Quando estreou há três anos atrás, a scifi com ares de suspense e terror “Um Lugar Silencioso (A Quiet Place, 2018)” causou uma ótima impressão para público e crítica. Foi a estreia atrás das câmeras de John Krasinski, conhecido mundialmente pela serie Amazon Prime “Jack Ryan (desde 2018)”. Aqui ele também atua ao lado da mulher, Emily Blunt, com os jovens Noah Lupe e Millicent Simmonds para formarem a família Lee, Evelyn, Marcus e Regan Abbott respectivamente. Após uma invasão alienígena, eles são obrigados a se esconder e pior não podem fazer qualquer tipo de barulho e/ou som. São seres de outro mundo que não possuem visão e olfato, apenas uma audição aguçadíssima.
Ao menor ruído, vão em sua direção. Por isso, a raça humana foi quase exterminada. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2018/04/o-thriller-scifi-um-lugar-silencioso.html . Num confronto com as criaturas, Lee se sacrificou para salvar sua família. Regan e Evelyn encontram um meio para combater os invasores. Por ser surda-muda, seu aparelho auditivo parecer ser uma resposta para derrotá-los. Saindo de sua morada em busca de outros como eles e de um novo abrigo. Para assim, se unirem na luta contra os aliens e a sobrevivência da humanidade. Bem como do planeta.
“Um Lugar Silencioso Parte II (A Quiet Place Part II, 2021)”, começa de onde terminou o primeiro filme, com Evelyn e seus filhos num rumo pelo incerto atrás de pessoas que estão nas sombras. Em meio a isso, flashbacks de como ocorreu a invasão. Durante um jogo de beisebol
com Marcus se preparando para rebater a bola, seus pais e os espectadores
enxergam algo em chamas no céu e uma forte ventania. Fazendo com que
todos saiam do campo aberto, em busca de abrigo. Lee e Evelyn se separam. Ele
está com Regan e vão em direção à sua caminhonete. Já ela com Marcus e o filho
pequeno estão no carro rumando para casa. São surpreendidos com o
ataque, vitimando quase todos na cidade que os Abbott viviam. Há inclusive uma
citação a cena de abertura do primeiro episódio, quando estão em busca de
remédios na farmacia abandonada.
Desta vez, Lee vai até lá para comprar mantimentos e levar para o pessoal que o aguarda no jogo de Marcus. Lá conhecemos Emmett, interpretado por Cillian Murphy (o Tommy Shelby da série “Peaky Blinders, desde 2013”). Ele e os Abbott já possuíam uma amizade. Sendo determinante para o destino de Evelyn e seus filhos. Perdeu a esposa e os filhos, vivendo isolado no porão de uma fábrica abandonada. Já Regan, junto à mãe, descobriu uma fraqueza dos invasores e resolve ir em busca de um novo lar para sua família. Assim temos o mote inicial para “Um Lugar Silencioso Parte II”. Com Krasinski dando o ar da graça na sequência de abertura e deixando para Emily ser a guia deste segundo episódio. Ela consegue exibir a força e a fragilidade da sua personagem.
Na frente dos filhos, não se deixando abater com a situação e ao mesmo tempo, tendo que esconder o luto vivido pela morte súbita de Lee. O suspense só cresce agora, com John expandindo o universo dos Abbott. Percebem que as pessoas mudaram com a presença dos aliens, o instinto selvagem fica evidente em determinados nichos. Tribos foram criadas, mesmo assim, Regan e Evelyn ainda enxergam uma esperança que tudo voltará a ser como era antes. Desta vez, as criaturas estão mais presentes na película.
Os confrontos deixam o clima mais tenso e a ação dos personagens é uma resposta à altura de seus agressores. Aqui Emmett assume o papel de Lee a contragosto de início. Mas a convivência com Regan muda isso e começando a partilhar o mesmo sentimento. Esta sim, mantém o espirito do pai vivo. Indo além do que está vivendo e enxergando um modo de lutar contra os seres extra-terrestres. Que parecem invencíveis, mas que na verdade têm seu ponto fraco. Assim como nós. Fazendo uma metáfora sobre a voracidade da raça humana.
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