O
preconceito racial entre negros e brancos na terra do tio Sam estava
efervescente nos anos 60. Bem como o papel da mulher diante da sociedade
naqueles tempos. O assunto é um prato cheio para o cinema. Bons contos existem.
Tivemos exemplos recentes como “Histórias
Cruzadas (2012)” e “Estrelas Além do
Tempo (2017)”. Para saber mais nos links:
HISTÓRIAS CRUZADAS (2012)
ESTRELAS ALÉM DO TEMPO (2017)
Com
isso dito, temos “Green Book: O Guia (Green
Book, 2018)”. Baseado na história verídica sobre a amizade do ítalo-americano
Frank “Tony Lip” Vallelonga e o
pianista Don Shirley. O primeiro é o clássico descendente italiano falastrão que
trabalha como segurança em uma casa de espetáculos. Ele é interpretado pelo
Aragon Viggo Mortensen. E o segundo
é um conceituado musico afro-americano que vive em um luxuoso apartamento
localizado no teatro Carnegie Hall, este é feito por Mahershala Ali (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Moonlight: Sob A Luz do Luar, 2016”).
Shirley
pretende fazer uma turnê pelo sul dos Estados Unidos. Onde a segregação é
grande. Ele precisa de um motorista. Já Tony está desempregado, fazendo
pequenos serviços para pagar as contas. Tendo ao seu lado, sua amada esposa
Dolores (Linda Cardellini da
franquia “Pai em Dose Dupla”). Sua personalidade
forte e um pouco racista, bate de frente com a persona imponente de Shirley no
primeiro encontro entre os dois. Apesar de nada amistoso, eles entram em
acordo. E Lip aceita o trabalho.
Bem-humorado,
Tony tenta se aproximar de Don. Durante a viagem, ele fala sobre a
família e o amor incondicional a Dolores. Tenta entendê-lo, uma pessoa como
ele toca para pessoas que na verdade, o discriminam pela cor da sua pele. Já
Shirley, corresponde ao ajudar Tony nas cartas que ele escreve à mulher. Com tempo
na estrada, os aproxima. Criando um grande vinculo entre eles. Tony deixa o
preconceito de lado e passa a apoia-lo. Enquanto Don entende seu papel e cai em
si sobre o que Tony discutia sobre a luta dos negros por direitos iguais.
Este é o mote para “Green Book: O Guia”. Dirigido por Peter Farrelly e baseado nas pesquisas do próprio ao lado do
roteirista Brian Currie e o filho de
Vallelonga, Nick. Muito se discutiu
sobre a verdade dos fatos. Por isso, Farrelly,
deixando de lado a parceria com o irmão Bobby, em comédias como “Débi & Loíde: Dois Idiotas em Apuros (1994)”
e “Quem Vai Ficar com Mary (1998)”. Para
nos traz uma película sensível e precisa sobre a realidade vivida por eles nos
anos 60.
Onde
a amizade sincera dos dois se torna um exemplo a ser seguido. Cada um aprende
com o outro. Shirley acaba se tornando um tutor para Tony. Ensinando a
escrever. Já este o sensibiliza, pelo amor que ele sente pelos dois filhos e em
especial, a Dolores. Já que Don se ressente pelo distanciamento do irmão. As
atuações de Viggo & Mahershala são
a força motriz do filme e a cumplicidade deles em cena exemplifica isso.
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