Filmes
que falam sobre finanças, não são uma novidade nos dias de hoje. No caso temos
o tresloucado e autobiográfico “O Lobo de Wall Street (2013)” e o didático “A Grande
Aposta (2015)”. Sem deixar de mencionar a saga do magnata Gordon Gekko em “Wall
Street: Poder e Cobiça (1987)” e “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (2010)”.
Enquanto
os dois primeiros citados, falam de momentos distintos da economia
norte-americana. “O Lobo de Wall Street” mostra a ascensão e a queda do jovem
empreendedor Jordan Belfort ao usar a bolsa de valores em Wall Street para
fraudes em apólices de seguros. E o segundo, “A Grande Aposta” de forma bem
direta, explica o que realmente ocorreu para a crise na bolsa em Wall Street
que desestruturou a economia dos Estados Unidos e seus parceiros financeiros,
nos anos de 2007 e 2008.
Já
os filmes de Gordon Gekko, escritos e dirigidos por Oliver Stone, são obras de
ficção baseados em fatos reais. É aonde chegamos a “Jogo do Dinheiro (Money Monster, 2016)”. Dirigido pela atriz
ganhadora do Oscar Jodie Foster (Melhor
Atriz por “Acusados, 1988” e “O Silêncio dos Inocentes, 1991”) em sua quarta película
atrás das câmeras, nos traz a história escrita por Jamie Linden, Alan DiFiore
& Jim Kouf, com um ponto de
vista diferenciado sobre o tema.
Aqui
temos o apresentador de TV e especulador financeiro Lee Gates (George Clooney) em mais um dia de
trabalho a frente das câmeras de seu programa, que dá titulo ao filme. Ele tem
a produtora Patty Fenn (Julia Roberts)
como parceira, onde ambos discutem sobre os rumos do show. E a noticia da
semana é o prejuízo gerado pelo fundo de investimentos IBIS Clear Capitol de
mais de 800 milhões de dólares. A justificativa para tal foi uma falha nos
computadores da empresa.
Ela é
dirigida por Walt Camby (Dominic West),
que simplesmente some ao invés de justificar o que ocorreu para seus clientes. Deixando
para sua assistente pessoal e assessora de imprensa Diane Lester (Caitriona Balfe) a ser entrevistado por
Lee, para falar sobre o assunto. Até que determinado momento, surge Kyle
Budwell (Jack O’Connell, de “Invencível,
2014”).
Literalmente
invadindo o programa, ele coloca em Lee um colete cheio de explosivos. E o
culpa por influencia-lo ao investir no fundo, que fez perder todas suas
economias. Busca também entender o que aconteceu e exigindo a presença de
Camby. Enquanto isso, Lee e Patty tentam descobrir o que realmente houve com o fundo
IBIS.
Assim
temos a trama básica de “Jogo do
Dinheiro”. Com diálogos rápidos, edição ágil, uma história envolvente que
vai crescendo até seu final e um elenco afiado. Com Clooney mostrando porque é um dos melhores atores da sua geração.
Programas sobre especulação financeira nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia
são muito comuns. Por aqui, pode parecer estranho. O que posso dizer a
respeito? Temos Ratinho, Datena, Marcelo Resende e programas esportivos
estrelados por ex-jogadores de futebol analfabetos, usam isso a seu favor para
ganhar o publico.
Com Julia Roberts voltando a atuar de verdade. Jodie Foster se aprimorando como diretora, saindo dos dramas familiares que se especializou como “Um Novo Despertar (2011)”, onde atuou ao lado do Mad Mel Gibson. Para agora nos traz uma película mescla a ironia do personagem de Clooney, junto ao raciocínio rápido de Patty em um conto sobre os bastidores do mundo das finanças e da televisão sobre o assunto.
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