No último domingo (03 de fevereiro de 2025) tivemos a 67ª cerimonia do Grammy. Que premia os melhores artistas do mundo da música em 2023 e 2024. Entre eles os quatro rapazes de Liverpool, os Beatles, levando para casa o prêmio de “Melhor Performance de Rock” por “Now and Then”. A primeira indicação em 28 anos, sendo a última de 1997 quando ganharam três grammys. E os Rolling Stones levaram um gramofone de ouro pelo seu mais recente disco “Hackney Diamonds” como “Melhor Álbum de Rock”.
Mas o grande destaque fica para Beyoncé, apelidada como Queen B, com “Cowboy Carter (2024)”. Finalmente ganhou o Grammy como “Álbum do Ano”. Indicado em 11 categorias, Beyoncé quebrou o recorde como a artista mais indicada ao Grammy, somando 99 e vencendo em 35 categorias. Adicionando as três mais recentes, “Álbum do Ano”, “Melhor Performance em Duo ou Grupo de Country” por “II Most Wanted” com Miley Cyrus e “Melhor Álbum Country”.
Por este último, Queen B foi a primeira artista negra a ganhar na categoria. Seja homem ou mulher. O conceito de “Cowboy Carter” segue a proposta musical iniciada em “Renaissance (2022)”. Onde Beyoncé vai fundo nas raízes musicais da terra do tio Sam. Passando pelo blues do Mississipi, o jazz de New Orleans, a soul music, o folk, hip hop e uma pitada de rock’n’roll. Sem esquecer sua sonoridade característica r’n’b, rap com batidas eletrônicas. Nascida no Texas, ela aproveitou isso para trazer um ar de country music em seu leque musical. O single “Texas Hold’Em” é um exemplo. Só que “Cowboy Carter” foi mais além.
Trazendo “Blackbird” dos Beatles e ganhando uma versão da Queen B, ao seu modo. Somada a presença de lendas da country music como Dolly Parton que a introduz em “Jolene”. Sua composição traz um ar de renovação e reverencia. E coutryman Willie Nelson se faz presente em “Smoke Hour II”. Um tributo à Linda Martell com “The Linda Martell Show”. Sobre a primeira mulher negra a fazer sucesso comercial na cena country. E o dueto com Dolly em “Tyrant”. Assim “Cowboy Carter” traz um reflexo sobre a música na América. Passando pelos gêneros mencionados anteriormente com a adição do bluegrass e da pop music. Com uma ótica sobre a participação negra pelos estilos musicais. Muitas vezes não sendo reconhecida sua participação ou influencia.
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