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FOO FIGHTERS NO BRASIL

                 

Na noite da última sexta-feira (23.01.2015), tivemos o primeiro evento rock’n’roll do ano de 2015, o Foo Fighters em turnê pelo nosso país tupiniquim. A banda já esteve por aqui anteriormente. A primeira foi no longínquo 2001 na edição do festival Rock in Rio. Três anos atrás, na primeira versão do festival Lollapalooza de Perry Farrell (Jane’s Addiction) na terra da garoa. Sendo que o líder Dave Grohl, já veio com o Nirvana no extinto festival Hollywood Rock em 1993, aqui em São Paulo e no Rio de Janeiro. Agora ele traz sua banda para um passeio por aqui, em terras argentinas, colombianas e chilenas.

Para saber mais sobre a apresentação no Lollapalooza, leia no link abaixo:



Desta vez, o FF se apresentou em São Paulo no Estádio Cicero Pompeu de Toledo, mais popularmente conhecido como o Estádio do Morumbi. E para os futebolísticos, o “Panetone”. Como é de praxe, temos shows de abertura. A cargo dos Raimundos, com Digão (vocais e guitarra) a frente do grupo. Ele e Canisso (contrabaixo) são únicos remanescentes da formação original. Trazendo seu forró core característico dos anos 90 com sucessos como “Eu Quero Ver o Oco”, “Nega Jurema” e “Mulher de Fases”. Junto às canções de seu álbum mais recente, “Cantigas de Roda (2013)”. 

Apresentação curta e enxuta, com um momento “falha nossa”. O som foi desligado e só retornou cinco e / ou seis minutos depois. A segunda foi o Kaiser Chiefs. Banda inglesa que esteve por aqui em 2013 no Festival Lollapalooza, chamou atenção devido ao carisma e a performance elétrica de seu vocalista Ricky Wilson. Aqui repete o bom show de outrora com os sucessos “Everyday I Love You Less and Less”, “I Predict a Riot” e “Oh My God”, acompanhados de uma chuva torrencial. Ganhando o público com “Angry Mob” e “Ruby”.


Por volta da 21 horas e vinte minutos, se apagam as luzes do estádio. O palco é iluminado pelo logo do FF e os membros da banda vão subindo ao palco, um por um. Até surgir Dave encarando o publico com uma cara de mal que logo depois se transforma em um sorriso. Como sempre um brincalhão. Ao percorrer o palco e se dirigir para passarela localizada na pista premium, toma um pequeno tombo na rampa. Nada que tire seu bom humor. A partir daí, tivemos um show digno das palavras ROCK AND ROLL. Quase sem parada, os FF já mandam “Something For Nothing”, “The Pretender”, “Learn to Fly” e uma versão destruidora de “Breakout”. Essa sequencia fez literalmente o estádio tremer. Seguindo com “Arlandria” e “My Hero”, esta cantada por todos.


Uma pequena pausa para conversar com o publico e perguntando se querem ouvir canções do primeiro, segundo, terceiro e assim vai, discos do FF. Até falar que vão tocar “Congregation”, do último álbum "Sonic Highways (2014)". Dai tivemos “Walk” e a apresentação dos membros do FF, onde cada um tocou um tema musical de seu gosto pessoal. Brincando com Chris (guitarra solo) este toca um instrumental. Já Nate (contrabaixo), Dave diz para ele se virar, começa com um solo jazzy que se torna “Tom Sawyer (Rush)”. Ele canta a primeira estrofe e parando. Justificando “É Rush, pessoal!? Muito difícil”. Pat (guitarra) continua a brincadeira e volta a toca-la. Rami Jaffee (tecladista) e Taylor Hawkins (bateria) fazem o mesmo.


Para a parte de Dave, eles tocam “War Pigs (Black Sabbath)”, onde este tira sarro de si mesmo por não lembrar direto da letra. A próxima é “Cold Day in the Sun” cantada por Taylor. Logos após vêm “I’ll Stick Around” e “Monkey Wrench", com um momento a se guardar na memória. Em um interlúdio no meio da canção, as luzes do palco se apagam. Fazendo com todos liguem seus celulares. Praticamente iluminando o estádio. Onde a banda para de tocar e ficam de queixo caído com o que estavam presenciando.

Assim, Dave aparece acompanhado de seu violão. É a deixa para “Skin and Bones”. E algo que já virando uma rotina em shows. Dave atende o pedido de um fã para subir ao palco e pedir a namorada em casamento. No caso, Vinicius e Mônica. Achando engraçado, ele toca “Wheels” e a dedica ao casal. Depois comenta o fato e troca o nome do noivo para algo como Vesúvio. 


Com a guitarra de volta, ele começa a tocar “Time Like These”. É quando surge um pequeno palco giratório no meio do estádio. E o resto da banda se junta a ele para toca-la. Esta é parte que ele chama de “Rock and Roll Dream”. Quando sonhava em se tornar uma estrela do rock. Tocando em seu quarto, artistas que admirava. Assim tivemos “Detroit Rock City (KISS)”, “Stay with Me” dos The Faces cantada por Taylor e um pequeno tributo ao Queen com “Tie Your Mother Down (onde Dave e Taylor trocam de lugares. Dave vai para a bateria e Taylor pega o microfone no melhor estilo Freddie Mercury)” e “Under Pressure (onde voltam para devidos lugares e dividem os vocais)”. Com destaque para Nate, que fez com precisão a escala do contrabaixo característico deste clássico do rock.



E o final apoteótico com a pulsante “All My Life”, a doce “These Days”, a nova “Outside”, a poderosa “Best of You (esta deixa Dave espantado, onde a galera continua a cantar seu refrão, mesmo com seu término)” e para fechar, a introspectiva e potente “Everlong”. O saldo final é extremamente positivo. Onde o FF mostra porque é a maior banda da sua geração e um das melhores de todos os tempos. 

E Dave justifica o apelido de “O Cara Mais Legal do Rock”. Esbanjando simpatia e carisma, falando que existem shows do grupo que ficam na memória e outros não. Este com certeza. Por causa do tombo, o entusiasmo das pessoas presentes e por ser também um dos maiores públicos que já tinham tocado. Diz também que adora três coisas aqui no Brasil. A nossa bandeira (em especial, as cores), a seleção brasileira de futebol e a mulher brasileira. Segundo ele, as mais bonitas de todo o planeta.

Se despedindo com um “Até breve”.

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