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O BRASIL É REALMENTE O PAÍS DO FUTEBOL?


Finalmente a Copa do Mundo está entre nós, entre prós e contras, está acontecendo em nossa terra brasilis. Agora não tem mais como reclamar, temos que conviver com caos diário causado por um evento dessa magnitude.

Por isso, vamos relembrar de duas películas que falam diretamente sobre este tema fascinante que é o futebol. Dirigidos por Ugo Giorgetti, tivemos “Boleiros: Era Uma Vez o Futebol (1998)” e “Boleiros 2: Vencedores & Vencidos (2006)”.




Que mesclam os bastidores do esporte bem como histórias de velhos ídolos e de outros jogadores não tão conhecidos do grande publico. Um misto de ficção e realidade, temos o encontro de uma velha geração de jogadores e técnicos em um bar localizado no centro da cidade de São Paulo, onde eles relembram as histórias de um passado muito distante.

Dividido em seis histórias. Primeiro temos “O Pênalti” sobre um juiz que apita lances absurdos para favorecer um time e saldar sua divida com um jogador decadente que não aceita sua condição. Este é o mote da segunda história, “Paulinho Majestade”. Na total miséria, vendendo seus troféus e medalhas para sobreviver.



No terceiro, “O Pivete”, onde vemos a desigualdade social e a violência convivendo em uma linha tênue. Sobre um rapaz talentoso, mas com um passado nebuloso. O quarto “Azul” é sobre um jogador que acaba de fazer o gol mais bonito de sua carreira. E ele tem um dia corrido. Fugir de uma menina que alega ter um filho dele, ir a um programa de radio, participar de uma mesa redonda e se encontrar com um empresário que quer leva-lo para jogar na Europa.

O quinto “Pai Vavá”, onde três corintianos fanáticos tentam ajudar o craque do time Caco, a se recuperar de uma contusão que o deixou fora dos campos há mais de dois meses. E resolvem leva-lo a um macumbeiro para se curar. No último episodio chamado “Frio”, temos o técnico (Lima Duarte) preocupado com seu principal jogador Fabinho, metido a galã ao se envolver com uma linda mulher (Marisa Orth) na véspera do clássico Corinthians & Palmeiras.


BOLEIROS: ERA UMA VEZ O FUTEBOL




Passadas duas copas, a da França (1998) e a do Japão & Coreia (2002), tivemos “Boleiros 2: Vencedores & Vencidos” no ano de 2006. Mantendo o humor e agilidade em seu argumento. Giorgetti continua a olhar para o futebol de modo critico. Onde vemos as relações humanas e como isso pode tirar um pouco do fascínio pelo esporte.

Lá temos os ex-boleiros do primeiro filme, no mesmo bar reformado no centro de São Paulo. Agora promovidos para o mezanino e lá continuam seu bate papo descontraído sobre o esporte mais visto no país. Agraciados com a presença do doutor Sócrates e um novo sócio do bar, o jogador fictício Marquinhos (José Trassi), pentacampeão e ídolo no Roma da Itália, que veio dar um ar mais moderno ao envelhecido bar.


Do outro lado, temos Lauro (o titã Paulo Miklos). Ex-boleiro e agora empresário que cuida da carreira de Marquinhos. Que está no Brasil para visitar os amigos e fazer uma media com a imprensa local. Vive preocupado com as ameaças de um meio irmão que diz saber um segredo sobre sua vida e irá falar para todos. Se ele não pagar pelo seu silencio, sofrerá as consequências.

Giorgetti fazendo uso, mais uma vez, da ficção e realidade. Consegue criar uma história onde o folclore que envolve o futebol de modo inteligente. Mesmo  aqueles que não são entendidos no assunto, se interessem pelo esporte e descobrem que o fascínio que o envolve não é pouco.


A desigualdade social, as negociações escusas e a ilusão vivida pelos jogadores (a riqueza e mais tarde, a pobreza) convivem lado a lado no cotidiano de quem está ali  nas linhas que cercam o campo de futebol.


BOLEIROS 2: VENCEDORES & VENCIDOS

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