Nos últimos anos, a chamada terceira idade vem ganhado mais espaço. Seja em filmes como “The Alto Knights: Máfia & Poder (2025)” e séries como “O Método Kominski (2018 a 2021)" por exemplo. Esta última produzida pelo canal das redes sociais Netflix, que nos traz o filme de mistério com toques de humor “O Clube do Crime das Quintas-Feiras (The Thursday Club Murder Club, 2025)”. Baseado na série de livros do escritor Richard Osman, aqui temos o primeiro volume adaptado pelas roteiristas Katy Brand e Suzanne Heathcote. Com direção de Chris Columbus, conhecido por ter feito os dois primeiros filmes da saga do jovem bruxo Harry Potter, “A Pedra Filosofal (2001)” e “A Câmara Secreta (2002)”.
Eles nos trazem o conto sobre um grupo de idosos residentes em Coopers Chase, que se reúnem semanalmente para conversarem sobre casos antigos de polícia. Em especial, aqueles que não foram solucionados. São eles, o ex-líder sindical Ron, vivido pelo 007 Pierce Brosnan; a espiã aposentada Elizabeth Best, com a rainha Helen Mirren no papel e ex-psiquiatria Ibrahim Arif, feito por Ben Kingsley (Oscar de Melhor Ator por “Gandhi, 1982”). A rotina deles é abalada com o misterioso assassinato de Tony Curran (Geoff Bell), um dos proprietários do asilo. Ele não queria vender sua parte ao outro sócio, o inescrupuloso Ian Ventham (David Tennant, da série “Good Omens, desde 2019”) que deseja o terreno.
Para montar seu novo empreendimento residencial. Assim os idosos perderiam sua morada e não teriam para onde ir. O então trio se torna um quarteto com a presença da enfermeira aposentada Joyce Meadowcroft (Celia Imrie). Ela também tem interesse em crimes não solucionados, eles se unem para descobrir o assassino de Tony. E ao mesmo tempo, salvar seu lar. Daí o mote inicial de “O Clube do Crime das Quintas-Feiras”. Pegando emprestado o ar de mistério e suspense de Agatha Christie e tom de aventura de Arthur Conan Doyle, Columbus nos traz um delicioso filme de detetive. É uma volta no tempo. Já que usam da sua perspicaz para encontrar as pistas para desvendar o caso. A tecnologia de hoje é apenas uma ferramenta. Os mais jovens como a policial Donna De Freitas (Naomi Ackie, a Whitney Houston do cinema), é uma ponte para a nova geração.
Aliado ao carisma e a sintonia de seus interpretes. Mirren muito à vontade no papel. Transitando perfeitamente entre o drama e o bom humor. Já vimos anteriormente em “Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw” e na franquia “Red: Aposentados & Perigosos”. Pierce aproveita para trazer de volta seu charme como agente com licença para matar, agora aposentado. Kingsley com a competência de sempre, um puro lorde inglês. Celia é o alivio cômico. Uma ingenuidade que chega a nos enganar. Estão bem acompanhados por Jonathan Pryce (o futuro Papa Francisco de “Os Dois Papas, 2019”) como o marido de Elizabeth, Stephen; e Tom Ellis (o Lúcifer da série homônima, 2016 a 2021) é o filho de Ron, Jason.
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