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O documentário "BARÃO VERMELHO: POR QUE A GENTE É ASSIM?"


O rock na nossa terra brasilis divide atenção do grande publico com outros estilos musicais originários daqui mesmo como o samba, o pagode, o sertanejo e a nossa MPB. Mesmo assim, ele conseguiu brilhar por aqui. Influenciados pela Jovem Guarda de Roberto & Erasmo Carlos tivemos Os Mutantes, Tutti Frutti, Raulzito & Os Panteras, por exemplo. Assim foi um pulo para o surgimento para grupos com O Terço, 14 Bis, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Bixo da Seda e por aí vai. Sendo uma grande influencia para a geração dos anos 80, que ficou conhecido como BR Rock.

Kid Abelha, Os Paralamas do Sucesso, Blitz, Os Titãs, Ira! & Ultraje A Rigor como grandes expoentes. As três primeiras tiveram seu momento ao participarem da primeira edição do festival Rock in Rio em 1985. Ao lado deles, o Barão Vermelho de Cazuza (vocais), Roberto Frejat (guitarra), Dé Palmeira (contrabaixo), Maurício Barros (piano & teclados) & Guto Goffi (bateria), o grupo já estava estabelecido como uma das sensações do mundo da música no Brasil. Graças ao sucesso avassalador da canção “Pro Dia Nascer Feliz”. E as apresentações só ratificaram isso.


Apesar disso, o anuncio da saída de Cazuza do Barão pegou a todos de surpresa. E a dúvida sobre a continuidade da banda, já que Caju (seu apedido para os mais íntimos) em carreira solo conseguia um sucesso ainda maior do que ao lado do Barão. Essa indagação foi um dos motes para a diretora Mini Kerti ao lado da roteirista Joana Ventura a filmarem a história deles no documentário “Barão Vermelho: Por Que A Gente É Assim (2017)”. Contando com depoimentos de todos os envolvidos e imagens raras. 

O relato visual se destaca pela sinceridade deles ao contar o que realmente aconteceu. Desde a montagem do grupo, quando Frejat, , Mauricio e Guto tentaram convencer Léo Jaime para ser o vocalista. Com a negativa dele, receberam a indicação de um jovem que podia cobrir a vaga. Ele se chamava Agenor de Miranda, que tinha como apelido Cazuza. A química entre ele foi imediato, em especial com Frejat. Juntos, formaram uma das parcerias mais criativas do rock nacional.


Frejat relembra com muita emoção quando compôs “Todo Amor que Houver Nessa Vida” e como a canção foi importante para a história deles. Eles contam as dificuldades no inicio e a ansiedade para conseguir ser um grupo de sucesso. Apesar de atingirem o publico, a critica especializada não os viu com “bons olhos”. O empenho deles superou isso, atingindo o que tanto desejavam. Destaque para as letras inteligentes de Cazuza, que foi nomeado (informalmente) como líder do Barão.

Mauricio e têm os comentários mais ácidos. Ambos falam sobre como eram colocados de lado, na escolha das canções que entrariam nos álbuns do Barão. Isso ocorreu especialmente depois da saída de Cazuza. Já o que comporão seria aproveitado no próximo disco ou futuramente. Eventualmente isso não ocorreu. Maurício saiu após a turnê de “Rock’n’Geral (1987)”. Já saiu pouco antes do Barão entrar em estúdio para gravar “Na Calada da Noite (1990)”. Quando finalmente conseguiram sair da sombra de Cazuza com o hit “Pense & Dance” do disco “Carnaval (1988)”. 


O guitarrista Fernando Magalhaes e o percussionista Peninha (que veio a falecer pouco antes do lançamento do documentário) comentam com alegria ao serem efetivados como membros oficiais do Barão e saindo da condição de “músicos convidados”. Todos falam do impacto da condição de Cazuza, diagnosticado portador da AIDS e posteriormente sobre sua morte. O guru e mentor musical, o empresário Ezequiel Neves, também é lembrado com muito carinho e saudades de todos.

Entre as idas e as vindas de seus membros, “Barão Vermelho: Por Que A Gente é Assim” é um retrato honesto sobre as personalidades de cada um deles. Como na canção de Cazuza, “O Tempo Não Para”, o ressentimento é deixado de lado e a camaradagem fala mais alto. Já que a história deles é relembrada com muito bom-humor e alegria. Como todo conto tem seus altos e baixos, mas o que vale o que viveram e viverão. Não se arrependendo de nada do que fizeram.

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