Hoje quando vemos um evento acontecendo em tempo real. As redes sociais entram em ação. Seja nos canais oficiais de emissoras televisivas, seja para quem está ao vivo no local. A velocidade da informação é mais que a velocidade da luz. Você consegue imaginar que 52 anos atras, a situação era bem diferente? No caso, estamos falando dos fatídicos eventos ocorridos nas Olimpiadas de 1972 em Munique (Alemanha). Que vitimou membros da equipe olímpica de Israel por terroristas palestinos. O que de inicio foi sequestro, se tornou um atentado que assassinou todos os envolvidos.
O evento foi tema do filme “Munique (2005)” do mago Steven Spielberg, que o reproduziu e trouxe como o Mossad (Agencia de Inteligência e Operações Especiais de Israel) foi atras daqueles que organizaram o atentado. Agora em “Setembro 5 (September 5, 2024)”, temos um olhar de quem acompanhou de perto o que ocorreu. A equipe do canal ABC, que estava transmitindo os Olimpiadas, foi umas primeiras a ser informada de algo errado na vila olímpica. Foram ouvidos tiros, próximo dos dormitórios da equipe israelita. O produtor Roone Arledge (Peter Sarsgaard) está de folga.
O diretor responsável pela transmissão Geof Manson (John Magaro) e o chefe de operações Marvin Bader (Ben Chaplin) assumem a frente do que pode estar acontecendo. Com o auxilio da tradutora Marianne (Leonie Benesch), por ser alemã, vai a campo para pegar mais informações com a segurança local e a polícia. Através do walkie talkie os informa que o apartamento dos atletas israelenses foi invadido. Só que não tem certeza quem o fez e sua motivação. Roone de volta da folga, tenta convencer os executivos da ABC, que ele e seu pessoal são capazes de fazer a transmissão. Evitando que a equipe de jornalismo político assume. Assim temos a trama de “Setembro 5”.
Dirigida pelo suíço Tim Fehlbaum, que escreveu o roteiro ao lado de Moritz Binder & Alex David. Aproveitam para nos aproximar da tensão vivida pela equipe da ABC. A luta de Roone para se manter a frente da transmissão, o ambiente claustrofóbico dentro do estúdio e a dificuldade vivida por todos. Como levar as câmeras ficarem mais próximas ao dormitório. Além de posiciona-las num ângulo que o público pudesse acompanhar de perto e o jornalista Peter Jennings, vivido por Benjamin Walker, que se tornou o narrador oficial da ABC in loco. O trio formado por Magaro, Sarsgaard e Chaplin estão em pura sintonia. Os embates sobre o que é certo e o que é errado na transmissão.
Exemplificado no uso ou não do termo “terrorista”, para nomear os sequestradores. O destaque fica para a atuação de Leonie. Por sua origem, se ressente por estar vivenciando pelo que aconteceu em seu país na Segunda Guerra Mundial. O preconceito contra os judeus e Marianne se culpa pelos pais que se deixaram levar pela ideologia de Hitler. E auxilia o trio a realizar uma transmissão verossímil. Acompanha tudo de perto, como as autoridades alemãs estão lidando com a situação. Indo além de ser a interprete, uma testemunha ocular de como o ser humano pode causar o mal ao seu próximo.
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