A
poesia do chileno Pablo Neruda encantou o mundo. Seja politicamente ou
romanticamente. Por seu engajamento politico é perseguido pelo governo do seu
país, que o obriga a viver na clandestinidade. Por volta da década de 40, ele
vive como um nômade escondido das autoridades que buscam aprisiona-lo ou
elimina-lo. Devido aos seus ideais contra a ditadura vigente da época e sua
participação no Partido Comunista.
Com
isso em mãos, o cineasta chileno Pablo
Larraín do aclamado “No (2012)”. Que faz parte de sua trilogia sobre a
ditadura militar de Augusto Pinochet, “Tony Manero (2008)” e “Post Mortem
(2010)”. Nos traz seu olhar politizado para este período na vida do poeta. Ele
é interpretado por Luis Gnecco.
Ele é
perseguido pelo policial Peluchonneau (Gael
García Bernal, o jovem Che Guevara de “Diários de Motocicleta, 2004”). Este
chamado pelo próprio presidente chileno da tarefa para prender Pablo. Com ele
temos o conto narrado em tom bem pessoal, nos trazendo na memoria as películas
de Martin Scorsese. Onde critica a postura de “popstar” de seu perseguido. Junto
a uma corrida de gato e rato, com Peluchonneau no encalço de Neruda.
Com
certa liberdade artística, Larraín não
leva em conta fatos históricos e políticos naqueles tempos. Privilegiando
a mística na persona de Neruda. Que deseja tornar sua clandestinidade em um ato
politico. Para inflamar o povo chileno e seus admiradores na América Latina. A
perseguição por parte de Peluchonneau se torna sua obsessão. Percebendo que seu
papel na trama é de coadjuvante, quando na verdade quer ser o protagonista.
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