A
Sony Pictures desde que adquiriu os direitos para o cinema do nosso amigo da
vizinhança Homem-Aranha, tem obtido sucesso na empreitada em levar o herói
aracnídeo para a tela grande. Desde a cultuada trilogia de Sam Raimi no início
dos anos 2000 com Tobey Maguire sendo o Cabeça de Teia. E mais tarde,
recomeçando sua jornada com Andrew Garfield assumindo o manto. Para saber mais
no link: https://cyroay72.blogspot.com/2014/04/a-saga-do-homem-aranha-na-tela-grande.html. Depois de anos em batalhas judiciais, o Marvel Studios e a Sony entram em
um acordo, que possibilitou que a primeira aproveitasse o herói no Universo
Cinematográfico Marvel.
Assim
ele aparece em “Capitão América: Guerra Civil
(2016)” e ganhando uma trilogia própria. Iniciada com o título apropriado, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)”. Agora com o jovem Tom Holland como
Homem-Aranha. A Sony se encanta com o sucesso nesta nova fase do herói, resolve
criar seu próprio universo sobre ele. O chamado “Aranhaverso”. Que ganhou
mais força depois que a animação “Homem-Aranha
no Aranhaverso (2019)” arrebatou
crítica e público, assim como o fenomenal “Homem-Aranha:
Sem Volta Para Casa (2021)”. Só que agora o foco são os inimigos do Teioso.
Assim tivemos o anti-herói Venom em dois filmes “Venom (2018)” e “Venom: Tempo
de Carnificina (2021)”. Que foram discutidos nos links abaixo:
VENOM (2018)
https://cyroay72.blogspot.com/2018/10/o-anti-heroi-venom-agora-e-encarnado.html
VENOM: TEMPO DE CARNIFICINA (2021)
https://cyroay72.blogspot.com/2021/10/tom-hardy-volta-viver-o-anti-heroi.html
Apesar da controvérsia em torno dos filmes do Simbionte, atingiram o sucesso imaginado pelo Sony. Já que este tem a pegada sarcástica de outro anti-herói da Marvel, o desbocado Deadpool de Ryan Reynolds, e Tom Hardy (o Bane de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, 2012”) caiu como uma luva no papel. Agora chegou a vez do vampiro vivo Morbius. Que ganha o rosto e o corpo de Jared Leto (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “O Clube de Compras Dallas, 2014). Ele também ficou conhecido por encarnar o palhaço do crime Coringa em ‘Esquadrão Suicida (2018)” e “A Liga da Justiça de Zack Snyder (2021)”.
Seguindo o conceito da Sony em trazer os vilões para seu “Aranhaverso” à tetona do cinema, temos agora o médico e cientista Michael Morbius (Leto) que busca a cura para sua doença. Uma rara doença sanguínea que atrofia seus músculos e ossos, provável causa de morte da sua breve vida. Ele pesquisa a fundo um modo de reverter isso, com o auxílio de seu melhor Milo (o Dr. Who Matt Smith). Este é herdeiro de uma fortuna inestimável e financia Michael em seu trabalho. Ele é auxiliado pela medica e sua melhor amiga Marine Bancroft (Adria Arjona). Michael e Milo (Joseph Esson) se conheceram quando eram crianças, internados num hospital na Grécia. Eram cuidados pelo médico e mentor de Michael, Emil Nikols (Jared Harris da impactante série de TV “Chernobyl, 2019”).
Incentivado por Emil, Michael se tornou um medico de renome mundial na área de genética sanguínea. Encontra uma pista que pode cura-lo, assim como Milo. Uma espécie rara de morcego que vive na Amazônia pode ser a resposta. No caso, sua saliva. Ele pretende unir geneticamente sangue humano com ela e criar uma reposta autoimune do seu sistema biológico. Onde poderá viver como uma pessoa normal. A amizade com Milo se torna uma irmandade, seguindo uma frase dita por Michael, “Juntos contra todos”.
Após testes com cobaias animais, que se mostraram bem-sucedidos. Michael resolve ser a própria cobaia de seu experimento. Milo, a pedido de Michael, com seus contatos no submundo, o coloca em uma embarcação localizada em aguas internacionais. Para evitar que seja preso, pois não há legalidade no que está fazendo. Com o auxílio de Martine, toma uma injeção que contém o composto com a saliva do morcego e o próprio sangue. Isolado em uma sala, começando a sentir seus efeitos. A equipe de segurança tenta conte-lo, são abatidos por ele. Martine é a única sobrevivente e testemunha do ocorrido.
Michael
se transformou em um hibrido de vampiro. Força sobre-humana, agilidade e instinto
de eco localização. Mas para se fortalecer precisa de sangue humano. Pela sua
ética moral e profissional, se alimenta do sangue artificial que criou para
salvar vidas. Porem descobre que isso é temporário. Em breve, isso não será suficiente
para saciar sua sede. Mais tarde, descobre que Milo tomou a formula e está se
tornando como ele. Só que sem mesma índole. Egocêntrico, enxergando na cura
como uma forma de exorcizar os próprios demônios. Daí o mote inicial para “Morbius”,
com direção de Daniel Espinosa da
scifi “Vida (2017)”. A dupla de
roteiristas Matt Sazama & Burk
Sharpless, conhecidos pelos filmes “O
Último Caçador de Bruxas (2015)” e “Deuses
do Egito (2016)”, nos trazem uma trama com a origem do personagem, pegando
emprestado o que vimos na franquia “Venom”.
Uma pessoa honesta que cede a tentação e se torna aquilo abomina.
Lutando com si próprio para mudar e retomar suas convicções morais. Leto transmite isso muito bem. As dúvidas e as certezas de seus atos. E quando adquire seus poderes, toma consciência de quem é neste momento. Pegando emprestado o costume do UCM, temos duas cenas pós-créditos. Na primeira, vemos uma das consequências do feitiço do Dr. Estranho que fez as pessoas esquecerem a identidade secreta do Homem-Aranha em "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021)". Eis que surge Adrian Toomes, com Michael Keaton repetindo o papel. Ele está em uma nova prisão, já que em “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” estava em outra.
Visto pelos guardas de lá, para logo em seguida ser libertado. O que se entende é que ele saiu da linha do tempo do Homem-Aranha de Tom Holland e agora surge na de Morbius. Já na segunda, vemos Michael pilotando um carro em uma estrada. Parando em um encostamento, pois recebeu uma mensagem lhe pedindo um encontro. Vestindo sua armadura de Abutre, Toomes aparece e deseja uma aliança com Morbius. Já que não está entendendo como veio parar ali e tem a certeza que o culpado disso, é o Homem-Aranha. Dando a entender que veremos em breve uma união entre Morbius, Abutre e Venom. Será uma previa do Sexteto Sinistro no Aranhaverso da Sony?
Comentários
Postar um comentário