Em um mundo cada vez mais conectado nas redes sociais, testemunhamos como as pessoas estão perdendo o que existe mais importante na humanidade. A interação social e como descobrimos o que é verdade e o que é mentira. Porem o que vemos é o contrário nos dias de hoje, onde as pessoas preferem ler e ouvir as próprias bolhas sociais. Não mais verificando a verdade dos fatos, como isso mente temos a minissérie “Dia Zero (Zero Day, 2025)”. Criada por Noah Oppenheim, Michael Schmidt & Eric Newman, eles nos trazem um ataque cibernético na terra do tio Sam, que desligou o sistema operacional de todo o país. Paralisando aeroportos, estações de trens e metrô, bancos, restaurantes e toda telefonia digital. Isto é a internet “caiu” literalmente.
Com milhares de vitimas ao redor dos EUA, a presidente norte-americana Evelyn Mitchell (Angela Bassett, a rainha Ramonda de “Pantera Negra, 2018”), que convoca a comissão dá título à série e institui o ex-presidente e seu antecessor, George Mullen (interpretado pela lenda do cinema Robert De Niro), para ficar à frente dela. Antes de assumir o cargo, ele era conhecido como um grande investigador. Mas que não concorreu a reeleição devido ao falecimento prematuro do filho. Relutante, Mullen aceita o convite devido a insistência da esposa Sheila, feita por Joan Allen (a agente da CIA Pamela Landy da franquia “Bourne”). Ele é auxiliado por Roger Carlson (Jesse Plemons de “Tipos de Gentileza, 2024”), melhor amigo do filho e ex-namorada da filha Alexandra (Lizzy Caplan). Esta se elegeu como deputada do seu distrito.
Mesclando a tensão politica vivida nos EUA e thriller de espionagem, “Dia Zero” traz uma reflexão do que estamos vivenciando atualmente. Fake News, governos autocratas e influencers digitais que consideram um messias digital que são capazes de salvar o mundo através de mentiras e teorias de conspirações da pior espécie. Os seis episódios são dirigidos por Lesli Linka Glatter, que trabalhou nos seriados “Mad Men (2007 a 2015)” e “Homeland (2011 a 2020)”, lhe proporciona a experiencia necessária para o suspense e o jogo de intrigas que o gênero pede. Onde as aparências enganam e os primeiros suspeitos podem ser inocentes do que são acusados.
E aquele que se apresenta como um aliado, pode ser seu pior inimigo. Completam o elenco, Matthew Modine (o doutor Brenner de “Stranger Things”) como o Presidente da Câmara Richard Dreyer, Connie Britton (da primeira temporada da série HBO “The White Lotus”) é a ex-chefe de gabinete do George, Valerie Whitesell e Clark Gregg (o eterno agente Coulson do UCM) faz o bilionário Robert Lyndon (visivelmente inspirado em Elon Musk). De Niro com a competência já que conhecemos, exibe as virtudes e os defeitos de seu personagem. Apesar da forte presença em cena e das suas convicções.
Na sua intimidade se mostra um homem fragilizado pela idade e a dor da perda. Seu carisma e resiliência, garantem o apoio dos norte-americanos. Mesmo quando ele comete erros ao conduzir a investigação. Exemplificada com a prisão do influencer Evan Green (Dan Stevens) e aplicando táticas para ele confessar por algo que não cometeu. Um contraponto que a serie exibe perfeitamente. Como as pessoas se deixam influenciar com o que dito nas redes sociais e não averiguam do que foi ouvido / visto é verdade ou não. A ficção se torna uma dura e triste realidade para todos nós.
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