam ser grandes tenistas.  A princípio, o conto se mostra simples, só que não é.  Tashi é uma mulher ambiciosa, que deseja aproveitar ao máximo seu talento para o esporte. Art e Patrick, tem interesses próprios. O primeiro quer conquistar todos os torneios que participar, já o segundo deseja fama e fortuna. Embora Patrick mostra

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do

"VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU": documentário conta a vida louca vida de NASI

Está ocorrendo na cidade de São Paulo desde o dia 06 de junho, o festival In-Edit . Em sua décima edição, ele traz as melhores produções sobre a música mundial. Sendo no formato de documentário ou filme biográfico. Passando por gêneros como música clássica, eletrônica, world music e chegando até o bom e velho rock’n’roll. Na ultima segunda-feira (11 de junho de 2018) tivemos a estréia do documentário sobre um dos ícones mais controversos do rock brasileiro dos anos 80, o vocalista da banda paulistana Ira! , Marcos Valadão Ridolfi. Mais popularmente conhecido como Nasi . Com o título de “ Você Não Sabe Quem Eu Sou ”, conhecemos um pouco da sua personalidade forte. Dirigido pelo jornalista Alexandre Petillo (que escreveu a biografia de Nasi , “ A Ira de Nasi ” ao lado de Mauro Betting) e contou com a colaboração dos também jornalistas Rodrigo Cardoso e Rogério Corrêa . A estréia ocorreu no Cinesesc com a presença dos envolvidos e sua equipe da produtora Kurundu Filmes. Eles c