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O Eletrizante "F1: O FILME" estrelado pelo galã Brad Pitt

A velocidade dos carros de corridas e a sétima arte sempre formaram uma boa parceria. Exemplificada com a franquia “Velozes & Furiosos” em seus primeiros filmes. Longas e empolgantes perseguições com os carros a mais de 1.000 quilômetros por hora. Isso também nos remete as corridas da Fórmula Um com nosso saudoso Ayrton Senna. Que originou a minissérie no canal das redes sociais Netflix, “Senna” em 2024 (https://cyroay72.blogspot.com/2024/12/a-minisserie-senna-netflix.html). Ou filmes baseados em histórias reais “Grand Turismo: De Jogador A Corredor (2023)” (https://cyroay72.blogspot.com/2023/08/a-historia-real-gran-turismo-de-jogador.html) e “Rush: No Limite da Emoção (2013)”. Este último nos traz uma das maiores rivalidades da categoria entre o inglês James Hunt e o austríaco Niki Lauda. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2013/09/o-auge-da-f1-em-rush-no-limite-da-emocao.html


Agora num projeto ambioso, Joseph Kosinski, que realizou “Top Gun: Maverick (2022)”, nos traz “F1: O Filme (F1: The Movie, 2025)”. Onde o galã Brad Pitt é o veterano piloto Sonny Hayes. Uma promessa da F1 nos anos 90. Só que no GP da Espanha em 1993, contra nosso eterno campeão Ayrton Senna, se acidentou gravemente. Desde que saiu, mora numa van e pilota de vez em quando para sobreviver. Como na empolgante sequência de abertura, disputando a Prova “As 24 Horas de Daytona (EUA)”. Ao som de “Whole Lotta Love” do Led Zeppelin, pilota como se não houvesse amanhã. Por seu estilo arrojado e instintivo sempre foi considerado perigoso. Uma das causas do seu acidente.

Isso faz com que o passado retorne na presença do velho amigo e parceiro de equipe, o ex-piloto Ruben Cervantes com o bonitão Javier Bardem (o Stilgar da saga “Duna”) no papel. Este o convida para ser o piloto da sua equipe APX GP. Um retorno à Fórmula Um. Já que ele corre risco de perder seu controle majoritário, o conselho diretor quer vender a marca. A equipe desde que foi criada ainda não pontou no campeonato. Ela tem um piloto promissor, Joshua Pearce (Damson Idriss). Assim como Sony na juventude, é temperamental e arrogante. Com sua presença, Ruben espera que ele passe sua experiência ao jovem. 

Uma convivência pouca pacifica entre eles. Já que JP o imagina como seu rival e não como um companheiro na F1. Já o chefe de equipe Gaspar Smolinski (Kim Bodnia) tem dúvidas sobre a aptidão de Sonny aos novos tempos da categoria. E a engenheira Kate McKenna (Kerry Condon, “Os Banshees de Inisherin, 2022”), que desenhou o carro e a diretora técnica, também não acredita que ele vá ajuda-los. A impressão que Sonny deixou na prova de testes comprovou as baixas expectativas. Apesar de bons números, destruiu o carro. O GP da Inglaterra em Silverstone, é a primeira prova que ele e JP devem mostrar que podem dar certo juntos. Daí surge uma animosidade entre eles.

Já que na primeira disputa por posições colidem os carros. Já no GP da Hungria, fazendo uso de seus conhecimentos, Sonny consegue impulsionar JP a obter seus primeiros pontos na categoria. Assim como a APX no mundial de construtores. Porém, eles não conseguem se entender.  JP pesquisa sobre o acidente de Sonny para entende-lo. Os dois usam os simuladores virtuais da APX para se aprimorarem. O GP da Itália em Monza, é definitivo na relação dos dois. Usando a experiência de Sonny a seu favor, JP tem a chance de vencer a corrida. Mas ao invés de ouvir o conselho de Sonny, para esperar o momento certo para ultrapassar o líder da prova, JD sofre um acidente. 

Seu carro praticamente voa e pega fogo. Queimando suas mãos. Por isso, é afastado para se recuperar. É o momento de Sonny e da APX, a equipe começa a pontuar no campeonato. Já JD não sabe como reagir, até seu retorno. Assim temos o mote inicial de “F1”. Kosinski exibe um olhar apurado dos bastidores de um cockpit e dos boxes de uma escuderia da F1. Filmado durante as temporadas de 2023 e 2024, os atores e equipe tiveram uma perspectiva bem próxima ao lado dos pilotos, mecânicos e chefes. Num total de 14 provas consecutivas em três continentes. O heptacampeão da F1 Lewis Hamilton serviu de consultor e é um dos produtores. E contando com as participações mais que especiais dos bicampeões Max Verstappen e Fernando Alonso, e o piloto da Ferrari Charles LeclercIsso trouxe mais veracidade nas sequencias pelos Grand Prix. 

Isso foi um adicional na atuação de Brad, indo além do carisma característico. Trazendo toda dramaticidade do personagem, que foi se reinventando ao longo dos anos. Se mantendo fiel aos seus ideais para ser um grande piloto de outrora. Mostrando como o ambiente da F1 é machista. A Kate de Kerry precisa provar a todos e a si própria que é capaz de construir um carro competitivo. Assim como Callie Cooker que faz a mecânica Jodie, a única mulher da equipe que cuida dos pneus para os carros. “F1” é puro entretenimento. Utilizando o mesmo equipamento para filmar dentro dos aviões em ‘Top Gun: Maverick”. Vemos os cockpits das maquinas pilotadas por Pitt e Idris, sentimos de perto a tensão vivida por eles. Ao som da vibrante trilha musical composta por Hans Zimmer.


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