O cinema brasileiro ganha um novo gênero nos últimos tempos. Filmes policiais cheios de ação com uma história bem contada. O maior exemplo é “Tropa de Elite” de José Padilha em 2007. Além de trazer à tona, como são os bastidores da polícia civil e militar da cidade maravilhosa Rio de Janeiro, trouxe um assunto que impacta diretamente o povo brasileiro. A violência nas ruas e a corrupção política. O filme foi ovacionado no Festival de Berlim de 2008 e levando para casa, o Leão de Ouro. Isso impulsionou sua continuação “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro” em 2010. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2023/11/a-politica-brasileira-e-o-melhor-do.html. Com isso dito, temos a impactante serie do canal das redes sociais Netflix, “DNA do Crime”. Ela traz o cotidiano atribuído da polícia federal em nossas fronteiras. Em especial com o Paraguai. Além do comercio ilegal, o tráfico de drogas é um grande problema.
Ela é baseada no maior roubo ocorrido na América Latina em 2017. Numa casa de valores localizada na Ciudad del Este, na fronteira entre Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Iguazú (Paraguai). Já na série, temos a dupla de policiais Benicio e Suellen, feitos por Romulo Braga e Maeve Jinkings respectivamente. A convivência é pacifica, apesar das fortes personalidade de ambos. Benicio é mais impulsivo e cabeça quente. Já sua parceira é mais racional e tenta controla-lo. Eles correm contra o tempo para prender a Quadrilha Fantasma. Liderada pelo misterioso líder Isaac (Alex Nader) e tem como articulador Sem Alma (Thomas Aquino). Literalmente um jogo de gato e rato, já que os bandidos sempre estão um passo à frente dos mocinhos. Assim temos o mote da primeira temporada. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2023/11/a-serie-netflix-dna-do-crime.html
Passados dois anos, seu criador Heitor Dhalia nos leva de volta a perseguição implacável de Benicio e Suellen no encalço de Isaac e seus amigos criminosos. Se você acompanhou a primeira, Sem Alma está preso em Avaré. Prisão no interior de São Paulo. Enquanto isso, Issac ao lado do irmão Gabriel (Daniel Blanco) articulam seu próximo golpe. Por intermediou do traficante paraguaio Embaixador (Nico García Hume). Um ousado assalto ao Banco Central de Fortaleza, essa ação teve como inspiração o roubo ocorrido no mesmo local em 2005. Considerado o maior furto numa agencia bancaria em território nacional. A dupla ao lado do seu chefe, o delegado Rossi (Pedro Caetano) traçam o perfil de Isaac. Uma pessoa meticulosa, extremamente inteligente e egocêntrica. Já que conseguiu fugir de todas as tentativas para prendê-lo da PF.
Desta vez, eles já estavam mais preparados, estudando todos os passos a partir da última ação da Quadrilha. Através das pouquíssimas pistas deixadas por eles, Benicio e Suellen se dirigem à capital cearense. Com o auxílio logístico e tecnológico do Professor (Thiago Brianti), encontram o esconderijo do bando. Eles conseguem evitar parcialmente o roubo. Isaac, Gabriel, o comparsa do Embaixador, Xuxa (Matías Desiderio), e parte da Quadrilha conseguem fugir com o que puderam carregar. O último alvejou o Professor mortalmente, já que este conseguiu derrubar o carro que os transportava. Isso atinge emocionalmente Suellen, que jura vingar sua morte.Ao mesmo tempo, tenta cuidar da filha pequena e manter uma boa relação com ex, Fernando (Erom Cordeiro). Rossi é retirado do comando e é substituído pela delegada Vendramin (Leticia Tomazella).
Antes, ele deixa Suellen no comando das ações em campo. Para o lugar do Professor, a nova chefia traz o jovem Douglas (Humberto Morais). Usando toda sua expertise ao analisar os celulares apreendidos da Quadrilha. Consegue por Geo localização, o possível paradeiro deles. A técnica forense Angélica (Maria Laura Nogueira) se sente desprestigiada e iniciando uma investigação particular. Descobre que Isaac e sua quadrilha são os responsáveis pelo roubo de uma joia rara na Argentina. Analisando as fotos e mostras de DNA, encontra uma possível cumplice. Já que seu rosto foi descrito por uma testemunha do assalto em Fortaleza. Porém, isso a levará trilhar caminhos perigosos. Assim temos um novo jogo de gato e rato para a segunda temporada de “DNA do Crime”.
Onde a ação ganha proporções épicas. Tendo como base, fatos reais como a noite de terror vivida pelos cidadãos de Araçatuba em 2021. O ataque com fuzis e armas de alto calibre por um grupo de assaltantes que invadiram os bancos da cidade usaram as pessoas como escudo humano. Aqui revisado perfeitamente no quarto episódio “Reféns”. Uma prova que conseguimos fazer uma sequência de ação eletrizante e impactante. Além do suspense a flor da pele. Já que traz a morte de Gabriel, com o tiro perfeito de Suellen e deixando Isaac com desejo de vingança. Simultaneamente relembra o passado. Antes era Diogo e Gabriel era André.
O quinto episódio, “Assunto de Família”, mostra como os irmãos começaram sua vida no crime, relacionada com a morte prematura do irmão mais novo, Maomé (João Fernandes). Esta temporada tem um tom mais pessoal. Benício e Suellen precisam encerrar o caso, para colocarem suas vidas nos eixos. O primeiro quer se entender com o filho, que está de viagem marcada para a Holanda. E a segunda deseja criar a filha sem preocupar em levar uma bala pelas costas. Já os vilões, aqui uma pitada de realidade. Isaac deseja realizar o sonho do irmão, largar os assaltos elaborados e seguir com o tráfico de drogas na fronteira.
Já que toda quadrilha foi eliminada e ao lado de um sócio indesejável, o filho de senador e playboy por natureza Yuri (Giovani Di Lorenzi). Assumiram a roda do tráfico local, após assassinarem o Embaixador. Contando com o auxílio do seu nº 2 Djeison (Ever Enciso) e o Cabeça (Jorge Paz), que cuida dos “pequenos negócios” na fronteira. Cumprindo o acordo feito com um mafioso italiano para entregar a droga em seu estado puro para ser disponibilizado pela Europa. Com Suellen e Benício no encalço de todos. Os episódios finais “Carga Fantasma” e “Fronteira Dominada” são pura adrenalina. Somado ao acerto de contas entre Benício e Sem Alma. E deixando o leque aberto para uma futura temporada.
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