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Relembrando "MAD MAX"

Com a estreia do novo capitulo da saga apocalíptica “Mad Max”, “Estrada da Fúria”, vamos relembrar a trilogia que teve sua origem nos final dos anos 70 e inicio dos 80. Mais exatamente na Austrália. Seu criador George Miller e o roteirista Terry Hayes aproveitaram o momento vivido naqueles tempos, a Guerra Fria em altas temperaturas. Para aqueles que a desconhecem, era simplesmente o conflito político entre os Estados Unidos e a então União Soviética mais seus aliados. Tudo estava por um fio, pois o destino de humanidade poderia ser decidido com o apertar de um botão. Ou seja, o começo da guerra nuclear.


Com poucos recursos financeiros, Miller e Hayes escreveram a história de um patrulheiro, Max Rockatansky, das estradas que cortam o deserto da Austrália. Que vê o melhor amigo, a esposa e o filho recém-nascido serem assassinos na sua frente. Transtornado com o acontecido, usa seu carro como uma arma para persegui-los e vingar a morte da sua família. Para fazer o personagem temos Mel Gibson. Na época com 23 anos e ator iniciante, que já mostrava o carisma que marcou sua carreira na frente das câmeras. 


Em meio a isso, o mundo a sua volta sucumbia por causa de uma guerra entre as nações sobre os recursos naturais do planeta. No caso, água e petróleo. Esta é a trama básica de “Mad Max”. O filme foi lançado em 1979 e teve pouca repercussão mundo afora. Sendo a maior bilheteria daquele ano em sua terra natal. Mas que chamou a atenção de alguns produtores ligados a Warner Brothers, que resolveu investir em uma nova empreitada de Miller para a continuidade da história de Max Rockatansky.



Com o mundo destruído pela guerra, ele acaba de se tornar desértico. O que sobrou da sociedade habita onde ainda há poucos recursos para o plantio de alimentos bem como naturais para a produção de combustível e água.  Em meio ao caos, há gangues espalhadas ao redor do globo em busca desta nova riqueza da humanidade. Em um conflito, Max acaba se envolve. Já enlouquecido pelas lembranças de sua vida passada, tem a mesma atitude de outros. Quando não é atacado pelas gangues, ele contra-ataca com toda sua fúria. O filme foi chamado apenas de “The Road Warrior” nos Estados Unidos, como o primeiro filme não teve muita repercussão na terra do tio Sam.


Os produtores acharam melhor assim, pois o público norte americano não entenderia que houve um primeiro filme, já que o mesmo não foi exibido por lá quando lançado. Acabou sendo uma jogada inteligente. “The Road Warrior” se tornou um grande sucesso mundial de público e crítica.  Posteriormente, “Mad Max” teve o mesmo tipo de lançamento. Por aqui, ele foi chamado de “Mad Max 2: A Caçada Continua (Mad Max: The Road Warrior, 1981)”.  Dando ao mundo, o talento e o carisma de Mel Gibson. Onde o olhar de doido varrido se tornou sua marca registrada. Vide a franquia “Máquina Mortífera (1987, 1989, 1992 e 1998)” e seu melhor filme como ator e diretor, “Coração Valente (1995)”.


                                 

Passados alguns anos, Max esbarra na cidade Bartertown. Ela é dirigida pela Tia (a musa e as mais belas pernas do rock, Tina Turner). Que vê em sua chegada, um modo de legitimar seu poder sobre a cidade. Max está em busca de seus pertences roubados em suas viagens e os encontra em Bartertown. Ele e Tia entram em acordo, para eliminar Master Blaster. Ele é, na verdade, duas pessoas. Master (Angelo Rossitto), um velho anão com vasto conhecimento. 


Já Blaster (Paul Larsson), um gigante deficiente mental. No subterrâneo da cidade, eles produzem gás metano através das fezes de porco. Onde a cidade tem sua força elétrica. Para acabar com os dois, Max tem que desafia-los para uma luta na cúpula do trovão. Que dá título à sua nova aventura, “Mad Max: Além da Cúpula do Trovão (Mad Max: Beyond Thunderdome, 1985)”. Max os derrota, só não mata Blaster. O que enfurece Tia e assim é asilado no deserto. É encontrado por jovens que vivem em um desfiladeiro que o confundem com seu salvador, que os levará para a terra prometida.


O que sempre chamou na saga, fora o ambiente pós-apocalíptico, temos aquele sentimento das películas do velho oeste de antigamente. Vemos referencias de filmes como “Rastros de Ódio (1959)” e o cowboy solitário Shane de “Os Brutos Também Amam (1953)”. Onde Max é um John Wayne marcado pela dor da perda de entes queridos e embriagado pela loucura de seus tempos. Em “Além da Cúpula do Trovão”, as crianças fazem menção aos garotos perdidos do conto de fadas Peten Pan. E ao final de cada filme, uma frase que reflete a condição do homem perante ao mundo e à sociedade.


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