Filmes
sobre a corrida espacial é um tema muito explorado pela sétima arte. Seja
baseada em fatos reais ou ficcionais. Temos como exemplo o clássico anos 80 “Os
Eleitos (1983)” de Philip Kaufman sobre a preparação dos primeiros astronautas
da terra do tio Sam e “Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo (1995)” de Ron Howard,
que fala sobre a ultimo voo tripulado à Lua.
Até o
mítico cowboy Clint Eastwood se aventurou no espaço na ficção cientifica
“Cowboys do Espaço (2000)”, onde a NASA precisa impedir que um satélite
avariado caia em uma região habitada. Clint, junto com velhos companheiros
precisa ir até ele para conserta-lo. Para seu conhecimento: todos estão
aposentados e precisam revisar o antigo treinamento para astronautas.
Estreando
nas melhores salas de cinema da sua cidade temos “Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures, 2016)”, voltando ao tema.
Dando uma abordagem sobre os bastidores da corrida ao espaço. Focando nos
cientistas, matemáticos e administradores da NASA. Dirigido por Theodore Melfi da comedia “Um Santo
Vizinho (2014)”. Aqui temos este conto inédito e real sobre três mulheres
notáveis. E vou mais adiante, mulheres negras.
Estamos
nos anos 60, a NASA corre contra o tempo literalmente. A Guerra Fria em alta. A
então União Soviética já enviou o primeiro ser vivo ao espaço. No caso, um cão.
E está se preparando para fazer o mesmo com o Homem. Junto a isso, o
preconceito racial nos EUA cada vez mais forte. É assim que conhecemos Dorothy
Vaughan (Octavia Spencer, Oscar de
Melhor Atriz Coadjuvante por “Historias Cruzadas, 2011”), Mary Jackson (a
cantora r’n’b Janelle Monaé) e
Katherine Johnson (Taraji P. Henson,
a Cookie Lyon da serie de TV “Empire desde 2015”).
Elas
trabalham no departamento de cálculos da NASA. Analisam possíveis
trajetórias para os primeiros voos em foguetes. A ida e o retorno de
seus astronautas sãos e salvos. Cada uma em sua especialidade. Dorothy gerencia
o departamento enquanto Mary e Dorothy realizam os cálculos matemáticos. Um departamento só com mulheres de cor com banheiro exclusivo para elas.
Dorothy
recebe documentos que transferem Mary e Katherine. A primeira vai para o setor
de engenharia da NASA. Responsável pela construção das capsulas e foguetes.
Enquanto a segunda é enviada para o setor que faz a analise e o calculo
matemático para o voo seguro de seus astronautas. Este setor é liderado por Al
Harrison (Kevin Costner, o pai do
“Homem de Aço, 2013”) e tem Paul Stafford (o Sheldon de Big Bang Theory Jim Parsons) como seu supervisor.
Cada
uma delas se destaca pelo seu talento. Mary por seus conhecimentos e raciocínio
rápido. Porem, não pode almejar uma posição melhor devido ao seu grau de
instrução. Precisa se formar em engenharia para crescer profissionalmente na
NASA. Já Katherine tem um talento natural com números. Desde pequena já se mostrou
excepcional. Chegando a dar aula para pessoas mais velhas. Lá também tem que
encarar o preconceito e a duvida de seus colegas de trabalho sobre sua
capacidade. Assim
temos a história básica de “Estrelas
Além do Tempo”.
Até então desconhecida de todos, vemos que mesmo num local
onde a inovação e o pensamento livre deveriam palavra de ordem. Existem pessoas
e a conveniência social ditam as regras. Ou seja, o preconceito contra negros. Um
exemplo: na seção em que Katherine trabalha há uma cafeteira para todos se
servirem. No dia seguinte, ela vai encher sua caneta e percebe que há outra
menor com a inscrição: pessoas de cor. Apesar do trio formado por Henson, Spencer e Monaé, o
destaque fica para a primeira. Como sua personagem é determinante para o sucesso
da empreitada espacial do governo norte-americano.
Como
seu conhecimento e criatividade a levaram para grandes trabalhos dentro da
NASA. Por exemplo, o Projeto Mercury (aqui visto na película) e a missão da
Apolo 11. Posteriormente foi reconhecida ganhando a Medalha Presidencial da
Liberdade em 2015 por eles e sendo entregue pelo Presidente Barack Obama. Tanto
Dorothy (se tornou chefe do departamento de informática da NASA, desenvolvendo
o programa Fortran) e Mary (se graduou em engenharia aeroespacial) conseguiram
atingir seus objetivos.
“Estrelas Além do Tempo” é um filme que destaca o trabalho de suas atrizes. O trio feminino chama atenção. Em
especial Janelle Monaé (sua carreira
cinematográfica deve ser acompanhada mais de perto). Exibindo toda sua
determinação para se mostrarem relevantes dentro daqueles tempos conturbados
nos EUA. Contando também com a participação especial de Kristen Dunst, a eterna Mary Jane da franquia “Homem-Aranha” de Sam
Raimi.
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