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A Dança Macabra do DURAN DURAN

Nos últimos anos, o Duran Duran vem recuperando seu status no mundo da musica. Após idas e vindas, a banda chegou a ser um trio e retomando sua formação original em 2001. Porem as velhas rugas do passado em comum fez, com que o guitarrista Andy Taylor saísse em definitivo. Assim Simon LeBon (vocais), Nick Rhodes (teclados), John Taylor (contrabaixo) e Roger Taylor (bateria) permaneceram juntos e lançando álbuns como “Paper Gods (2015)” e “Future Past (2021)”, este comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2021/11/com-future-past-duran-duran-celebra-40.html, que mostram sua relevância e um dos maiores grupos dos anos 80. Sendo referencia para artistas como Brandon Flowers do The Killers. Aproveitando a data, estamos nas festividades de Halloween, o DD soltou o novo disco “Danse Macabre (2023)”. Revistam canções do seu catalogo, que se relacionam com o tema como “Nightboat”, “Love Voodoo” e “Secret Oktober”.

Além de versões para “Bury A Friend” de Billie Eilish, “Psycho Killer” dos Talking Heads e “Spellbound” de Siouxie and the Banshees, por exemplo. A ideia veio após um show temático em 2022 na cidade de Las Vegas (EUA). Com o grupo vestido a caráter e trazendo as canções citadas, além de outras que eram pouco tocadas ao vivo. Na apresentação tivemos “Last Chance in Stairway”, do álbum “Rio (1982)”. Em meio a elas, temos as inéditas “Black Moonlight” e a faixa titulo. Juntamente com o retorno de Andy e seu substituto nos anos 90 e 2000, Warren Cuccurullo. Além das participações especiais do guitarrista e produtor Niles Rodgers e Victoria De Angelis do Mäneskin em “Black Moonlight” e “Psycho Killer” respectivamente. “Nightboat” abre os trabalhos com uma versão mais sombria que a presente no disco de estreia homônimo de 1981. 

Seguida da nova “Black Moonlight”. Contando com as guitarras de Nile e Andy, onde o primeiro relembra sua produção em “Notorious” de 1996 e “Let’s Dance (1983)” do camaleão do rock David Bowie. Aliando perfeitamente o pop rock característico DD com o groove de Rodgers. “Love Voudou” é a regravação de “Love Voodoo” do conhecidíssimo “The Wedding Album” de 1993. Que traz de volta Cuccurullo nas guitarras. Seguida de “Bury A Friend”, ao estilo DD de ser, que mantem sua base original. “Supernature” é a versão do hit da era disco de Cerrone. Puro Giorgio Moroder, que traz na memoria a colaboração com DD em “Beautiful Lies” e “Tonight United”.

A faixa que dá nome ao disco é uma volta ao passado vislumbrando o futuro. Simon cantando como um rapper e a guitarra de Warren se faz presente. Nick, John e Roger mantem um ar oitentista na canção. Em determinado momento, parece que estamos ouvindo Gorillaz. “Secret Oktober 31st” é a nova versão da canção que foi lado B (quem se lembra?) do single “Union of the Snake (1983)”. Ganhando um novo titulo inclusive, é uma daquelas que você não entende porque foi lançada nesse formato. Sendo uma das melhores do DD daqueles tempos. Numa nova roupagem que só exibe isso. “Ghost Town“ do grupo ska Madness traz um DD se aventurando neste gênero musical. 

Paint it Black” dos Stones, DD relembra o disco de covers “Thank You (1995)”, onde trouxeram sua visão dos artistas que os influenciaram. Super Lonely Freak” é a releitura do hit funk “Superfreak” de Rick James mesclado à soturna “Lonely in your Nightmare” de “Rio (1982)”. Literalmente voltamos anos 80 e dançando o funk como antigamente. “Spellbound” ganha uma versão ok, já que a original é insuperável. Exibindo uma certeza, que os anos 80 têm e tiveram sua importância. “Psycho Killer” é uma boa releitura da canção dos Talking Heads, contando com dueto de Victoria & Simon. “Confession in the Afterlife” fecha os trabalhos com um ar de reflexão sobre a vida e a morte. Como seremos após vivencia-las. A vida após a morte ou renascemos e ganhamos mais uma chance para corrigir erros anteriores. Com direito a solo inspirado de Mr. Hudson.


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