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Os arquivos secretos do Camaleão do Rock DAVID BOWIE começam a surgir


O ano de 2019 marca os cinquenta anos do single “Space Oddity” do Camaleão do Rock David Bowie. Seu primeiro grande sucesso, para celebrar a data (11.07.1969), tivemos desde dia 28 último, o lançamento de material até então inédito. Nos formatos de vinil e digital, três álbuns que marcam o início de carreira de Bowie. No caso estamos falando de “Spying Through A Keyhole”, “Clareville Demos” e “The Mercury Demos”.

Este material estava disponível apenas nos bons e velhos bootlegs. Discos piratas de outrora e posteriormente em downloads não pagos. Antes mal gravadas, agora eles ganham uma remasterização de qualidade, para delírio dos fãs. Deixando de ser anônimas para se tornarem canções oficiais no vasto e rico material do Tin White Duke.


Em “Spying Through A Keyhole”, temos um David fortemente influenciado pela fase folk do poeta Bob Dylan. Gravadas no formato voz e violão, contendo nove canções. “Mother Grey” abre os trabalhos com uma gaita de fundo. “In the Heat of the Morning” já apareceu em algumas coletâneas de Bowie no final dos anos 60, aqui temos a letra final interpretada por ele. Goodbye 3D (Threepenny) Joe” e “Love is all Around” são inéditas. Não confundir esta última com o tema musical de mesmo nome da comedia britânica “Quatro Casamentos & Um Funeral (1994)”.

London Bye, Ta Ta”, também é uma velha conhecida. Aqui em sua versão mais crua. A maior diferença é sua letra, que foi se alterando até sua gravação final. “Angel Angel Gruppy Face” ganha duas versões bem distintas. Já “Space Oddity (demo excerpt)” é o esboço do clássico que se tornaria mais tarde. “Space Oddity (demo)” with John HutchHutchinson é a concepção imaginada por Bowie em formato de duo acústico. Esta é a primeira versão conhecida e tocada por Hutch com a letra alterada e o arranjo bem conhecido por todos.



Clareville Demos” são seis demos caseiras feitas por Bowie. Gravadas no apartamento dele localizado em Clareville Groove, em janeiro de 1969. Aqui ouve-se a letra final para “Space Oddity”. Seguida de “Lover to the Dawn”, primeira versão da canção “Cygnet Committee”, gravada no álbum “David Bowie” de 1969. Também conhecido como “Space Oddity”. “Ching-a-Ting” gravada em 1968 para o trio formado com a então namorada Hermione e Tony Hill, mais substituído por Hutch. A demo de “An Ocassional Dream” apareceu pela primeira vez na edição de aniversario de 40 anos de “Space Oddity”, aqui a letra tem pequenas diferenças. “Let Me Slepp Beside You”, gravada originalmente no disco homônimo de 1967, sua base musical é mantida. E a cover “Life is a Circus” de Roger Dunn, aqui é interpretada no melhor estilo Simon & Garfunkel por David & Hutch.


The Mercury Demos” temos as canções gravadas por David & Hutch. Reunindo parte do material lançado anteriormente, aqui temos as demos finais para “Space Oddity”. Ao lado de canções como “Love Song” de Lesley Duncan gravada posteriormente por Elton John no disco “Tumbleweed Connection (1970)”; “A Conversation Piece”, lado B do single “The Prettiest Star (1970)”, chamada por Bowie como uma canção nova e “Janine” que pega “emprestado” 19 segundos da melodia de “Hey Jude” dos Beatles.

As sessões de gravação se basearam no setlist acústico do show da dupla “Bowie & Hutch” a pedido do produtor Calvin Mark Lee. Que enviou as fitas para o então chefão da Mercury Records, Bob Reno. Tanto ele quanto Calvin são referenciados por elas. Pois garantiram um contrato da gravadora com David.

Lado A
01. Space Oddity
02. Janine
03. An Occasional Dream
04. Conversation Piece
05. Ching-a-Ling
06. I’m Not Quite (aka Letter To Hermione)

Lado B
07. Lover To The Dawn
08. Love Song
09. When I’m Five
10. Life Is A Circus

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