Filmes bíblicos nos anos áureos da sétima arte eram uma rotina em Hollywood. Com clássicos como “Quo Vadis (1951)” e “Os Dez Mandamentos (1956)”, por exemplo. Este último estrelado pelo mito Charlton Heston. A Warner para não perder o fio da meada, encomendou junto ao diretor William Wyler, a adaptação do conto sobre Judah Ben-Hur. Escrito por Lew Wallace, que leva o titulo de “Ben-Hur: Um Conto do Cristo” de 1880. Wallace acreditava que Cristo não era filho de Deus, em seus estudos acabou se convertendo ao cristianismo. Assim temos a história de "Ben-Hur (1959)". Interpretado por Heston.
Um afortunado
judeu da Judeia (nos dias de hoje, é o sul da Palestina), que celebra o retorno
do amigo de infância Messala (Stephen
Boyd). Este viveu anos em Roma, ascendeu como politico e se torna o guardião
da região que cresceram. Buscando provar seu valor para o Império Romano,
Messala questiona Ben-Hur sobre quem está organizando a insurgente rebelião dos
judeus na província. Este se recusa a dar nomes e é aprisionado por Messala.
Perde
seus bens, é transformado em escravo e enviado para as galés (embarcações). Sua
mãe Miriam (Martha Scott) e Tirzah (Cathy O’Donnell), são levadas para a
prisão. Ele jura vingança contra Messala. Após três anos da sua condenação, Ben-Hur
desperta a atenção do cônsul Quintus Arrius (Jack Hawkins). Que o resgata após o naufrago da fragata em que estavam.
Fazendo com que Quintus o adote como filho.
Vai com ele até Jerusalém e aproveita a chance para resgatar a mãe e a irmã. Lá se torna um grande campeão na corrida de quadrigas. Lá se encontra com Ester (Haya Harareet), uma escrava, que o seguia e tem seus sentimentos por ele. Em meio a isso, ela esconde um segredo dele. Tanto Ben-Hur quanto Messala, acreditam que sua mãe e irmã foram vitimas da lepra. Quando na verdade, vivem escondidas e protegidas pela comunidade.
Fazendo com que Ben-Hur desafie o agora inimigo de sangue para uma mortal corrida de quadrigas. Esta é a trama básica de “Ben-Hur”, assim como o clássico “Os Dez Mandamentos”, os cenários suntuosos, o figurino caprichado e a fotografia exuberante são um colírio para os olhos. Junto a uma citação a Jesus Cristo, quando estava indo para as galés Ben-Hur recebe agua de um homem. Mais tarde o reencontra. Descobre que ele é o Messias. Sendo crucificado e os papéis se invertem, agora é Ben-Hur quem dá agua a ele. Que lhe revela que sua família está viva.
Wyler seguindo a cartilha de Cecill B. DeMille, vemos uma reconstituição de época primorosa e filmagens em locações na Espanha, no Líbano (as corridas aconteceram no hipódromo de Tiro) e na Itália nos estúdios da Cinecittà. Que nos proporciona um espetáculo visual em uma história cheia de suspense, drama e aventura ganhadora de 11 Oscars daquele ano, junto a uma trilha musical épica composta por Miklos Rózsa (que também levou a estatueta na categoria). Incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator para Charlton Heston e Melhor Ator Coadjuvante para Hugh Griffith.
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