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Ozzy Osbourne, "PACIENTE NÚMERO 9" ou "HOMEM COMUM"?

Nos últimos anos, o eterno Prince of Darkness Ozzy Osbourne tem sofrido com problemas de saúde. Desde o acidente domestico onde sofreu uma queda em 2019 e desde então tem sofrido com cirurgias na coluna e diagnosticado com mal de Parkinson. Sua esposa Sharon explicou que ele já não é mais autossuficiente. Além das grandes doses de remédios para dor que toma. Por isso, cancelou a participação no festival Power Trip e anunciando sua aposentadoria dos palcos. Segundo ela, Ozzy sempre foi um homem muito ativo e tem sofrido com sua atual condição. Já que depende da ajuda de outras pessoas para fazer o que estava habituado. Em meio a isso, lançou dois álbuns que obtiveram muito sucesso, “Ordinary Man” em 2020 e “Patient Number 9” em 2022.  

Ordinary Man” ficou marcado por acabar com um hiato de dez anos desde “Scream” de 2010. Antes dos problemas de saúde, Ozzy rodava mundo afora. Para grava-lo reunindo músicos de respeito como Duff McKagan (G N’R) no contrabaixo e o simpático batera dos Red Hot Chili Peppers Chad Smith. Na guitarra temos Andrew Watt, que também produziu o disco. E ainda contou as participações de sir Elton John ao piano e backing vocais na emocionante faixa título, os guitar heroes Slash e Tom Morello (Rage Against The Machine). O primeiro toca o belíssimo solo de guitarra de “Ordinary Man” e “Straight To Hell”, que abre os trabalhos. Canção ao estilo de Ozzy, pulsante e peso em perfeita sincronia. “All My Life” e “Goodbye” são soturnas e trazendo sua sonoridade característica com pinceladas do atual cenário metal.

Ordinary Man” e “Under The Graveyard”, revisam o próprio passado, sua vida e obra. Duas grandes baladas que somam ao seu repertorio. “Eat Me”, a gaita na entrada relembra a clássica “The Wizard” do Black Sabbath.  É puro metal. “Today  is the End”, “Scary Little Green Men” e “Holy For Tonight”, ouvimos o som que marcou a carreira de Ozzy. Sendo a ultima, acrescida de cordas e coral feminino. Encerrando os trabalhos temos o dueto com Post Malone, “It’s A Raid”. Acelerada, os dois soltam os pulmões, uma espécie de homenagem ao velho amigo, Lemmy Killmister do Motorhead (24.12.1945 – 28.12.2015).

Com “Patient Number 9”, Ozzy resolve ter parceiros musicais ao seu lado. Desde a canção que dá nome ao álbum que teve o finado Jeff Beck nas seis cordas da guitarra. Refletiva e com direito a solo eletrizante de Beck. Revisa a parceria de sucesso com Zakk Wylde em “Parasite”, “Mr. Darkness”, “Nothing Feels Rights” e “Evil Shuffle”. O metal está de volta! Voltando a trabalhar com Tony Iommi em “No Escape From  Now” e “Degradation Rules”, uma volta ao passado glorioso com o Black Sabbath. Mike McCready do Pearl Jam deixa seu recado em “Immortal”. A balada “A Thousand Shades” traz a volta de Beck. Em “One of Those Days” com o slowhand Eric Clapton, temos blues rock com o hard rock característico de Ozzy.

Dead and Gone”, “God Only Knows (Calma! Não é a clássica canção dos Beach Boys)” e “Darkside Blues” encerram o disco ao estilo de Ozzy. O bom e velho hard rock anos 70 com um olhar nos dias de hoje. Mais uma vez produzido por Watt, que também assumiu as guitarras. Com a mesma cozinha formada por McKagan e Smith, adicionando os citados anteriormente e as participações de Josh Homme (Queens of the Stone Age), Robert Trujillo (Metallica), Chris Chaney (Jane’s Addiction) e o saudoso Taylor Hawkins (Foo Fighters). Este traz uma boa historia contada pelo próprio Ozzy. Durante as gravações de “Patient Number 9”, Taylor disse: ”Você sabe do que se trata canção ‘Desagration Rules’? Masturbação”. Nela, tem a frase “Watching Red Tube Rules”, que é uma homenagem ao site pornô. Adivinha quem a sugeriu, diz Ozzy: “Foi Taylor”.

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