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Capitão América & A "GUERRA CIVIL" no UCM


Um dos filmes mais aguardados de 2016, finalmente está entrando em cartaz nos melhores cinemas da sua cidade. No caso, “Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, 2016)”. Que inicia a Fase III do Universo Cinematográfico Marvel. Baseado na HQ de mesmo nome escrita e desenhada por Mark Millar & Steven McNiven, aqui temos o embate entre os heróis da Marvel, onde os governos do mundo se reúnem para decidir sobre suas ações para protegê-los de ameaças internas e do espaço sideral. 


Para isso, os heróis teriam que revelar suas verdadeiras identidades. O Capitão América não concorda com a medida. Bem como outros. Já o Homem de Ferro Tony Stark a aceita e tem alguns que estão de acordo com ela. O que cria a chamada “Guerra Civil” entre eles. A partir daí, temos a ideia básica sobre sua adaptação para tela grande do cinema.


Seguindo os eventos vistos em “Vingadores: Era de Ultron (2015)”, aqui suas consequências rebatem sobre os heróis. A ONU se reuniu e decidiu que após a quase destruição de Nova York em “The Avengers: Os Vingadores (2012)”, parte da capital dos EUA Washington é atingida em “Capitão América 2: Soldado Invernal (2014)” e a cidade de Sokovia é transformada em um meteoro que poderia ter destruído o planeta na última película dos Vingadores.


Numa ação dos heróis atrás do ex-agente do grupo S.T.R.I.K.E. da S.H.I.E.L.D. Rumlow (Frank Grillo), em Wakanda, ele se tornou o vilão Ossos Cruzados. Traficante de armas e indo até lá atrás de um componente bioquímico de potencial bélico. Os Vingadores conseguem captura-lo, porem, ele se autodestrói. Wanda, a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), contém parte de explosão tentando joga-lo para fora do seu raio de ação. Não consegue, ela atinge um prédio próximo que causa baixas civis. A ONU junto a 117 países, concluem que suas ações devem ser controladas por um comitê interno.


Aqui temos o ápice das divergências entre o Capitão América Steve Rogers (Chris Evans), líder dos Vingadores e o Homem de Ferro Tony Stark (Robert Downey Jr.). Este último é chamado para convencê-lo do contrario. E sugerindo o “acordo de Sokovia”, onde todos concordaram sobre o controle de suas ações. O comitê seria representado pelo General reformado Ross (William Hurt). Enquanto isso, Steve está em busca do amigo Buck Barnes, hoje Soldado Invernal (Sebastian Stan). Com ajuda do Falcão (Anthony Mackie), eles o encontram. Mas a ação desencadeia uma perseguição com consequências que agravam a situação dos Vingadores. 


Entendemos melhor o vinculo de amizade entre ele e Steve. Praticamente irmãos. Ele é acusado pelo atentado em Berlm que reunia os países participantes do “Acordo”. Ao mesmo tempo, é introduzido na história, o Pantera Negra. O T’challa (Chadwick Boseman, o novo James Brown do cinema), o herdeiro de Wakanda, já diz a que veio. Se envolvendo em ótimas sequencias de ação e perseguições de tirar o folego, na caçada ao Soldado Invernal.

Os diretores irmãos Joe & Anthony Russo junto ao engenhoso roteiro escrito por Christopher Markus & Stephen McFeely, nos traz o melhor e o pior de cada herói. Mais uma trama em que o suspense e a ação se confundem para entender o que os leva a lutarem entre si. Podemos dividir a película em três atos: continuação direta de “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, o conflito entre os heróis e o fim da “Guerra Civil” com contornos épicos e trágicos para ambos os lados. Conhecemos também o verdadeiro vilão da “Guerra Civil”.

Ele é o Barão Helmut Zemo. Vilão clássico das HQ’s do Capitão América, aqui é atualizado como Coronel do Exercito de Sokovia. Que busca por vingança pela morte de sua família na ação dos heróis no seu país em “Vingadores: Era de Ultron”. Sendo interpretado por Daniel Brühl, o Niki Lauda de “Rush: No Limite da Emoção, 2013”. Percebe-se que os atores cresceram junto aos seus personagens. Em especial, Evans e Downey. O primeiro com uma faceta que vai além de heroica, fiel aos seus ideais e amigos. Lutando por eles até o fim.

Certo ou errado, totalmente incorruptível. E fechando o arco do Capitão América em filmes individuais perfeitamente. Robert, deixa o sarcasmo de lado que foi sua marca nos primeiros filmes do Homem de Ferro (2008 e 2010), para ganhar uma persona mais seria e amargurada vista a partir de “Homem de Ferro 3, 2013”. Sentindo-se responsável pela forma que ele e seu pai fizeram sua fortuna imensurável. A produção de armamentos para destruição em massa. Onde busca uma redenção por seus pecados de outrora. E torturado pela perda dele e da mãe, mais a separação temporária com Pepper Potts.



O nível de cumplicidade na equipe dos heróis é excepcional. Mesmo divididos em Time do Capitão América e Time do Homem de Ferro (muito bem veiculados pela equipe de marketing da Marvel), eles interagem entre si de forma linear e coesa. O melhor exemplo é a amizade entre a Viúva Negra (a sempre bela Scarlett Johansson) e o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Muito bem exemplificada em “Vingadores: A Era de Ultron”.


No caso, a sequência em que os times lutam entre si no aeroporto Leipzig (Alemanha). Uma das melhores da película. Tanto um quanto o outro, não querem se ferir mortalmente. É com ela que surge o amigo da vizinhança Homem-Aranha para ajudar o time do Homem de Ferro. E ao lado do Capitão América, temos o Homem- Formiga Scott Lang (Paul Rudd). Ação e humor na medida certa com direito a citação de “Star Wars: O Império Contra-Ataca, 1981” e durante a mesma, uma grata surpresa.


Após um acordo entre a Marvel e a Sony, o Homem-Aranha pode participar do Universo Cinematográfico Marvel. Como dito pelo CEO da Marvel Kevin Feige, seu filme solo prometido para 2017, não contará mais uma vez sua origem. Sendo brevemente explicada em “Capitão América: Guerra Civil”. E rejuvenescido por Tom Holland (“O Impossível, 2012”), que traz de volta o ar de moleque travesso do cabeça de teia.


A trama de “Capitão América: Guerra Civil” é bem elaborada e contém pequenos contos que irão complementar sua história ao seu final. Por exemplo, Steve é avisado do falecimento de seu primeiro amor de sua vida, Peggy Carter. No funeral em Londres, conhece a sobrinha dela, Sharon (Emily Van Camp, a Emily Thorne da serie de TV “Revenge, 2011 a 2015”). Ele é surpreendido, pois a conhecia como Agente 13. Seu futuro interesse romântico.  


Conhecemos o membro do Conselho Antiterrorista Mundial Everett Ross (o Hobbit Bilbo Bolseiro Martin Freeman) e uma recauchutada Tia May (Marisa Tomei, Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Meu Primo Vinny, 1992”). Vemos também o que ocorreu realmente com os pais de Tony, Howard (John Slattery) e Maria (Hope Davis) Stark. Sendo um fator determinante para o ato final de “Capitão América: Guerra Civil”.


Temos a volta da aposentadoria do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e a relação do Visão (Paul Bettany) com a Feiticeira Escardate, chegando próxima como nos quadrinhos. E com o perdão da palavra, o herói da joia do infinito se conflitando se deve ou não, apaixonar por Wanda. Junto a uma visão mais humana de si, sobre seus companheiros e o planeta. O Maquina de Combate James Rhodes (Don Cheadle) também se faz presente.


AVISO AOS NAVEGANTES: Como de praxe, há a famosa cena pós credito. Mas desta vez, são duas. CASO NÃO QUERIA SABER, PARE DE LER AGORA! Logo após os créditos iniciais, vemos Steve e Bucky se despedindo, este prefere ser congelado novamente para não causar mais problemas. No caso, eles estão em Wakanda ao lado de T’challa. Os dois conversam e Steve o alerta que por estar os protegendo, o Homem de Ferro e a ONU podem vir atrás dele também. 


T’challa apenas lhe diz que podem vir. Daí surge a estatua da Pantera Negra. Passados os créditos na segunda, vemos Peter Parker se recuperando dos hematomas da luta no aeroporto com o auxilio da Tia May. Ele lhe diz que brigou na escola com um cara muito grande chamado Steve. Escondendo da tia, um sinalizador que lhe foi presenteado por Tony Stark. Logo em seguida surge a frase: O HOMEM-ARANHA RETORNARÁ

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