A
franquia do perseverante boxeador Rocky Balboa de Sylvester Stallone criou parâmetros para o esporte no cinema. Inovou
o modo de filmar as lutas como se estivéssemos no ringue com ele e seu
oponente. E ainda nos aproximou de todos seus questionamentos e modo de encarar
as dificuldades a sua frente. Além de um sentimento de vencedor que contagia
até a pessoa mais pessimista do mundo. Um exemplo, a frase dita por ele ao
filho Robert no capitulo final da saga “Rocky
Balboa (2006)”: “Não importa quantos
sacos a vida te dá. O que importa é o quanto você pode aguentar”. Para saber
mais no link abaixo:
FRANQUIA ROCKY
Partindo
daí, o jovem cineasta Ryan Coogler (que
mais tarde faria o filme do protetor de Wakanda, o Pantera Negra, 2018) que teve
a ideia de fazer o filme sobre o principal oponente de Rocky, Apollo Creed. Onde
este teve um filho fora do casamento com Mary Anne, Adonis. Assim nasceu “Creed:
Nascido para Lutar” em 2015. Indo atrás do seu passado, Adonis (Michael B. Jordan) decide seguir os
passos do pai e quer Rocky como seu treinador. Comentamos no link:
CREED: NASCIDO PARA LUTAR (2015)
Adonis
e Rocky se unem e criam um vinculo de pai & filho. Ao final de “Nascido para Lutar”, ele perdeu por
pontos a luta contra “Pretty Boy” Ricky Conlan. Mesmo assim, ele seguiu em sua
carreira. Com Rocky e Bianca (Tessa
Thompson, a Valkíria de “Thor: Ragnarok, 2017”) ao seu lado e seis vitorias consecutivas. Ele luta contra Danny “Stuntman” Weller (o
pugilista Andre Ward) pelo titulo
dos pesos-pesados. Aprimorado, em uma luta eletrizante, Donnie conquista o cinturão e se
torna o novo campeão da categoria.
Enquanto
isso do outro mundo, o passado está pronto para retornar e assombrar tanto Donnie
quanto o Garanhão Italiano. Na Ucrânia, Ivan Drago (Dolph Lundgren) está treinando o filho Viktor (o boxeador Florian Munteanu) e deseja retomar as
glorias do passado com ele. O promotor de lutas Buddy Marcelle (Russell Hornsby) acompanha de perto a
carreira de Viktor e enxerga uma oportunidade de lucrar com um embate entre
Viktor e Adonis. Já que ele vem se destacando. Junto a isso, realizando as
ambições de Ivan.
Já
Bianca e Donnie, fortalecem sua união e se casam. Em seu restaurante, Rocky tem
um encontro com a pessoa mais improvável na sua vida. Passado mais de trinta
anos, está lá sentado na mesa, Ivan. A troca de olhares entre eles é fulminante
e parece uma volta ao passado. Estamos no ringue em Moscou de “Rocky IV (1985)”. Ivan diz a Rocky que
seu filho é melhor que Donnie e está aqui para retomar tudo o que perdeu na
luta. Em especial, prestigio e respeito.
Num
jantar com Bianca, Donnie vê o desafio de Viktor na televisão. Se questionando
a respeito, ele vai até Rocky para pedir sua opinião. Este diz que a
luta é um erro e que pode ser perigoso. Donnie não aceita isso e retruca que
vai lutar mesmo assim. Rocky não quer isso e decide que não vai mais treina-lo.
Os dois rompem e Donnie vai até Little Duke (Wood Harris). Filho de Duke, que foi treinador de Apollo, e tem uma
academia. Os dois se juntam e iniciam o treinamento de Donnie contra Viktor.
Chega
o grande momento. Donnie, visível abalado com o que está para enfrentar. Encarar o passado e ao mesmo tempo, o futuro ao
lado de Bianca. Já que ela está grávida. Na luta, ele sente a força e a raiva
de Viktor. Num momento de fraqueza, Donnie está agachado e recebe um soco dele,
que o derruba. Por causa disso, Viktor é desclassificado. Assim, Adonis mantem
o titulo. Levado
desacordado a um hospital e com as costelas quebradas, ele acaba traumatizado.
Tem que se recuperar por dentro e por fora. Encarar os desafios da vida de frente mais uma vez. Assim temos o mote para “Creed II (2019)”. Michael
B. Jordan reprisa o papel com a desenvoltura e talento vistos no primeiro
filme, exibindo bem a ascensão e queda do personagem. Tendo ao seu lado, o mentor Rocky para se reinventar e ressurge. A química com Tessa está perfeita. Desta vez, ela tem mais destaque. Sendo o
alicerce para Adonis, o motivando no momento certo. Juntos, trazendo na
memoria a cumplicidade de Rocky com Adrian na franquia.
Já Sylvester repete a pegada vista em “Creed: Nascido para Lutar”. Sendo o
treinador e conselheiro para Donnie. Em especial quando lhe diz para não repetir
seus erros do passado, com o nascimento da filha Amara. Seu distanciamento do
filho Robert (Millo Ventimiglia) e
que se arrepende por isso. As referencias estão lá. “Rocky II (1979)”, “Rocky III
(1982)” e “Rocky IV (1985)”. Em especial
os dois últimos. Quando
Adonis marca a revanche contra Viktor, Rocky o leva para treinar no deserto. Sem
grandes recursos por lá, ele o fortalece com um treinamento pesado. E servindo
como uma continuação direta de “Rocky IV”,
onde descobrimos o que houve com Ivan após a luta contra Rocky.
Ele foi abandonado pela esposa Ludmilla (Brigitte
Nielsen) e o culpa o por tudo que perde. Passando seu
sentimento de raiva para o filho. Apesar de ama-lo, não sabe transmitir isso a
ele. Vendo
“Creed
II”, relembramos como a saga de Rocky Balboa é atemporal. Seus conflitos
e suas vitórias fazem parte da história do cinema e agora são recontados em
nova perspectiva. Com Adonis não sendo apenas uma copia sua ou do pai e sim,
criando sua própria história e legado. Isso é visto quando Rocky diz a ele ao
final da luta, “este é o seu momento”.
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