O gênero faroeste sempre volta à tona na sétima arte. Teve sua fase áurea com os filmes de John Wayne nos anos 30 até meados dos anos 60. Foi quando as películas de western pegaram de vez. Destacando a trilogia do Homem sem Nome de Sergio Leone, que revelou o eterno cowboy Clint Eastwood. Trazendo consigo uma variante do gênero, o western spaghetti. E posteriormente ele nos trouxe um dos maiores clássicos do faroeste, “Era Uma Vez no Oeste (1969)”. Em meio a isso, tivemos “Sete Homens e Um Destino (The Magnificent Seven, 1960)”. Dirigido por John Sturges. Que usou como base de sua história, o antológico filme do mestre Akira Kurosawa, “Os Sete Samurais” de 1954.
Onde aldeões que moram no
interior do Japão no século XVI, cansados de serem saqueados por bandidos
locais. Onde suas mulheres e colheitas eram levadas. Procuram ajuda de um grupo
de samurais para acabar com os malfeitores. Pois eles não possuem conhecimento
de como usar armas e lutar contra aqueles que os aflige. Sabendo
que o custo de contratar samurais é alto. O ancião do vilarejo sugere procurar
por ronins. Samurais sem honra e que vagam pelas estradas do país em busca de
trabalho. Utilizando como forma de pagamento, o arroz produzido por eles. Este foi
o mote adaptado por Wiiliam Roberts,
que transportou a história para um vilarejo no México. Ameaçado pela gangue
liderada por Calvera, que o invade constantemente em busca de mantimentos e
suas mulheres. Cansados
disso, buscam por pistoleiros que os ajude a acabar com o bando de Calvera e
viver em paz. Alguns moradores se dirigem até a fronteira com os Estados Unidos
e encontram Chris e Vin, dois pistoleiros desempregados.
Entram em acordo com
eles, que buscam por mais pessoas que os auxiliem na tarefa. No caso, cinco mercenários. “Sete Homens e um Destino” tem um elenco
estelar liderado por Yul Brynner
como Chris e Steven McQueen é Vin. O
saudoso Eli Wallach (o Don Altobello
de “O Poderoso Chefão Parte III, 1990”) é o vilão Calvera e completando a
formação temos Robert Vaughn (o
eterno agente da U.N.C.L.E. Napoleon Solo), James Coburn (“Flint contra o Agente do Mal, 1966”), Brad Dexter, o durão Charles Bronson (da franquia Desejo de
Matar) e o jovem (para a época) Horst
Buchholz. Sturges acabara de lançar outro clássico do
western, “Duelo de Titãs (1959)” com os míticos Kirk Douglas e Anthony Quinn. E
nos trouxe uma película que exibe o melhor do gênero. As planícies e a aridez do
deserto com planos gerais junto com uma descrição detalhada de cada personagem.
Em especial, Chris e Vin. Brynner é
o líder estratégico.
Moralista e serio, é o narrador da história. McQueen é a alma do grupo, comovido com
a situação do vilarejo, se comprometer a ajudar seus moradores. Ambos carismáticos
e talentosos. Já Buchholz é o aprendiz de pistoleiro
Chico. Serve como alivio cômico e é a conexão do espectador com o filme. Wallach interpreta seu vilão com
mestria. Vaughn é o galã Lee, que
foge quando as coisas esquentam na luta. Dexter,
Coburn e Bronson cumprem bem seus papeis. Destaque para o último, que atuou “Era
Uma Vez no Oeste” e participou de um dos melhores filmes de guerra já feitos, “Fugindo
do Inferno (1963)” de Sturges
inclusive, e “Os Doze Condenados (1967)”. O tema musical composto por Elmer Bernstein se tornou a marca
registrada do filme e eternizada como um dos melhores de todos os tempos no
cinema.
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