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Retornando à Pandora em "AVATAR: O CAMINHO DA ÁGUA"

James Cameron sempre foi conhecido pelo seu empreendedorismo e estilo único como cineasta. Para conseguir fazer seus filmes a seu modo, trabalha arduamente como documentarista para canais como o National Geographic, por exemplo. Em um deles surgiu “Titanic” de 1997. Após realizar um documentário sobre os motivos do seu trágico naufrágio, isso o inspirou a criar o romance avassalador entre Rose e Jack. Que se tornou a maior bilheteria do cinema de todos os tempos por mais de uma década. Até que o momento que Cameron bateu o próprio recorde em 2009 com a aventura scifi “Avatar”. Fora a inovação técnica que faz parte do seu currículo, ao filma-lo em 3D. para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2022/09/o-mundo-fantastico-de-pandora-em-avatar.html


O mundo fantástico de Pandora encantou a todos. Somada a história de ex-fuzileiro naval Jake Sully, feito por Sam Worthington. Que deixou de suas crenças pessoais e formação militar para ser aquele que trouxeu o equilíbrio na relação entre os seres humanos que vivem e trabalham lá com os habitantes do planeta, os Na’vi. Junto sua paixão por Neytiri, interpretada pela guardiã da galáxia Zoe Saldana. Mas para poder consumar sua união com ela, precisa deixar seu corpo humano e assumir de vez de seu avatar. Passados treze anos de seu lançamento, Cameron retorna à Pandora em “Avatar: O Caminho da Água (Avatar: The Way of Water, 2022)”. Com família constituída, Jake e Neytiri vivem próximo à Eywa, a Árvore da Vida, com seus filhos e a tribo Omaticaya. 

Quando tudo parecia que ser o momento perfeito para eles, a paz e a tranquilidade de outrora é ameaçada mais uma vez. Numa noite em que o casal pode ficar sozinho, Jake enxerga uma estrela diferente brilhando no céu de Pandora. São naves do Povo do Céu. É como nós humanos somos chamados pelos Na’vi. que já chegando destruindo tudo a sua frente, parte da floresta e os animais. Assim ele e Neytiri correm contra o tempo para tirar os filhos de lá e leva-lo a um local seguro. O mais velho Neteyam (Jamie Flatters), o do meio Lo’ak (Britain Dalton) e a mais nova, a doce Tuktirey (Trinity Bliss). Jake e Neytiri adotaram Kiri (Sigourney Weaver). Ela nasceu do avatar da dra. Grace (Weaver).

Se você recordar, no primeiro filme, Grace é mortalmente ferida. Jake tenta salva-la ao levar seu corpo à Árvore da Vida e transferir sua essência espiritual ao seu avatar. Em vão, pois ela se uniu a Eywa. E graças aos mistérios do mundo da ficção cientifica, Kiri nasce. Por isso, a jovem tem uma forte conexão com Eywa. Comenta inclusive a Jake que sente seu coração. Perguntando a Kiri como é. Ela responde, “Poderoso”.  Só os cientistas foram autorizados permanecer no planeta. Como o biólogo Norm Spellman e o dr. Max Patel com os retornos de Joel David Moore e Dileep Rao aos papeis respectivamente. 

Em meio a eles, Spider (Jack Champion). Nascido em Pandora e por ser recém-nascido, não poderia fazer a viagem de volta à Terra. No caso, ser colocado na câmara de criogenia. Com o passar do tempo, se torna amigos dos filhos de Jake e Neytiri, onde criam um vínculo familiar. Descobrimos o porquê da volta do Povo do Céu à Pandora e daquele que se acreditava morto, o coronel Miles Quatrich. Stephen Lang retorna também. Foi feito o download de suas memorias, caso algo ocorresse. Assim como de seu pelotão de elite. Miles e sua equipe foram incorporados a um avatar para melhor se adaptarem ao ecossistema do planeta. Eles têm como missão eliminarem Jake, que vem liderando uma rebelião contra a presença do Povo do Céu. Por causa disso, para evitar o pior ele e Neytiri resolvem sair do clã e irem a um local seguro.

 Vão em direção ao Povo do Mar, os Metkayina, em busca de refúgio. Liderados por Tonowari (Cliff Curtis) e Ronal (Kate Winslet, a Rose de “Titanic, 1997”). Sua esposa e líder espiritual da tribo. Os Sullys são aceitados, a adaptação não é fácil. Em especial para seus filhos. Estes são auxiliados por Tsireya (Bailey Bass) e seu irmão gêmeo Aonung (Filip Geljo), filhos de Ronal & Tonowari. Tsireya e Lo’ak se aproximam. Juntos conhecemos os Tulkuns. Raça semelhante as nossas baleias. Lo’ak se afeiçoa a Payakan, que foi renegado ao clã por sua natureza mais selvagem. Eles formam um forte vínculo com Lo’ak entende que o afastamento do seu novo amigo de seus semelhantes é injusto. 

Assim temos o mote inicial de “Avatar: O Caminho da Água”. Com Cameron ampliando os horizontes do mundo de Pandora literalmente. Assim como na película de 2009, quando ficamos maravilhados com a floresta, agora é a vez do mundo marítimo. A parte técnica é um espetáculo. Isso se evidencia com os efeitos em 3D. E deixando seu recado ecológico, como a raça irregular das baleias. Extraindo dos Tulkuns, uma enzima vinda do cérebro deles que consegue retardar o envelhecimento das pessoas. Sendo a bola da vez, substituindo o Unobtainium, metal precioso de “Avatar”. Além do ritmo de aventura com a pegada scifi, James adiciona o elemento família na trama. 

Sam adiciona o lado paterno ao personagem, Zoe sendo a mãe protetora e zelosa. O destaque fica para a jornada dupla de Weaver, como Kiri e Grace. A primeira exibe como sua conexão com Eywa é forte e sendo determinante para a continuidade da saga. Já a segunda, mantem o mistério da sua concepção e ao mesmo tempo, a acalanta e orienta. Dá profundidade dramática ao implacável coronel Quatrich e o embate contra Jake está longe de terminar. Deixando o espaço aberto para a vindouro Parte III, com estreia prevista para 2024. 

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